Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sequeira, Márcia
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1156
Resumo: A referência à relação entre psicopatologia e criatividade data da Grécia Antiga (1). No último século observou-se a exaustiva exploração da relação bipolaridade e criatividade, que ofuscou o estudo da relação da criatividade com a esquizofrenia, doença com um importante peso na sociedade atual. A esquizofrenia paranoide, pelo marcado predomínio da sintomatologia positiva, sem a deterioração cognitiva, que caracteriza os outros tipos de esquizofrenia (2); e a esquizotipia positiva, por compartilhar características não psicóticas com a esquizofrenia mas que orbitam em torno dessas mesmas caraterísticas, tais como as associadas ao predomínio de um pensamento mágico parecem associadas a uma maior propensão para a criatividade (3). Estudos realçam o papel da Inibição Latente, característica da doença psicótica (4). Esta relação é modelada por variáveis como a inteligência e a motivação (outras permanecem por identificar) e assentes num contexto favorável constituem o equilíbrio necessário para o despertar do fenómeno da criação (5). Considera-se que Salvador Dalí, personifica o típico esquizotipico; William Blake e Antonin Artaud personificam o criativo doente com psicose esquizofrénica. Os objetivos deste trabalho são: fazer o enquadramento histórico e fenomenológico da relação entre psicopatologia e criatividade; alertar para a relevância da relação do espectro da esquizofrenia com o fenómeno da criatividade, analisando as principais caraterísticas da esquizofrenia paranoide e esquizotipia envolvidas nesse processo; determinar a relevância modeladora no processo da variável inteligência; explicar a importância do paradigma da Inibição Latente (IL), e de que forma este funciona como ponte entre a esquizofrenia, a esquizotipia e a criação; ilustrar o trabalho com três exemplos de esboços Psicobiográficos de eminentes criativos que marcaram a história da Humanidade. A pesquisa bibliográfica foi realizada através de revistas científicas e livros de referência. Foram também consultadas as bases de dados www.sciensedirect.com e www.pubmed.com. A pesquisa não foi condicionada a limite temporal ou linguístico. Apesar da falta de consenso científico em torno das diferentes classificações diagnósticas; da definição dos elementos-chave “criatividade”, “personalidade” e “inteligência”; das limitações metodológicas dos vários estudos; da identificação das variáveis individuais e do escrutínio da natureza da sua contribuição neste complexo processo relacional, vários estudos consistentemente suportam uma relação positiva entre a esquizofrenia ou esquizotipia com o fenómeno da criatividade.
id RCAP_45644b64ace6ffbc7bc7031e4a5ea993
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1156
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividadeEsquizofreniaEsquizofrenia paranóideEsquizotipiaEsquizofrenia - Inibição latenteEsquizofrenia - CriatividadeEsquizofrenia - InteligênciaA referência à relação entre psicopatologia e criatividade data da Grécia Antiga (1). No último século observou-se a exaustiva exploração da relação bipolaridade e criatividade, que ofuscou o estudo da relação da criatividade com a esquizofrenia, doença com um importante peso na sociedade atual. A esquizofrenia paranoide, pelo marcado predomínio da sintomatologia positiva, sem a deterioração cognitiva, que caracteriza os outros tipos de esquizofrenia (2); e a esquizotipia positiva, por compartilhar características não psicóticas com a esquizofrenia mas que orbitam em torno dessas mesmas caraterísticas, tais como as associadas ao predomínio de um pensamento mágico parecem associadas a uma maior propensão para a criatividade (3). Estudos realçam o papel da Inibição Latente, característica da doença psicótica (4). Esta relação é modelada por variáveis como a inteligência e a motivação (outras permanecem por identificar) e assentes num contexto favorável constituem o equilíbrio necessário para o despertar do fenómeno da criação (5). Considera-se que Salvador Dalí, personifica o típico esquizotipico; William Blake e Antonin Artaud personificam o criativo doente com psicose esquizofrénica. Os objetivos deste trabalho são: fazer o enquadramento histórico e fenomenológico da relação entre psicopatologia e criatividade; alertar para a relevância da relação do espectro da esquizofrenia com o fenómeno da criatividade, analisando as principais caraterísticas da esquizofrenia paranoide e esquizotipia envolvidas nesse processo; determinar a relevância modeladora no processo da variável inteligência; explicar a importância do paradigma da Inibição Latente (IL), e de que forma este funciona como ponte entre a esquizofrenia, a esquizotipia e a criação; ilustrar o trabalho com três exemplos de esboços Psicobiográficos de eminentes criativos que marcaram a história da Humanidade. A pesquisa bibliográfica foi realizada através de revistas científicas e livros de referência. Foram também consultadas as bases de dados www.sciensedirect.com e www.pubmed.com. A pesquisa não foi condicionada a limite temporal ou linguístico. Apesar da falta de consenso científico em torno das diferentes classificações diagnósticas; da definição dos elementos-chave “criatividade”, “personalidade” e “inteligência”; das limitações metodológicas dos vários estudos; da identificação das variáveis individuais e do escrutínio da natureza da sua contribuição neste complexo processo relacional, vários estudos consistentemente suportam uma relação positiva entre a esquizofrenia ou esquizotipia com o fenómeno da criatividade.Universidade da Beira InterioruBibliorumSequeira, Márcia2013-05-16T09:04:22Z2012-052012-05-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1156porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:40Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1156Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:04.158866Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
title Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
spellingShingle Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
Sequeira, Márcia
Esquizofrenia
Esquizofrenia paranóide
Esquizotipia
Esquizofrenia - Inibição latente
Esquizofrenia - Criatividade
Esquizofrenia - Inteligência
title_short Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
title_full Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
title_fullStr Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
title_full_unstemmed Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
title_sort Esquizofrenia paranoide ou esquizotipia versus criatividade
author Sequeira, Márcia
author_facet Sequeira, Márcia
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Sequeira, Márcia
dc.subject.por.fl_str_mv Esquizofrenia
Esquizofrenia paranóide
Esquizotipia
Esquizofrenia - Inibição latente
Esquizofrenia - Criatividade
Esquizofrenia - Inteligência
topic Esquizofrenia
Esquizofrenia paranóide
Esquizotipia
Esquizofrenia - Inibição latente
Esquizofrenia - Criatividade
Esquizofrenia - Inteligência
description A referência à relação entre psicopatologia e criatividade data da Grécia Antiga (1). No último século observou-se a exaustiva exploração da relação bipolaridade e criatividade, que ofuscou o estudo da relação da criatividade com a esquizofrenia, doença com um importante peso na sociedade atual. A esquizofrenia paranoide, pelo marcado predomínio da sintomatologia positiva, sem a deterioração cognitiva, que caracteriza os outros tipos de esquizofrenia (2); e a esquizotipia positiva, por compartilhar características não psicóticas com a esquizofrenia mas que orbitam em torno dessas mesmas caraterísticas, tais como as associadas ao predomínio de um pensamento mágico parecem associadas a uma maior propensão para a criatividade (3). Estudos realçam o papel da Inibição Latente, característica da doença psicótica (4). Esta relação é modelada por variáveis como a inteligência e a motivação (outras permanecem por identificar) e assentes num contexto favorável constituem o equilíbrio necessário para o despertar do fenómeno da criação (5). Considera-se que Salvador Dalí, personifica o típico esquizotipico; William Blake e Antonin Artaud personificam o criativo doente com psicose esquizofrénica. Os objetivos deste trabalho são: fazer o enquadramento histórico e fenomenológico da relação entre psicopatologia e criatividade; alertar para a relevância da relação do espectro da esquizofrenia com o fenómeno da criatividade, analisando as principais caraterísticas da esquizofrenia paranoide e esquizotipia envolvidas nesse processo; determinar a relevância modeladora no processo da variável inteligência; explicar a importância do paradigma da Inibição Latente (IL), e de que forma este funciona como ponte entre a esquizofrenia, a esquizotipia e a criação; ilustrar o trabalho com três exemplos de esboços Psicobiográficos de eminentes criativos que marcaram a história da Humanidade. A pesquisa bibliográfica foi realizada através de revistas científicas e livros de referência. Foram também consultadas as bases de dados www.sciensedirect.com e www.pubmed.com. A pesquisa não foi condicionada a limite temporal ou linguístico. Apesar da falta de consenso científico em torno das diferentes classificações diagnósticas; da definição dos elementos-chave “criatividade”, “personalidade” e “inteligência”; das limitações metodológicas dos vários estudos; da identificação das variáveis individuais e do escrutínio da natureza da sua contribuição neste complexo processo relacional, vários estudos consistentemente suportam uma relação positiva entre a esquizofrenia ou esquizotipia com o fenómeno da criatividade.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-05
2012-05-01T00:00:00Z
2013-05-16T09:04:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/1156
url http://hdl.handle.net/10400.6/1156
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade da Beira Interior
publisher.none.fl_str_mv Universidade da Beira Interior
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136331000971264