Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Granjo, Paulo
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02
Resumo: In the most state-of-the-art Mozambican industry (the Mozal aluminium smelter), workers are guided by strict technological rationality, but earlier local systems of misfortune domestication, involving spirits and sorcery, are shared or give rise to plausible doubt amongst most of them. Such rationalities coexist in parallel, and apply in separate spheres: either in normal technological operation, or in interpreting accidents which subvert it. For this reason, and because both systems demand similar attitudes to security, they are not contradictory, nor do they adversely affect productivity and security. There is no reason for the hegemony of technological rationality to lead to the abandonment of «traditional» rationalities. 
id RCAP_45e6e17525c47cb4942ebd3ac20a83f1
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/30004
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana.Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicanaperigoindústriaracionalidade tecnológicainterpretação do infortúniodangerindustrytechnological rationalityinterpretation of misfortune.In the most state-of-the-art Mozambican industry (the Mozal aluminium smelter), workers are guided by strict technological rationality, but earlier local systems of misfortune domestication, involving spirits and sorcery, are shared or give rise to plausible doubt amongst most of them. Such rationalities coexist in parallel, and apply in separate spheres: either in normal technological operation, or in interpreting accidents which subvert it. For this reason, and because both systems demand similar attitudes to security, they are not contradictory, nor do they adversely affect productivity and security. There is no reason for the hegemony of technological rationality to lead to the abandonment of «traditional» rationalities. .Na indústria moçambicana mais actualizada (fundição de alumínio Mozal), os operários regem o seu trabalho por uma estrita racionalidade tecnológica, mas os anteriores sistemas locais de domesticação do infortúnio, envolvendo espíritos e feitiçaria, são partilhados ou suscitam uma dúvida plausível à maioria deles. Estas racionalidades coexistem em paralelo, com âmbitos de aplicação separados: ou a normalidade do funcionamento tecnológico, ou a interpretação dos acidentes que a subvertem. Por isso, e por ambos os sistemas exigirem atitudes securitárias semelhantes, não são contraditórios nem põem em causa a produtividade e a segurança. Não há razões para que a hegemonia da racionalidade tecnológica leve ao abandono das racionalidades «tradicionais».Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa2008-06-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02https://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02Análise Social; Vol. 43 N.º 187 (2008); 223-2492182-29990003-2573reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/30004https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/30004/21512Direitos de Autor (c) 2008 Análise Socialinfo:eu-repo/semantics/openAccessGranjo, Paulo2024-02-17T05:48:12Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/30004Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:02:03.755141Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
.
Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
title Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
spellingShingle Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
Granjo, Paulo
perigo
indústria
racionalidade tecnológica
interpretação do infortúnio
danger
industry
technological rationality
interpretation of misfortune
.
title_short Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
title_full Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
title_fullStr Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
title_full_unstemmed Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
title_sort Dragões, régulos e fábricas: espíritos e racionalidade tecnológica na indústria moçambicana
author Granjo, Paulo
author_facet Granjo, Paulo
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Granjo, Paulo
dc.subject.por.fl_str_mv perigo
indústria
racionalidade tecnológica
interpretação do infortúnio
danger
industry
technological rationality
interpretation of misfortune
.
topic perigo
indústria
racionalidade tecnológica
interpretação do infortúnio
danger
industry
technological rationality
interpretation of misfortune
.
description In the most state-of-the-art Mozambican industry (the Mozal aluminium smelter), workers are guided by strict technological rationality, but earlier local systems of misfortune domestication, involving spirits and sorcery, are shared or give rise to plausible doubt amongst most of them. Such rationalities coexist in parallel, and apply in separate spheres: either in normal technological operation, or in interpreting accidents which subvert it. For this reason, and because both systems demand similar attitudes to security, they are not contradictory, nor do they adversely affect productivity and security. There is no reason for the hegemony of technological rationality to lead to the abandonment of «traditional» rationalities. 
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-06-30
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02
https://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02
url https://doi.org/10.31447/AS00032573.2008187.02
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/30004
https://revistas.rcaap.pt/analisesocial/article/view/30004/21512
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos de Autor (c) 2008 Análise Social
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos de Autor (c) 2008 Análise Social
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
dc.source.none.fl_str_mv Análise Social; Vol. 43 N.º 187 (2008); 223-249
2182-2999
0003-2573
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131687338115072