Paisagens no cinema de Teresa Garcia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/24347 |
Resumo: | Um dos aspectos que mais imediatamente sobressaem nos filmes de Teresa Garcia é a importância das paisagens. São as águas de um (do) grande lago, tranquilas, enigmáticas e de apelo irresistível (A Tempestade), ou de um rio que corre, permanente, como a vida e as memórias (O Caminho perdido), é a floresta sombria e misteriosa das interrogações metafórica, onde os homens se perdem e se encontram, espaço carregado de poder simbólico pela ligação entre os três mundos (subterrâneo ou inferior, terreno ou médio, céu ou superior) e onde confluem os tempos (O Caminho perdido), as florestas que acumulam "o saber antigo" (como no poema Child of Grass de Ezra Pound, parcialmente lido em A Tempestade), ou as extensas planícies douradas (incandescentes, dir-se-ia, em A Casa Esquecida). Grandes espaços abertos, espaços de liberdade e fuga por oposição à casa que prende ao sítio e aprisiona. A grandeza e a força desses espaços marca os homens e os seus destinos, como se os personagens ficassem reféns dessas paisagens que se tornam, como eles, protagonistas da ficção. A dimensão poética deste cinema radica no modo como os caminhos e os destinos dos personagens são marcados pela natureza. No discurso fílmico a natureza funde-se com os personagens nos momentos chave. |
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