A relação entre o currículo e a formação inicial de professores (de Ciências Sociais): contributos para uma reflexão no ensino da didática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.22/14616 |
Resumo: | Como nos esclareceu Young (2010), os conhecimentos são essenciais para os processos escolares e educativos, daí o currículo ter um papel predominante na escola. Como é indicado por diferentes autores (Apple, 2004; Pacheco, 2012; Paraskeva, 2000; Silva, 2000; Torres Santomé, 2017), o reconhecimento de influências distintas, como a ideologia e o poder, no que ao currículo se refere, tem sido evidenciada, paulatinamente, por diversos trabalhos e no âmbito daquilo que podemos denominar como estudos curriculares. Esses trabalhos sustentam a ideia de que, contrariamente às perspetivas clássicas (Bobbitt, 1918; Tyler, 1976), não é possível conceptualizarmos o currículo como uma prescrição que estrutura, de modo técnico, científico e neutro, os conhecimentos que deverão ser desenvolvidos em contexto escolar e o método de os ensinar. Atualmente, assume-se que o mesmo, podendo ser entendido como um projeto (Pacehco, 2016), integra uma dimensão de conflito (Paraskeva, 2000) e/ou de batalha ideológica, política, cultural, epistemológica, entre outras (Gimeno Sacristán, 2013). É de suma importância que um professor de Ciências Sociais, em sentido lato, tenha consciência de tais dinâmicas em torno do currículo e não o percecione como um texto entendido de modo ahistórico e apolítico (Torres Santomé, 2017). Reconhecendo as suas implicações no que concerne à validação e legitimação do conhecimento (Apple, 2000) e, talvez mais importante, a forma como esse conhecimento se entrecruza com o processo de reprodução (da desigualdade) social e de construção da cidadania individual e coletiva (Torres Santomé, 1998), assume-se como relevante tal reflexão também no contexto da formação (inicial) daqueles professores (Barton e Levstik, 2003; Merchán, 2009). Face ao indicado, e considerando-se a existência de uma relação estreita entre o currículo e a didática (Roldão, 2017), com a presente comunicação, em formato de ensaio, pretende-se discutir sobre o modo como os estudos curriculares podem contribuir para pensar o ensino da didática na formação dos professores de Ciências Sociais, para que estes se assumam como efetivos construtores do currículo, estando ainda conscientes da influência, por exemplo, da disciplina de história na formação cidadã dos estudantes. |
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