A inseminação artificial na Raça Maronesa Análise reprodutiva e socioeconómica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Joana Isabel Alves
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/8445
Resumo: Com a realização deste trabalho pretendeu-se efetuar uma caracterização dos principais parâmetros reprodutivos da raça Bovina Maronesa e o estudo pioneiro da utilização da inseminação artificial nesta raça. A raça Bovina Maronesa é uma raça autóctone predominante das regiões do Alvão-Marão e Padrela-Falperra com solar no distrito de Vila Real. Para a concretização deste estudo recorreu-se a registos contidos em bases de dados necessárias facultadas pela ACM - Associação de Criadores do Maronês. Uma vez editadas as bases de dados analisaram-se os parâmetros sociodemográficos, parâmetros reprodutivos, a eficiência da utilização da inseminação artificial e os respetivos custos aos produtores. A área de produção e dispersão da raça abrange 23 concelhos, contudo no presente trabalho só foram analisados 13 concelhos: 7 do solar da raça e 6 da área de dispersão. Da análise dos resultados referentes ao período de 2000 a 2016 e para um total de 85.155 registos, os concelhos de Mondim de Basto (MB), Ribeira de Pena (RP), Vila Pouca de Aguiar (VP) e Vila Real (VR) representam 75% do efetivo global da raça Maronesa. As explorações com 1 a 5 fêmeas continuam a ser as mais representativas apesar de a classe “>20 fêmeas” ter duplicado a sua representatividade durante este período. O concelho de RP é o concelho com menor número de criadores, mas com maior encabeçamento médio e com as fêmeas e os criadores mais jovens. O encabeçamento médio estimado para o ano de 2016 é de 4,3 fêmeas por criador. No intervalo de 1999 a 2015, a idade média ao primeiro parto (IDP1) para partos resultantes de IA e CN (geral) foi de 27,14 ± 4,0 meses e para partos resultantes de IA foi de 27,38 ± 3,85 meses. O intervalo médio entre partos (IP) para os dados globais foi de 448,87 ± 109,01 dias e para partos resultantes de IA foi de 450,88 ± 108,40 dias. Para a duração da gestação (DG), a média obtida no geral foi de 285,45 ± 6,52 dias e para partos resultantes de IA de 288,37 ± 6,14 dias. Na análise dos 42.490 registos de partos resultantes de IA's o intervalo médio encontrado entre o parto e a primeira IA (parto – 1ªIA) foi de 100,5 ± 63,1 dias, para o intervalo médio entre IA’s obteve-se 51,2 ± 53,7 dias e para o intervalo entre o parto e a IA fecundante o valor médio encontrado foi de 118,1 ± 74,1 dias. O número médio de IA’s necessário para uma fêmea ficar gestante foi 1,52 com um custo aproximado ao produtor de 17,31€. A longevidade produtiva máxima estimada para a raça Maronesa foi de 16 anos. Conclui-se, com este estudo, que a raça revela uma capacidade reprodutiva que lhe permite alcançar um nível de superior de produtividade.
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A área de produção e dispersão da raça abrange 23 concelhos, contudo no presente trabalho só foram analisados 13 concelhos: 7 do solar da raça e 6 da área de dispersão. Da análise dos resultados referentes ao período de 2000 a 2016 e para um total de 85.155 registos, os concelhos de Mondim de Basto (MB), Ribeira de Pena (RP), Vila Pouca de Aguiar (VP) e Vila Real (VR) representam 75% do efetivo global da raça Maronesa. As explorações com 1 a 5 fêmeas continuam a ser as mais representativas apesar de a classe “>20 fêmeas” ter duplicado a sua representatividade durante este período. O concelho de RP é o concelho com menor número de criadores, mas com maior encabeçamento médio e com as fêmeas e os criadores mais jovens. O encabeçamento médio estimado para o ano de 2016 é de 4,3 fêmeas por criador. No intervalo de 1999 a 2015, a idade média ao primeiro parto (IDP1) para partos resultantes de IA e CN (geral) foi de 27,14 ± 4,0 meses e para partos resultantes de IA foi de 27,38 ± 3,85 meses. O intervalo médio entre partos (IP) para os dados globais foi de 448,87 ± 109,01 dias e para partos resultantes de IA foi de 450,88 ± 108,40 dias. Para a duração da gestação (DG), a média obtida no geral foi de 285,45 ± 6,52 dias e para partos resultantes de IA de 288,37 ± 6,14 dias. Na análise dos 42.490 registos de partos resultantes de IA's o intervalo médio encontrado entre o parto e a primeira IA (parto – 1ªIA) foi de 100,5 ± 63,1 dias, para o intervalo médio entre IA’s obteve-se 51,2 ± 53,7 dias e para o intervalo entre o parto e a IA fecundante o valor médio encontrado foi de 118,1 ± 74,1 dias. O número médio de IA’s necessário para uma fêmea ficar gestante foi 1,52 com um custo aproximado ao produtor de 17,31€. A longevidade produtiva máxima estimada para a raça Maronesa foi de 16 anos. Conclui-se, com este estudo, que a raça revela uma capacidade reprodutiva que lhe permite alcançar um nível de superior de produtividade.The present work focuses on the characterization of the main reproductive parameters of Maronesa breed and on the study of a pioneer study of artificial insemination in this cattle breed. It is an indigenous breed predominant of the regions of Alvão-Marão and Padrela-Falperra. For the achievement of this study were used records included in databases provided by ACM – Associação de Criadores do Maronês. Once edited the databases the sociodemographic parameters, reproductive parameters, artificial insemination and the costs for breeders were analysed. The area of production and dispersion of the breed covers 23 counties, however in this study were only considered 13 counties: 7 from the solar breed and 6 from the dispersion area. From the results analysis related to the period from 2000 to 2016 and from a total of 85155 records, the counties of Mondim de Basto (MB), Ribeira de Pena (RP), Vila Pouca de Aguiar (VP) e Vila Real (VR) represent 75% of the global average of Maronesa breed. The farms with 1 to 5 females remains the most representative even though the class “> 20 females” have doubled during this period. The county of RP is the county with a smaller number of breeders, but with greater average header and with the youngest females and breeder. The average estimated livestock rate for the year 2016 is 4.3 females by breeder. From 1999 to 2015, the age at first calving for calvings resulting from artificial insemination (AI) and natural service (NS) was 27.14 ± 4.0 months and for calvings resulting from AI was 27.38 ± 3.85 months. The average interval between calvings (CI) was 448.87 ± 109.01 days, for general data, and for calvings resulting from AI was 450.88 ± 108.40 days. Gestation length (GL), showed a mean of 285.45 ± 6.52 days, for general data, and 288.37 ± 6.14 days for AI data. The analyses of 42490 records, resulting from AI calvings showed an average interval between calving and first AI of 100.5 ± 63.1 days; the mean interval between AI’s was 51.2 ± 53.7 days and the interval between calving and fertile AI was 118.1 ± 74.1 days. The average number of AI’s required for a cow to get pregnant was 1,52 which has a cost to the breeder of approximately 17.31€. The highest productive lifespan for Maronesa breed was 16 years old. In conclusion of this study, the breed reveals an reproductive capacity that allow to achieve a highest productivity level and then select the best breeders for the goals of the breed.2018-05-17T10:53:39Z2018-02-09T00:00:00Z2018-02-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/8445porGonçalves, Joana Isabel Alvesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-24T03:38:07Zoai:repositorio.utad.pt:10348/8445Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-03-24T03:38:07Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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