Que opções para uma política cultural transformadora?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.21/8232 |
Resumo: | A questão fundamental é entender que cultura e cidade são interdependentes e constituintes do ecossistema urbano-simbólico, que poder e cultura são duas dimensões axiais da interação social e da resiliência cultural, e que neste contexto emerge a necessidade de abrir as diversas esferas públicas das cidades à democracia radical e ao questionamento dos problemas concretos e das potenciais soluções alternativas. Tal necessidade advém do simples reconhecimento que sem uma transformação do poder local, sem uma redefinição das estruturas de relação de poder existentes, e do seu corolário como efetiva distribuição relacional do poder pelos cidadãos, o espaço público continuará refém da inércia reprodutora dos mesmos vícios e negligências. Em suma, qualquer política cultural que se pretenda assumir como transformadora, terá de permitir no seu interior cristalizado a existência de "práticas instituintes", práticas que possibilitem a re-instituição das instituições socioculturais, que coloquem em causa a construção social do consenso operacional e favoreçam o reconhecimento das diferentes necessidades culturais e das exigências feitas por pessoas e organizações de um dado território. |
id |
RCAP_4cec16d5c2eb43703b0d4e30a452bf53 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipl.pt:10400.21/8232 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Que opções para uma política cultural transformadora?PolíticaCulturaTransformaçãoA questão fundamental é entender que cultura e cidade são interdependentes e constituintes do ecossistema urbano-simbólico, que poder e cultura são duas dimensões axiais da interação social e da resiliência cultural, e que neste contexto emerge a necessidade de abrir as diversas esferas públicas das cidades à democracia radical e ao questionamento dos problemas concretos e das potenciais soluções alternativas. Tal necessidade advém do simples reconhecimento que sem uma transformação do poder local, sem uma redefinição das estruturas de relação de poder existentes, e do seu corolário como efetiva distribuição relacional do poder pelos cidadãos, o espaço público continuará refém da inércia reprodutora dos mesmos vícios e negligências. Em suma, qualquer política cultural que se pretenda assumir como transformadora, terá de permitir no seu interior cristalizado a existência de "práticas instituintes", práticas que possibilitem a re-instituição das instituições socioculturais, que coloquem em causa a construção social do consenso operacional e favoreçam o reconhecimento das diferentes necessidades culturais e das exigências feitas por pessoas e organizações de um dado território.CECS – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade Universidade do MinhoRCIPLMatoso, Rui2018-03-12T15:17:50Z20142014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/8232por2183-0886info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T09:55:21Zoai:repositorio.ipl.pt:10400.21/8232Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:17:01.822247Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Que opções para uma política cultural transformadora? |
title |
Que opções para uma política cultural transformadora? |
spellingShingle |
Que opções para uma política cultural transformadora? Matoso, Rui Política Cultura Transformação |
title_short |
Que opções para uma política cultural transformadora? |
title_full |
Que opções para uma política cultural transformadora? |
title_fullStr |
Que opções para uma política cultural transformadora? |
title_full_unstemmed |
Que opções para uma política cultural transformadora? |
title_sort |
Que opções para uma política cultural transformadora? |
author |
Matoso, Rui |
author_facet |
Matoso, Rui |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
RCIPL |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Matoso, Rui |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Política Cultura Transformação |
topic |
Política Cultura Transformação |
description |
A questão fundamental é entender que cultura e cidade são interdependentes e constituintes do ecossistema urbano-simbólico, que poder e cultura são duas dimensões axiais da interação social e da resiliência cultural, e que neste contexto emerge a necessidade de abrir as diversas esferas públicas das cidades à democracia radical e ao questionamento dos problemas concretos e das potenciais soluções alternativas. Tal necessidade advém do simples reconhecimento que sem uma transformação do poder local, sem uma redefinição das estruturas de relação de poder existentes, e do seu corolário como efetiva distribuição relacional do poder pelos cidadãos, o espaço público continuará refém da inércia reprodutora dos mesmos vícios e negligências. Em suma, qualquer política cultural que se pretenda assumir como transformadora, terá de permitir no seu interior cristalizado a existência de "práticas instituintes", práticas que possibilitem a re-instituição das instituições socioculturais, que coloquem em causa a construção social do consenso operacional e favoreçam o reconhecimento das diferentes necessidades culturais e das exigências feitas por pessoas e organizações de um dado território. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014 2014-01-01T00:00:00Z 2018-03-12T15:17:50Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.21/8232 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.21/8232 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2183-0886 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
CECS – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade Universidade do Minho |
publisher.none.fl_str_mv |
CECS – Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade Universidade do Minho |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133431644291072 |