Estilos de vida dos Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farinha, Inês Filipa da Costa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8479
Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde estima que em 2020, dois terços de todas as doenças serão causadas pelos estilos de vida adotados. O desenvolvimento de programas de promoção de saúde nas universidades foi reconhecido como uma opção viável para alcançar uma melhoria na qualidade de vida de uma significativa parcela da sociedade. Objetivos: Com o objetivo de caracterizar os estilos de vida e comportamentos de risco para a saúde dos estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior, foi realizado um estudo transversal (2016). Metodologia: Para avaliar os estilos de vida aplicou-se um questionário anónimo e de autopreenchimento, construído para o efeito. Realizou-se uma análise descritiva, inferencial e regressão logística. Resultados: A taxa de colaboração foi 81%. Participantes: 460 estudantes (183 dos últimos anos); 72% sexo feminino; idade média 21,7 ± 3,3 anos. A prevalência de tabagismo foi de 21,6 % nos primeiros anos e 22,5% nos últimos, p=0,79; 36,8% no sexo masculino e 16,3 % no sexo feminino, p<0,001. O sexo masculino refere também maiores taxas de consumo de risco de álcool (39,4% vs 14,7%, p<0,001) e de consumo de cannabis (50% vs 26,5%, p<0,001). A prevalência de consumo de risco de álcool é de 22,3% nos alunos dos primeiros anos e 20,6% nos alunos dos últimos anos, p=0,88. O consumo regular de substâncias psicoativas e tranquilizantes é baixo; significativamente maior entre os fumadores, sexo masculino, nos últimos anos e consumidores de risco de álcool. A maioria dos estudantes refere estilo de vida relativamente sedentário e uma dieta não saudável, independentemente do ano de curso. O sexo feminino relata menor capacidade de gerir o stress do dia a dia e a qualidade de sono. O consumo de tabaco foi associado com o consumo de cannabis (OR: 7,659; 95%IC:4,52-12,99; p<0,001) e o consumo de risco de álcool (OR:2,32; 95%IC:1,30-4,15; p=0,005). Conclusão: Os estudantes têm estilos de vida pouco saudáveis com adoção frequente de comportamentos de risco para a saúde. A frequência do Mestrado de Medicina não promove o desenvolvimento de hábitos saudáveis nem a prevenção da progressão para comportamentos de risco. A implementação abrangente de políticas públicas e organizacionais de promoção da saúde no meio universitário dos estudantes de medicina enquanto futuros profissionais de saúde é prioritária, devendo ser dirigida para múltiplos fatores de risco.
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Resultados: A taxa de colaboração foi 81%. Participantes: 460 estudantes (183 dos últimos anos); 72% sexo feminino; idade média 21,7 ± 3,3 anos. A prevalência de tabagismo foi de 21,6 % nos primeiros anos e 22,5% nos últimos, p=0,79; 36,8% no sexo masculino e 16,3 % no sexo feminino, p<0,001. O sexo masculino refere também maiores taxas de consumo de risco de álcool (39,4% vs 14,7%, p<0,001) e de consumo de cannabis (50% vs 26,5%, p<0,001). A prevalência de consumo de risco de álcool é de 22,3% nos alunos dos primeiros anos e 20,6% nos alunos dos últimos anos, p=0,88. O consumo regular de substâncias psicoativas e tranquilizantes é baixo; significativamente maior entre os fumadores, sexo masculino, nos últimos anos e consumidores de risco de álcool. A maioria dos estudantes refere estilo de vida relativamente sedentário e uma dieta não saudável, independentemente do ano de curso. O sexo feminino relata menor capacidade de gerir o stress do dia a dia e a qualidade de sono. O consumo de tabaco foi associado com o consumo de cannabis (OR: 7,659; 95%IC:4,52-12,99; p<0,001) e o consumo de risco de álcool (OR:2,32; 95%IC:1,30-4,15; p=0,005). Conclusão: Os estudantes têm estilos de vida pouco saudáveis com adoção frequente de comportamentos de risco para a saúde. A frequência do Mestrado de Medicina não promove o desenvolvimento de hábitos saudáveis nem a prevenção da progressão para comportamentos de risco. A implementação abrangente de políticas públicas e organizacionais de promoção da saúde no meio universitário dos estudantes de medicina enquanto futuros profissionais de saúde é prioritária, devendo ser dirigida para múltiplos fatores de risco.Background: The World Health Organization estimates that in 2020, two thirds of the diseases will be caused by the adopted lifestyles. The development of health promotion programs at universities is recognized as a viable option to achieve an improvement in the quality of life of a major part of society. Objectives: In order to characterize the lifestyles and health risk behaviors of the Medicine students of Universidade da Beira Interior, a transversal study was developed (2016). Methodology: To assess the lifestyles, an anonymous and self-filling questionnaire built for this purpose was conducted. A descriptive, inferential and logistic regression analysis was performed. Results: The collaboration rate was 81%. Participants: 460 students (183 of senior years); 72% female; mean age 21.7 ± 3.3 years. The prevalence of tobacco smoking was 21.6% in the first years and 22.5% in the latter, p = 0.79; 36.8% in males and 16.3% in females, p <0.001. Males also report higher rates of abusive alcohol consumption (39.4% vs 14.7%, p <0.001) and cannabis use (50% vs 26.5%, p <0.001). The prevalence of abusive alcohol consumption is 22.3% in first-year students and 20.6% in senior years students, p = 0.88. Regular consumption of psychoactive substances and tranquillizers is low; significantly higher among male smokers of senior years who report excessive alcohol consumption. Most students report a relatively sedentary lifestyle and an unhealthy diet regardless of the year of course. Females report less ability to manage day-to-day stress and sleep quality. Tobacco consumption was associated with cannabis use (OR: 7.659, 95% CI: 4.52-12.99, p <0.001) and alcohol consumption (OR: 2.32, 95% CI: 1.30-4.15, p = 0.005). Conclusion: Students have unhealthy lifestyles with frequent adoption of unhealthy risk behaviors. The frequency of the Master's of Medicine does not promote the development of healthy habits nor prevents the progression to risky behaviors. The implementation of public and organizational health promotion policies in the university setting of medical students as future health professionals is a priority and should be directed at multiple risk factors.Ravara, Sofia BelouBibliorumFarinha, Inês Filipa da Costa2020-01-17T14:46:49Z2018-06-282018-04-272018-06-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8479TID:202362426porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:48:28Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8479Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:48.906567Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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