Comportamento tabágico, experimentação de cigarros eletrónicos e atitudes de controlo de tabagismo dos Estudantes de Medicina da Universidade da Beira Interior
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/8084 |
Resumo: | Introdução: O marketing agressivo dos cigarros eletrónicos (e-cigarette) é uma ameaça ao controlo do tabaco. A educação médica deverá privilegiar a promoção da saúde dos estudantes, realçando o papel crucial dos médicos no controlo do tabagismo, na sensibilização para os riscos associados ao consumo e no tratamento dos fumadores. Objetivos: Avaliar o comportamento tabágico, a experimentação de e-cigarette, e as atitudes de controlo de tabagismo dos estudantes dos primeiros e últimos anos do Mestrado Integrado de Medicina da Universidade da Beira Interior e compará-los com um estudo realizado em 2012. Metodologia: Estudo transversal baseado na aplicação de um questionário de autopreenchimento, em contexto de tutoria, com amostragem de conveniência. Realizou-se uma análise descritiva, inferencial e regressão logística. Resultados: Participantes: 460 estudantes; idade média de 22±3 anos; 72% raparigas. A prevalência de fumadores foi: 36,5% nos rapazes; 16,2% nas raparigas, p<0,001, sendo frequente o consumo ocasional e elevada a experimentação de múltiplos produtos de tabaco. Não foram observadas diferenças significativas de consumo entre os estudantes dos primeiros e últimos anos, nem entre os estudantes dos anos 2012 e 2016. A taxa de experimentação de e-cigarette foi de 9,6%, sendo maior nos rapazes e nos filhos de pais com instrução superior. A maioria concorda que os e-cigarette prejudicam a saúde e com a sua proibição em espaços fechados, discordando da sua eficácia como método de cessação tabágica. Cerca de 90% dos estudantes afirmam que a proibição de fumar é cumprida na FCS e nos serviços de saúde; metade concordam com o alargamento desta lei a todo o campus universitário. 51% refere estar exposto ao fumo ambiental do tabaco (FAT) na FCS; 27% manifesta consistentemente o seu desagrado por essa exposição. Verificou-se uma associação entre ser fumador e ter atitudes mais permissivas em relação ao tabagismo e à exposição ao FAT. Conclusão: A prevalência de tabagismo é alta entre os estudantes de medicina da FCS, sobretudo no sexo masculino, sendo frequente o consumo ocasional e elevada a experimentação de múltiplos produtos. Não foram observadas diferenças significativas de consumo entre os estudantes dos primeiros e últimos anos do curso, nem entre os estudantes do ano 2012 e 2016. A frequência do Mestrado de Medicina não promove a cessação tabágica dos estudantes, nem a prevenção do comportamento tabágico entre os jovens médicos, alertando para a necessidade de uma estratégia abrangente de prevenção e controlo de tabaco em Portugal e envolvendo as Faculdades de Medicina. |
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Comportamento tabágico, experimentação de cigarros eletrónicos e atitudes de controlo de tabagismo dos Estudantes de Medicina da Universidade da Beira InteriorUma série de estudos transversaisCigarros EletrónicosComportamento TabágicoEstudantes de MedicinaFumo Ambiental do TabacoPolíticas de Controlo do TabagismoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O marketing agressivo dos cigarros eletrónicos (e-cigarette) é uma ameaça ao controlo do tabaco. A educação médica deverá privilegiar a promoção da saúde dos estudantes, realçando o papel crucial dos médicos no controlo do tabagismo, na sensibilização para os riscos associados ao consumo e no tratamento dos fumadores. Objetivos: Avaliar o comportamento tabágico, a experimentação de e-cigarette, e as atitudes de controlo de tabagismo dos estudantes dos primeiros e últimos anos do Mestrado Integrado de Medicina da Universidade da Beira Interior e compará-los com um estudo realizado em 2012. Metodologia: Estudo transversal baseado na aplicação de um questionário de autopreenchimento, em contexto de tutoria, com amostragem de conveniência. Realizou-se uma análise descritiva, inferencial e regressão logística. Resultados: Participantes: 460 estudantes; idade média de 22±3 anos; 72% raparigas. A prevalência de fumadores foi: 36,5% nos rapazes; 16,2% nas raparigas, p<0,001, sendo frequente o consumo ocasional e elevada a experimentação de múltiplos produtos de tabaco. Não foram observadas diferenças significativas de consumo entre os estudantes dos primeiros e últimos anos, nem entre os estudantes dos anos 2012 e 2016. A taxa de experimentação de e-cigarette foi de 9,6%, sendo maior nos rapazes e nos filhos de pais com instrução superior. A maioria concorda que os e-cigarette prejudicam a saúde e com a sua proibição em espaços fechados, discordando da sua eficácia como método de cessação tabágica. Cerca de 90% dos estudantes afirmam que a proibição de fumar é cumprida na FCS e nos serviços de saúde; metade concordam com o alargamento desta lei a todo o campus universitário. 51% refere estar exposto ao fumo ambiental do tabaco (FAT) na FCS; 27% manifesta consistentemente o seu desagrado por essa exposição. Verificou-se uma associação entre ser fumador e ter atitudes mais permissivas em relação ao tabagismo e à exposição ao FAT. Conclusão: A prevalência de tabagismo é alta entre os estudantes de medicina da FCS, sobretudo no sexo masculino, sendo frequente o consumo ocasional e elevada a experimentação de múltiplos produtos. Não foram observadas diferenças significativas de consumo entre os estudantes dos primeiros e últimos anos do curso, nem entre os estudantes do ano 2012 e 2016. A frequência do Mestrado de Medicina não promove a cessação tabágica dos estudantes, nem a prevenção do comportamento tabágico entre os jovens médicos, alertando para a necessidade de uma estratégia abrangente de prevenção e controlo de tabaco em Portugal e envolvendo as Faculdades de Medicina.Background: Tobacco is the leading preventable cause of morbidity and premature death. The aggressive marketing of emergent nicotinic products, such as e-cigarettes, targeting young people, is a serious threat to tobacco control. Medical education should focus on promoting the health of medical students, highlighting the crucial role of physicians in tobacco control, tobacco dependence treatment and on raising awareness of smoking health hazards. Objectives: To evaluate smoking behavior, e-cigarette experimentation, and tobacco control attitudes of medical students (first and last years) attending the medical school of the University of Beira Interior; to compare them with a previous cross-sectional study done in 2012. Methodology: Cross-sectional study based on self-administered questionnaires. A descriptive, inferential and logistic regression analysis was performed. Results: Participants: 460 medical students; mean age of 22 ± 3 years; 72% girls. Smoking prevalence was 36.5% in boys; 16.2% in girls, p <0.001. Occasional and frequent use of multiple tobacco products was observed. There were no significant differences regarding consumption among students in the first and last years, nor between years 2012 and 2016. E-cigarette experimentation rate was 9.6%, higher in boys and children of parents with higher education. Most agreed that e-cigarettes harm health and agreed with e-cigarette indoors ban; most disagree with its effectiveness as a smoking cessation method. About 90% of students report that the indoor smoking ban is enforced at FCS and at health services; but only half agree on extending the law to the university campus; 51% of students report being exposed to environmental tobacco smoke (ETS) in FCS; but only 27% consistently express their displeasure regarding ETS exposure. There was an association between being a smoker and more permissive attitudes regarding smoking and exposure to ETS. Conclusion: Smoking prevalence among medical students is high, shifting from traditional cigarettes to experimentation of multiple emerging products such as water pipe and e-cigarette. In addition, Medical Education at FCS, UBI neither promotes smoking cessation of medical students, nor smoking prevention among young doctors. In Portugal, there is a need for comprehensive tobacco control strategies engaging the medical schools.Ravara, Sofia BelouBibliorumSoares, Rosa Margarida de Pina2019-12-20T17:29:12Z2017-5-102017-06-122017-06-12T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8084TID:202347613porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:49Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8084Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:30.077482Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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