Funcionamento familiar e desenvolvimento da linguagem na criança em idade pré-escolar: famílias com parentalidade tardia

• Autor(a) principal: Almeida, Patrícia Alexandra Correia Soares de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/31775
• topic: Sistema familiar; Funcionamento familiar; Desenvolvimento da linguagem; Idade pré-escolar; Parentalidade tardia

Enquadramento: Ao longo do tempo, os sistemas familiares foram sujeitos a vários fatores internos e externos que levaram a que a idade da mãe ao nascimento do primeiro filho se tornasse progressivamente mais tardia. A falta de estudos que analisam o funcionamento familiar e o desenvolvimento da criança em idade pré-escolar em famílias que vivenciam parentalidade tardia advoga a necessidade deste estudo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo geral analisar o funcionamento familiar e desenvolvimento da linguagem em idade pré-escolar, em famílias com parentalidade tardia. Métodos: Estudo com desenho transversal, descritivo-correlacional. A recolha de dados incluiu a aplicação dos subtestes de Expressão Verbal Oral e de Compreensão Auditiva do Teste de Linguagem ALPE (TL-ALPE) e a versão Portuguesa da Family Adaptability and Coehesion Evaluation Scale IV (FACES-IV). Os dados foram analisados com recurso à estatística descritiva e inferencial. Resultados: Participaram no estudo 38 díades mãe/pai – filho/a, com uma média etária das mães/pais ao nascimento do primeiro filho de 37,2±2,5 anos e a média etária da criança no momento da avaliação linguística foi de 51,2±10,8 meses. Os resultados indicam que as famílias são tipicamente equilibradas pois na escala equilibrada de Coesão Familiar, a pontuação média foi de 31,00±2,87, e na escala de Flexibilidade Familiar, a pontuação média foi de 28,89±2,53, enquanto nas escalas desequilibradas se verificou uma predominância dos níveis “Muito Baixo” e “Baixo”. No TL-ALPE, no subteste de Expressão Verbal Oral obteve-se uma pontuação média estandardizada de 103,03±13,1 e no subteste de Compreensão Auditiva, a pontuação média estandardizada foi de 107,5±13,2. A análise entre os grupos revela que apenas existem diferenças estatisticamente significativas entre a escala Rigidez e ambos os subtestes do TL-ALPE. Discussão: Este estudo sugere uma ligeira tendência de relação entre as dimensões do funcionamento familiar e o desenvolvimento da linguagem da criança. Todavia, recomenda-se a replicação do estudo em amostras mais alargadas, com avaliações presenciais e utilizando outros instrumentos de avaliação para analisar a relação entre as variáveis.