Promoção da literacia e capacitação de pessoas diabéticas tipo 2 idosas, em 4 USF do ACES Dão Lafões

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Suzete Fernandes de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/11023
Resumo: A Diabetes Mellitus (DM) constitui um grave problema de saúde pública, tanto pela sua elevada prevalência e incidência, como pelas suas inúmeras e complexas consequências adjacentes, sendo as pessoas idosas as mais afetadas por esta enfermidade. Associado a este facto, existe a presença de um sistema de gestão ainda direcionado para os episódios de agudização da doença, onde existe um fraco enfoque na literacia em saúde e na capacitação do utente. O qual tem resultado, em avultados custos humanos, sociais e económicos e em baixos níveis de qualidade de vida (QV), entre os portadores de DM. Neste sentido, este estudo de natureza exploratória, descritivo-correlacional, tem como objetivo geral, analisar os conhecimentos específicos, a capacidade de autocontrolo e a QV das pessoas com DM tipo 2, com 65 ou mais anos, inscritas em 4 Unidades de Saúde Familiar (USF), pertencentes ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões. Para este efeito, aplicou-se a uma amostra de 137 indivíduos, um questionário de caraterização sociodemográfica e clínica e a versão portuguesa do Diabetes Empowerment Scale - Short Form (DES-SF), do Diabetes Knowledge Test (DKT) e do EuroQol-5 Dimensions (EQ-5D). Os resultados demonstraram em termos sociodemográficos, o predomínio na amostra de pessoas do sexo masculino (53.3%), com ensino básico (65%), elevado suporte social e idade média ± dp de 73.9 ± 6.7. Do ponto de vista clínico, os inquiridos apresentaram valores médios ± dp de duração de diagnóstico, de hemoglobina glicosilada e de IMC de 12.5 ± 9.43 anos; 6.5 ± 1.1 % e 28.9 ± 4.2 kg/m2 , respetivamente. A maioria dos participantes não era insulinotratado (84.7%) e não possuía complicações (73.7%). Quanto aos instrumentos, o índice do DES-SF apresentou uma pontuação média ± dp de 3.52 ± 0.69, o DKT de 54.34 ± 17.72 e o EQ-5D de 0.63 ± 0.30. Verificámos uma correlação positiva e significativa entre a capacidade de controlo da DM, os conhecimentos acerca da doença e a QV. Registaram-se diferenças estatisticamente significativas entre o DES-SF, o DKT e o EQ-5D e as habilitações literárias (t=-3.688, p<.001; t=-5.835, p<.001; t=-2.302, p<.05, respetivamente) e entre estes e as complicações (t=-2.355, p<.05; t=-2.578, p<.05; t=-2.261, p<.05, respetivamente). As conclusões encontradas apontam não só para a necessidade de uma intervenção sustentada no domínio da promoção da literacia em saúde e na capacitação dos diabéticos tipo 2, como proporcionam aspetos específicos a ter em conta nessa abordagem.
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