Competência emocional do enfermeiro e a comunicação terapêutica face à pessoa com manifestações de perturbação mental: estudo num hospital geral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Dorine Joana Gomes
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/7001
Resumo: A competência emocional é fundamental na comunicação que o enfermeiro estabelece com as pessoas com que se relaciona, sendo a comunicação terapêutica uma ferramenta crucial no cuidar em enfermagem. O presente estudo tem como objetivo conhecer a influência da competência emocional do enfermeiro na comunicação terapêutica face à pessoa com manifestações de perturbação mental num hospital geral. É um estudo descritivo-correlacional, transversal e exploratório. A amostra foi de 171 enfermeiros de um hospital geral dos Açores. Os dados foram colhidos entre maio e julho de 2021, através de um instrumento que inclui o questionário sociodemográfico e profissional, Escala Veiga de Competência Emocional – Reduzida [EVCE-Reduzida] (Veiga-Branco, 2021) e questionário “Comunicação terapêutica: utilização pelos enfermeiros” (adaptado de Coelho, 2015). Os enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino, com idades entre 20 e 40 anos, revelam níveis moderados de competência emocional. Os enfermeiros especialistas com mais tempo de exercício profissional demonstram ser mais literatos emocionalmente. A EVCE-Reduzida demonstra uma boa fiabilidade interna. A Automotivação foi a capacidade mais preditiva da competência emocional, e a Autoconsciência a capacidade com maior média. Delinearam-se 3 perfis comunicacionais, sendo o Perfil 1 (Enfermeiro centrado na pessoa e em si) o mais representativo. Apesar de não se verificar correlação entre a competência emocional e a comunicação terapêutica, evidenciou-se que quanto mais empáticos os enfermeiros se percecionam, mais utilizam as técnicas de comunicação terapêutica; e quanto melhor gerem as emoções, mais mobilizam as técnicas de comunicação terapêutica e atitudes face à pessoa com manifestações de perturbação mental. Face aos resultados importa aprofundar o modo como a comunicação terapêutica e a competência emocional se manifestam na prática profissional, o que facilita ou inibe a sua expressão, e como se pode potenciar o seu desenvolvimento. Neste sentido, as instituições de saúde devem implementar ações de formação dos enfermeiros, através do contributo da prática especializada em Enfermagem de Saúde Mental, permitindo aprimorar a literacia emocional e performance nos contextos de trabalho.
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