A medicina centrada na pessoa e a capacitação em ambiente de Medicina Geral e Familiar: o resultado segundo a estrutura de trabalho em Cuidados de Saúde Primários

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Queirós, Rita Dunkel Matos Riobom
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/5301
Resumo: Introdução: A Medicina Centrada na Pessoa (MCP) é uma prática clínica que envolve quem consulta nas decisões clínicas. A perceção desta prática pelo utente começou a ser estudada em Portugal com um estudo para a validação do inquérito sobre a MCP e poucos estudos desde então se seguiram. A capacitação reflete o ganho e fortalecimento da pessoa após uma consulta, no que concerne à compreensão e gestão da doença. O Patient Enablement Instrument (PEI) foi traduzido e validado para a população portuguesa, iniciando-se assim uma pesquisa sobre capacitação na Medicina Geral e Familiar. Objetivos: Foi objetivo deste estudo verificar as diferenças entre uma Unidade de Saúde Familiar (USF) e uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) quanto à prática da MCP e sua capacitação após consulta e a relação existente entre estes dois conceitos. Metodologia: Este foi um estudo observacional, transversal, em que o Instrumento de Capacitação do Consulente (ICC), resultado da tradução do PEI e o inquérito sobre a Medicina Centrada no Paciente, foram aplicados oralmente a 80 pessoas, 40 do Centro de Saúde da Covilhã e 40 da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Serpa Pinto, Porto, logo após saírem da consulta no exterior das instalações. Registaram-se também os dados de cada utente relativamente a idade, sexo, toma diária de medicamentos, grau de instrução e atividade profissional. Resultados: Identificaram-se diferenças na variável “Nível de instrução” (p=0,001), entre as duas populações estudadas. Nas 6 questões do Instrumento de Capacitação do Consulente, as respostas que mais vezes apareceram foram “Melhor” ou “Mais” e “Igual ou pior” ou “Igual ou menos”. De forma consistente a resposta menos vezes dada foi “Muito melhor” e Muito mais”. No que reporta ao inquérito sobre a Medicina Centrada no Paciente, a resposta que mais se encontrou foi “Sim”, e a menos encontrada foi “Não”. Respostas significativamente diferentes foram dadas para a questão “Capaz de lidar com a vida”, em função do local onde foi aplicado o ICC. 37,5% dos inquiridos do Centro de Saúde da Covilhã responderam “Igual ou Pior” vs. 70% das pessoas da Unidade de Saúde Familiar do Porto (p=0,015). Discussão e conclusão: A capacitação após consulta com o(a) médico(a) de família é insuficiente de forma geral nas duas unidades. A MCP pela visão das mesmas é praticada de igual forma em ambos os contextos de prática médica. A verificação de correlação positiva entre a MCP e a Capacitação, permite pensar em melhores resultados terapêuticos.
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Objetivos: Foi objetivo deste estudo verificar as diferenças entre uma Unidade de Saúde Familiar (USF) e uma Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) quanto à prática da MCP e sua capacitação após consulta e a relação existente entre estes dois conceitos. Metodologia: Este foi um estudo observacional, transversal, em que o Instrumento de Capacitação do Consulente (ICC), resultado da tradução do PEI e o inquérito sobre a Medicina Centrada no Paciente, foram aplicados oralmente a 80 pessoas, 40 do Centro de Saúde da Covilhã e 40 da Unidade de Saúde Familiar (USF) de Serpa Pinto, Porto, logo após saírem da consulta no exterior das instalações. Registaram-se também os dados de cada utente relativamente a idade, sexo, toma diária de medicamentos, grau de instrução e atividade profissional. Resultados: Identificaram-se diferenças na variável “Nível de instrução” (p=0,001), entre as duas populações estudadas. Nas 6 questões do Instrumento de Capacitação do Consulente, as respostas que mais vezes apareceram foram “Melhor” ou “Mais” e “Igual ou pior” ou “Igual ou menos”. De forma consistente a resposta menos vezes dada foi “Muito melhor” e Muito mais”. No que reporta ao inquérito sobre a Medicina Centrada no Paciente, a resposta que mais se encontrou foi “Sim”, e a menos encontrada foi “Não”. Respostas significativamente diferentes foram dadas para a questão “Capaz de lidar com a vida”, em função do local onde foi aplicado o ICC. 37,5% dos inquiridos do Centro de Saúde da Covilhã responderam “Igual ou Pior” vs. 70% das pessoas da Unidade de Saúde Familiar do Porto (p=0,015). Discussão e conclusão: A capacitação após consulta com o(a) médico(a) de família é insuficiente de forma geral nas duas unidades. A MCP pela visão das mesmas é praticada de igual forma em ambos os contextos de prática médica. A verificação de correlação positiva entre a MCP e a Capacitação, permite pensar em melhores resultados terapêuticos.Introduction: The Person Centered Medicine is a clinical practice that involves those consulting in clinical decisions. The perception of this practice began to be studied in Portugal with a study to validate the survey medicine centered on the person and few studies have since followed. The enablement reflects the gain and strengthening of the person after consultation, with regard to the understanding and management of the disease. The Patient Enablement Instrument was translated and validated for the Portuguese population, starting a little research in enablement in general practice. Objectives: The objectives of this study were to verify the differences between a Family Health Unit – Unidade de Saúde Familiar - and a salute Custom Care Unit - Unidade de Cuidados de Saúdes Personalizados - on the practice of medicine centered on the person and their enablement after consultation, and the relationship between these two concepts. Methodology: This was an observational, cross-sectional study, where the Patient Enablement Instrument and the Medicine Centered in Patient inquiry were applied orally to 80 people, 40 of Covilhã Health Centre and 40 of the Family Health Unit Serpa Pinto, Porto, as they exit the consultation of overseas facilities. The inquiry also included the data of each patient with respect to age, gender, daily medication, education level and occupation. Results: Differences in the variable "educational level" (p = 0.001) were found between both populations. In 6 issues of Patient Enablement Instrument the answers that appeared most often were "Best" or "More" and "Equal or worse" or "Equal or less." Consistently, the less frequently given answer was "much better" and much more ". In reporting to the inquiry into the Medicine Centered in Person, the answer that we most found was "Yes", and the less found was "No". Significantly different answers were given to the question "Able to cope with life," in Patient Enablement Instrument, where 37,5% respondents of the Covilhã Health Center responded "Same or worse" vs. 70% of people of Family Health unit (p = 0.015). Discussion and conclusion: The enablement after consultation with Family doctor is insufficient in general on both units. The Medicine centered in Person at the sight of them is practiced equally in both medical practice contexts. The verification of positive correlation between Medicine Centered in Person and enablement, to suggest that better therapeutic results can be obtainSantiago, Luiz Miguel de Mendonça SoaresVaz, Filipe Jerónimo AlvesuBibliorumQueirós, Rita Dunkel Matos Riobom2018-07-20T15:56:20Z2016-5-112016-06-222016-06-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5301TID:201774046porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:43:03Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5301Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:14.818536Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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