Isoeritrólise Neonatal em Equinos – Revisão Bibliográfica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/35242 |
Resumo: | A Isoeritrólise Neonatal, também descrita como “Síndrome do poldro ictérico”, é uma patologia bastante estudada e documentada ao longo de vários anos, de distribuição mundial, que apresenta uma prevalência de cerca de 1-2%, com uma fisiopatogenia bem definida e esclarecida, pelo que afeta poldros neonatos através da ingestão de colostro de origem materna, que contenha anticorpos contra a superfície molecular dos seus eritrócitos, causando assim uma hemólise e consequente anemia hemolítica imunomediada. O grande obstáculo deste distúrbio hemolítico em equinos é baseado na sua genética, uma vez que os cavalos apresentam grupos sanguíneos complexos, podendo surgir 400.000 combinações antigénicas diferentes. No entanto, é de conhecimento no meio científico os grupos ou sistemas com os principais fatores que favorecem a ocorrência patologia. A avaliação dos progenitores, bem como o conhecimento dos fatores de risco, permitem uma abordagem materna e, consequentemente, neonatal que dita o sucesso do controlo e prevenção da Isoeritrólise Neonatal. O conhecimento dos principais sinais clínicos, métodos de diagnóstico rápidos e lesões futuras, que podem ou não culminar na morte do poldro, suportam a aplicação de medidas de maneio e terapêuticas que vão favorecer a sua sobrevivência. Foram realizados estudos em algumas raças sabendo a sua incidência e prevalência, mas infelizmente não existe documentação para o cavalo Puro-Sangue Lusitano, sendo apenas os cavalos de raça Puro-Sangue Inglês e Trotador, entre outros cavalos Puro-Sangue, os mais documentados. Esta é uma das principais razões pelo qual pretendo abordar este tema, uma vez que a neonatologia em Portugal não é uma prática especializada, sendo realizada apenas por hospitais ou clínicas de referência. É fundamental o conhecimento da doença de modo a prevenir a ocorrência da mesma e deste modo potenciar aos criadores de cavalos uma prole de criação de sucesso e sem fatores que possam levar à morte dos seus neonatos, levando a custos e perdas significativas. |
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Isoeritrólise Neonatal em Equinos – Revisão BibliográficaIsoeritrólise neonatalSíndrome do poldro ictéricoNeonatologiaNeonatal IsoerythrolysisJaundice Foal SyndromeNeonatologyA Isoeritrólise Neonatal, também descrita como “Síndrome do poldro ictérico”, é uma patologia bastante estudada e documentada ao longo de vários anos, de distribuição mundial, que apresenta uma prevalência de cerca de 1-2%, com uma fisiopatogenia bem definida e esclarecida, pelo que afeta poldros neonatos através da ingestão de colostro de origem materna, que contenha anticorpos contra a superfície molecular dos seus eritrócitos, causando assim uma hemólise e consequente anemia hemolítica imunomediada. O grande obstáculo deste distúrbio hemolítico em equinos é baseado na sua genética, uma vez que os cavalos apresentam grupos sanguíneos complexos, podendo surgir 400.000 combinações antigénicas diferentes. No entanto, é de conhecimento no meio científico os grupos ou sistemas com os principais fatores que favorecem a ocorrência patologia. A avaliação dos progenitores, bem como o conhecimento dos fatores de risco, permitem uma abordagem materna e, consequentemente, neonatal que dita o sucesso do controlo e prevenção da Isoeritrólise Neonatal. O conhecimento dos principais sinais clínicos, métodos de diagnóstico rápidos e lesões futuras, que podem ou não culminar na morte do poldro, suportam a aplicação de medidas de maneio e terapêuticas que vão favorecer a sua sobrevivência. Foram realizados estudos em algumas raças sabendo a sua incidência e prevalência, mas infelizmente não existe documentação para o cavalo Puro-Sangue Lusitano, sendo apenas os cavalos de raça Puro-Sangue Inglês e Trotador, entre outros cavalos Puro-Sangue, os mais documentados. Esta é uma das principais razões pelo qual pretendo abordar este tema, uma vez que a neonatologia em Portugal não é uma prática especializada, sendo realizada apenas por hospitais ou clínicas de referência. É fundamental o conhecimento da doença de modo a prevenir a ocorrência da mesma e deste modo potenciar aos criadores de cavalos uma prole de criação de sucesso e sem fatores que possam levar à morte dos seus neonatos, levando a custos e perdas significativas.Neonatal Isoerythrolysis, also known as “Jaundice Foal Syndrome”, is a pathology that has been studied and documented for many years, distributed globally with a prevalence of around 1-2% and a well-defined and clear pathophysiology, which affects newborn foals through the ingestion of maternal colostrum containing antibodies against a superficial molecular of their erythrocytes, causing hemolysis and consequent immune-mediated hemolytic anemia. The major problem with this hemolytic disturbance in horses is due to the genetics involved, since horses have complex blood groups, leading to 400.000 different possible antigenic combinations. However, the scientific community recognizes the groups or systems with the principal factors favoring its occurrence. Evaluation of the parents, as well as knowledge of the risk factors, allows for a maternal and therefore neonatal approach, which dictates the success of control and prevention of Neonatal Isoerythrolysis. The knowledge of the main clinical signs, rapid diagnostic methods and future injuries, that may or may not result in the death of the foal, support the use of management and therapeutic measures that will determine their survival. Studies have been carried out in some breeds where the incidence and prevalence are known, but unfortunately this information not available for the Puro-Sangue Lusitano, while the Thoroughbreds and Standardbreds, among other purebreds, are the most studied. This is one of the main reasons why I intend to address this topic, since neonatology in Portugal is not a specialized practice and is performed only by reference hospitals or clinics. It is crucial to understand the disease in order to prevent its occurrence and thereby give horse breeders a successful breeding stock without factors that could lead to the death of their newborns, causing significant costs and losses.Carolino, Renato Nuno PimentelRepositório ComumBento, Mariana Pedroso Mendes São2021-10-26T00:30:35Z2020-10-26T00:00:00Z2020-10-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/35242202626059porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T13:56:56Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/35242Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:11:26.783626Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A Isoeritrólise Neonatal, também descrita como “Síndrome do poldro ictérico”, é uma patologia bastante estudada e documentada ao longo de vários anos, de distribuição mundial, que apresenta uma prevalência de cerca de 1-2%, com uma fisiopatogenia bem definida e esclarecida, pelo que afeta poldros neonatos através da ingestão de colostro de origem materna, que contenha anticorpos contra a superfície molecular dos seus eritrócitos, causando assim uma hemólise e consequente anemia hemolítica imunomediada. O grande obstáculo deste distúrbio hemolítico em equinos é baseado na sua genética, uma vez que os cavalos apresentam grupos sanguíneos complexos, podendo surgir 400.000 combinações antigénicas diferentes. No entanto, é de conhecimento no meio científico os grupos ou sistemas com os principais fatores que favorecem a ocorrência patologia. A avaliação dos progenitores, bem como o conhecimento dos fatores de risco, permitem uma abordagem materna e, consequentemente, neonatal que dita o sucesso do controlo e prevenção da Isoeritrólise Neonatal. O conhecimento dos principais sinais clínicos, métodos de diagnóstico rápidos e lesões futuras, que podem ou não culminar na morte do poldro, suportam a aplicação de medidas de maneio e terapêuticas que vão favorecer a sua sobrevivência. Foram realizados estudos em algumas raças sabendo a sua incidência e prevalência, mas infelizmente não existe documentação para o cavalo Puro-Sangue Lusitano, sendo apenas os cavalos de raça Puro-Sangue Inglês e Trotador, entre outros cavalos Puro-Sangue, os mais documentados. Esta é uma das principais razões pelo qual pretendo abordar este tema, uma vez que a neonatologia em Portugal não é uma prática especializada, sendo realizada apenas por hospitais ou clínicas de referência. É fundamental o conhecimento da doença de modo a prevenir a ocorrência da mesma e deste modo potenciar aos criadores de cavalos uma prole de criação de sucesso e sem fatores que possam levar à morte dos seus neonatos, levando a custos e perdas significativas. |
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