Tipos de brincadeiras de crianças com perturbações do espectro do autismo e os seus pares com desenvolvimento típico na presença e na ausência do(a) educador(a)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Tatiana Jorge Grazina Correia da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.21/9684
Resumo: Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção de grau de mestre em Intervenção Precoce
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spelling Tipos de brincadeiras de crianças com perturbações do espectro do autismo e os seus pares com desenvolvimento típico na presença e na ausência do(a) educador(a)Perturbação do espectro do autismoInterações sociaisBrincarEducação entre paresEducação pré-escolarEstratégiasEducadorAutism spectrum disorderSocial interactionsPlayPeer educationPreschoolEducator strategiesPlay interventionDissertação apresentada à Escola Superior de Educação de Lisboa para obtenção de grau de mestre em Intervenção PrecoceO brincar constitui uma atividade natural e espontânea da criança e uma dimensão fundamental na idade pré-escolar, potenciando o processo de socialização ao permitir o estabelecimento de relações interpessoais. Permite também, que a criança desenvolva a sua criatividade, imaginação, competências linguísticas e socioemocionais e consequentemente as relações entre pares (Stanton-Chapman,2015). Aqui, importa salientar o papel do(a) educador(a) enquanto agente promotor do desenvolvimento global e social das crianças. A literatura refere que o desenvolvimento e a manutenção de vínculos sociais em crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) é claramente influenciado por aspetos do seu funcionamento relacionados com a comunicação e o comportamento. Estas crianças apresentam um défice no que respeita às competências de imitação e atenção conjunta, tendendo a uma menor cooperação, reduzida frequência no iniciar de interações e na utilização de um repertório mais limitado, traduzido numa menor criatividade e complexidade, comparativamente a crianças com desenvolvimento dito típico. O presente estudo descreve e reflete uma investigação ligada ao brincar em crianças com PEA e os seus pares com desenvolvimento típico numa situação proposta com o propósito de identificar as estratégias utilizadas pelo(a) educador(a) - na mesma situação - com papel de mediador da sua interação. Assim, foram constituídos três grupos, cada um com três crianças com desenvolvimento típico e PEA, na proporção de 2:1. A totalidade das crianças foi previamente submetida a um conjunto de pré-testes que incluiu uma avaliação global do desenvolvimento, uma avaliação da linguagem e um rastreio audiológico. Posteriormente, foram realizadas seis filmagens de cada um dos grupos numa situação de brincadeira na área da casinha, na ausência e presença do(a) educador(a), como já referido, enquanto elemento mediador das interações. Ulteriormente, procedeu-se à análise do tipo de brincar adotado pelas crianças na presença e ausência do(a) educador(a), bem como das estratégias utilizadas pelo adulto na mediação e integração das crianças com PEA no brincar. Os resultados indicaram que as crianças com PEA, na ausência do(a) educador(a), assumem maioritariamente um brincar do tipo solitário, comparativamente aos seus pares de desenvolvimento típico. Por outro lado, na presença do(a) educador(a), estas crianças aumentam a sua participação em situações de brincar de grupo. No que se refere às estratégias utilizadas pelo(a) educador(a) com vista à inclusão das crianças com PEA numa situação de brincar com os seus pares com desenvolvimento típico, é possível aferir que a estratégia mais utilizada é o questionamento, seguido da repetição. Os resultados demonstraram ainda que o uso das estratégias denominadas de repetição e questionamento promovem o brincar de grupo nas crianças com PEA e que o uso da estratégia de ensino incidental diminui o brincar solitário. Foi ainda possível averiguar que o perfil ativo/diretivo deve ser preferencialmente adotado pelo(a) educador(a) no sentido de minorar o brincar solitário nas crianças com PEA. Os resultados alcançados corroboram a importância do papel do(a) educador(a) de infância na mediação das interações sociais entre crianças com PEA e pares de desenvolvimento típico nos contextos naturais. Deste modo, é de salientar a necessidade específica de formação dos mesmos nesta área e a importância da presença de profissionais especializados com conhecimentos técnicos para o efeito.ABSTRACT Play is child’s natural and spontaneous activity and a fundamental dimension in pre-school age, enhancing the process of socialization by allowing the establishment of interpersonal relationships. It also allows the child to develop his/her creativity, imagination, linguistic and social-emotional skills and, consequently, peer relationships (Stanton-Chapman, 2015). In this context, it is important to emphasize the role of the educator as a promoter of children’s global and social development. Literature reports that the development and maintenance of social bonds in children with Autism Spectrum Disorder (ASD) is clearly influenced by aspects of their functioning related to communication and behaviour. These children have a lack of imitation skills and joint attention, tend to cooperate less, reduced frequency in interaction initiation and the use of a more limited repertoire, translated into less creativity and complexity, compared to children with typical development. The present study describes and reflects research related to the social interactions of children with ASD and their typically developing peers in a free play situation in order to identify the strategies used by the educator - in the same situation – functioning as mediator of their interaction. Thus, three groups were formed, each with three children with typical development and PEA, in a ratio of 2: 1. All children were submitted to a set of pre-tests which included an overall assessment of development, language assessment and a hearing screening. Subsequently, each of the groups were filmed six times in a play situation in the dramatic play area, in the absence and presence of the educator, working as a mediating element of the interactions, as previously mentioned. Subsequently, we analysed the type of play adopted by the children in the presence and absence of the educator, as well as the strategies used by the adult in the mediation and inclusion of children with ASD in play. The results indicated that children with ASD, in the absence of the educator, mostly assume solitary play compared to their typical development peers. However, in the presence of the educator, these children increase their participation in group play situations. With regard to the strategies used by the educator to include children with ASD in a situation of free play with their typical development peers, it is possible to verify that questioning is the most used strategy, followed by repetition. The results also showed that the use of strategies such as repetition and questioning promote group play in children with ASD and that the use of an incidental teaching strategy reduces solitary play. It was also possible to verify that the active / directive profile should be preferably adopted by educators in order to reduce solitary play in children with ASD. The results obtained corroborate the importance of the role of the childhood educator in the mediation of social interactions between children with ASD and typical development peers in natural contexts. Therefore, it is important to point out the need for specific training in this area and the importance of the presence of specialized professionals with technical knowledge for that purpose.Almeida, TiagoRCIPLFerreira, Tatiana Jorge Grazina Correia da Silva2019-03-08T09:27:59Z2018-07-202018-07-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.21/9684TID:202054772porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T09:58:39Zoai:repositorio.ipl.pt:10400.21/9684Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:18:12.705624Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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