Relação entre ansiedade filial, qualidade da vinculação aos pais e sobrecarga subjetiva em filhos que na meia-idade são ou poderão vir a ser cuidadores informais dos seus pais, no período pandémico

• Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Rita Alves
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/40699
• topic: Ansiedade filial; Cuidados filiais; Vinculação; Meia-idade; Sobrecarga subjetiva; Filial anxiety; Filial care; Attachment; Middle-age; Subjective overload; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia

Introdução: Face ao crescente envelhecimento da população portuguesa, os cuidados prestados aos adultos mais velhos estão a ser cada vez mais da responsabilidade dos seus filhos. Tais cuidados são denominados na literatura como cuidados informais, onde o seu papel se encontra intrinsecamente ligado à ansiedade sentida face à prestação de cuidados ao adulto mais velho. Denominada de ansiedade filial e aliada à vinculação, esta condiciona o papel do cuidador, refletindo-se, por sua vez, na sobrecarga subjetiva sentida pelo cuidador informal. Metodologia: O presente estudo teve como objetivo compreender as relações entre a ansiedade filial, a qualidade da vinculação entre filhos e pais e a sobrecarga subjetiva dos filhos que na meia-idade se tornam cuidadores informais. Participaram no estudo 137 filhos adultos na meia-idade, de nacionalidade portuguesa, que preencheram a Escala de Ansiedade, o Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal e a Escala de Experiências nas Relações Próximas – Estruturas Relacionais. Resultados: A ansiedade filial encontra-se superior no sexo feminino e naqueles cuidadores que residem na mesma área geográfica que o adulto mais velho. Da mesma forma, também se encontra relacionada com a vinculação, cujas pontuações se mostram mais elevadas na vinculação insegura. Também foi encontrada uma relação estatisticamente significativa entre a ansiedade filial e a sobrecarga subjetiva. Conclusões: A qualidade das relações/vinculação e a sobrecarga subjetiva destacaramse ao longo do estudo como fatores importantes na ansiedade filial. Compreende-se assim, a necessidade de um trabalho junto desta população, no sentido de reduzir os impactos provocados pela sobrecarga, através na aprendizagem e disponibilização de estratégias, bem como da implementação de políticas de apoio ao cuidador.