Comunicação estratégia de ciência em saúde: um diagnóstico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ricardo Sílvio Reis dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/131197
Resumo: A legitimidade da ciência não advém apenas do método, mas também dos lugares onde ela se faz. Hoje, cada vez mais, exige-se às instituições de I&D que comuniquem para a sociedade a ciência que é ali feita, que comuniquem as descobertas, que de algum modo justifiquem o dinheiro que essa sociedade lhes confia. A comunicação de ciência é, hoje, cada vez mais, um imperativo. Mas, como fazê-lo? Com que objectivo? Com que recursos? Para quem? Este trabalho recorre a uma abordagem mista (qualitativa e quantitativa), dirigida tanto aos gabinetes de comunicação das instituições de I&D na área da saúde como a uma amostra representativa da população portuguesa, no sentido de produzir um diagnóstico sobre os modos como comunicam a ciência que fazem, dando particular ênfase às práticas de planeamento e de comunicação estratégica usadas. No caso das instituições de I&D que participaram no estudo (n=13), o trabalho de comunicação de ciência é feito em circunstâncias de escassos recursos humanos e financeiros, exigindo assim o multi-tasking. Identificaram-se ainda fragilidades ao nível da compreensão daquilo que é a comunicação de ciência, mas também no planeamento estratégico das actividades dirigidas à sociedade, na definição de objectivos de comunicação, na análise dos públicos, no desenho de mensagens criativas e estimulantes, no uso adequado da avaliação de efectividade das intervenções e numa maior abertura à cooperação inter-institucional. No caso dos cidadãos, uma percentagem significativa (86,2%) manifesta interesse pelas descobertas da ciência, embora apenas 11,1% considerem que as instituições de I&D são eficazes a comunicar.
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