Reconfigurações do lusotropicalismo em museus monumentais de países de língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abadia, Lilia
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/rlec.3109
Resumo: Este artigo tem como objetivo discutir os discursos da identidade nacional dos museus monumentais contemporâneos em países de língua portuguesa, mais precisamente no Brasil e em Portugal. Para tanto, propõe-se a (re)formular os modos de classificação dos museus com enfoque nas características institucionais dos museus e das exposições de longa duração. Adverte-se que a classificação de museus proposta neste artigo não é definitiva nem fixa. Trata-se, antes, de um exercício hermenêutico que visa deslindar as mudanças e acomodações nos discursos de identidade nacional presentes em diversas esferas das instituições museológicas. Assim, sustenta-se a ideia de que apesar de os museus serem instituições em constante evolução, capazes de se adaptar aos novos tempos, reinventar, e contribuir para a (re)criação das sociedades, eles também mantêm performances e discursos que reforçam as relações de poder nas representações nacionais. Fundamentalmente, os museus estão sempre negociando com representações e discursos nacionais hegemônicos. A natureza em constante transformação dos museus foi estudada a partir de uma ampla gama de perspectivas resultando em diferentes modos de interpretação e interrelação das suas complexas características. No entanto, em ambos os países, a revisão crítica dos aspectos culturais, sociais e políticos do lusotropicalismo não tem sido explorada em profundidade como um recorte de análise dos legados coloniais dos museus e suas exposições. Assim, propõem-se tipos de monumentalidade em três museus de língua portuguesa, primeiro articulando a revisão da literatura sobre lusotropicalismo e Museologia Crítica, para depois relatar parte da investigação etnográfica realizada em 2015.
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