España y los fondos europeos: radialidad o transversalidad

• Autor(a) principal: Roset Alvarez, Gerard
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: spa
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/22345
• topic: Corredor mediterrâneo; Fundos europeus; Espanha; Infraestrutura de transporte; Trem de alta velocidade; Mediterranean corridor; European funds; Spain; Transport infrastructure; High-speed train

O Corredor do Mediterrâneo é uma das infraestruturas de transporte de mercadorias e passageiros mais importantes não só de Espanha, como da União Europeia. No entanto, o seu nível de implementação, construção e desenvolvimento na Península Ibérica é muito inferior quando comparado com o investimento feito no Corredor Central, parte do sistema radial. A importância atribuída a este sistema, encontra as suas origens no século XVI, onde estas vias cumpriam funções políticas e estratégicas da Casa Real Espanhola. Mais tarde, com o aparecimento do comboio no século XIX, esta perspectiva manteve-se e os caminhos ferroviários acompanharam-na. Este sistema manteve-se, inclusive, depois da entrada de Espanha na União Europeia em 1986. Facto visível não só no delineamento e construção de auto estradas, como no estabelecimento e implementação do AVE, expoente máximo desse sistema antiquado. Esta dissertação, que se foca na análise comparativa de mapas referentes às diferentes fases de construção das infra-estruturas de transporte em Espanha, visa demonstrar que o padrão radial até agora implementado, desconsidera a natural superioridade económica associada à exploração e investimento nas regiões periféricas da Península Ibérica. A conclusão deste trabalho revela que o vínculo Europeu em pouco contribuiu para a mudança e atualização da mentalidade dos sucessivos governos espanhóis em relação ao tema abordado. Pelo contrário, continua evidente o problema "Sistema radial versus mercado transversal" o que reflecte, em última análise, a incapacidade da União Europeia de impor aos Estados Membros uma agenda comum.