Resiliência e sucesso educativo dos alunos com adaptações curriculares não significativas no 2º ciclo do ensino básico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Avelino do Vale
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/10165
Resumo: Neste milénio, a acelerada mudança na sociedade tem-se refletido fortemente nas relações humanas, sociais e no universo escolar inclusivo (ambiente de igualdade de direitos) dos alunos com caraterísticas, capacidades e necessidades diferentes. Em Portugal, até à publicação do DL nº 54/2018 de 6 de julho (nova lei da Educação Inclusiva), estes alunos eram designados como alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) devido aos fatores de risco intelectual, emocional e físico que podem limitar a capacidade destes em atingir o seu potencial máximo quanto à aprendizagem escolar e socioemocional. A nova lei da educação inclusiva afasta-se da conceção de que é necessário categorizar para intervir. O presente decreto-lei estabelece três níveis de “Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão”: “medidas universais” (a título de exemplo, “acomodações curriculares”), “medidas seletivas” (a título de exemplo, “as adaptações curriculares não significativas”) e “medidas adicionais” (a título de exemplo, “adaptações curriculares significativas”). No meio académico e escolar, marcado pelo avanço no campo das relações humanas e sociais, é discutido em que medida os alunos sendo resilientes são capazes de superar os efeitos da adversidade, a que estão submetidos, e obter sucesso educativo. Garcia e Boruchovitch (2014) afirmam que “o bom desempenho académico” está associado com a resiliência. O presente estudo tem como objetivo avaliar se os alunos com adaptações curriculares não significativas sendo resilientes apresentam sucesso escolar. Assim, avalia-se a correlação entre a resiliência e o sucesso/desempenho escolar e a resiliência e autoestima. Os instrumentos a utilizar são a escala de resiliência (Resilience Scale®) desenvolvida por Wagnild e Young (1993), versão portuguesa de Pinheiro e Matos (2013), a escala de autoestima (Rosenberg, 1989) versão adaptada para português de Portugal por Pechorro et alii (2011) e questionário sociodemográfico. A amostra a estudar é constituída por alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico das escolas dos concelhos de Barcelos e Esposende. O método a utilizar na pesquisa é, predominantemente, quantitativo correlacional. Conclui-se, assim, que os alunos com adaptações curriculares não significativas e com as caraterísticas de resiliência apresentam caraterísticas de autoestima positivas. Porém, não se verificou que os alunos com adaptações curriculares não significativas e com as caraterísticas de resiliência e/ou autoestima apresentem sucesso escolar.
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Em Portugal, até à publicação do DL nº 54/2018 de 6 de julho (nova lei da Educação Inclusiva), estes alunos eram designados como alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) devido aos fatores de risco intelectual, emocional e físico que podem limitar a capacidade destes em atingir o seu potencial máximo quanto à aprendizagem escolar e socioemocional. A nova lei da educação inclusiva afasta-se da conceção de que é necessário categorizar para intervir. O presente decreto-lei estabelece três níveis de “Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão”: “medidas universais” (a título de exemplo, “acomodações curriculares”), “medidas seletivas” (a título de exemplo, “as adaptações curriculares não significativas”) e “medidas adicionais” (a título de exemplo, “adaptações curriculares significativas”). No meio académico e escolar, marcado pelo avanço no campo das relações humanas e sociais, é discutido em que medida os alunos sendo resilientes são capazes de superar os efeitos da adversidade, a que estão submetidos, e obter sucesso educativo. Garcia e Boruchovitch (2014) afirmam que “o bom desempenho académico” está associado com a resiliência. O presente estudo tem como objetivo avaliar se os alunos com adaptações curriculares não significativas sendo resilientes apresentam sucesso escolar. Assim, avalia-se a correlação entre a resiliência e o sucesso/desempenho escolar e a resiliência e autoestima. Os instrumentos a utilizar são a escala de resiliência (Resilience Scale®) desenvolvida por Wagnild e Young (1993), versão portuguesa de Pinheiro e Matos (2013), a escala de autoestima (Rosenberg, 1989) versão adaptada para português de Portugal por Pechorro et alii (2011) e questionário sociodemográfico. A amostra a estudar é constituída por alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico das escolas dos concelhos de Barcelos e Esposende. O método a utilizar na pesquisa é, predominantemente, quantitativo correlacional. Conclui-se, assim, que os alunos com adaptações curriculares não significativas e com as caraterísticas de resiliência apresentam caraterísticas de autoestima positivas. Porém, não se verificou que os alunos com adaptações curriculares não significativas e com as caraterísticas de resiliência e/ou autoestima apresentem sucesso escolar.In this millennium, when the change in society is reflected in human and social relations and is reflected in the school universe with the inclusive school (environment of equal rights) of students with different characteristics, capacities and needs. In Portugal, until the publication of DL nº 54/2018 of 6 July (new law on Inclusive Education), these students were designated as students with Special Educational Needs (SEN), due to the intellectual, emotional and physical risk factors that may limit their ability to reach their maximum potential for school and socio-emotional learning. The new inclusive education law departs from the concept that it is necessary to categorize in order to intervene. This decree-law establishes three levels of "Measures to support learning and inclusion": "universal measures" (by way of example, "curricular accommodation"), "selective measures" (by way of example, "curricular adaptations" not significant”) and “additional measures” (for example,“significant curricular adaptations ”). In the academic and school environment, marked by advances in the field of human and social relations, it is discussed the extent to which students being resilient are able to overcome the effects of adversity, to which they are subjected, and to achieve educational success. Garcia and Boruchovitch (2014) affirm that “good academic performance” is associated with resilience. The present study aims to assess whether students with non-significant curricular adaptations being resilient have academic success. Thus, the correlation between resilience and school success / performance and resilience and self-esteem is assessed. The instruments to be used are the resilience scale (Resilience Scale®) developed by Wagnild e Young (1993), Portuguese version by Pinheiro e Matos (2013), the self-esteem scale (Rosenberg, 1989) version adapted to Portuguese de Portugal by Pechorro et al. (2011) and sociodemographic questionnaire. The sample to be studied consists of students from the 2nd Cycle of Basic Education in schools in the municipalities of Barcelos and Esposende. The method to be used in the research is, predominantly, correlational quantitative. It is concluded, therefore, that students with non-significant curricular adaptations and with the characteristics of resilience present positive self-esteem characteristics. However, it was not found that students with non-significant curricular adaptations and with the characteristics of resilience and / or self-esteem have school success.Ventura, TerezaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaFerreira, Avelino do Vale2021-08-12T09:02:47Z2021-07-272021-07-27T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/10165TID:202979881porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-05-16T02:01:29Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/10165Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:46:55.434612Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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