Peer interaction as an inclusive tool in the english as a foreign language classroom

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcelo, Ana Patrícia Correia Romana
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/52217
Resumo: Relatório da Prática de Ensino Supervisionada, Mestrado em Ensino de Português e de Língua Estrangeira (Inglês), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2021
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spelling Peer interaction as an inclusive tool in the english as a foreign language classroomEducação inclusivaCompetência comunitáriaInteração socialRelatórios da prática de ensino supervisionada - 2021Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da EducaçãoRelatório da Prática de Ensino Supervisionada, Mestrado em Ensino de Português e de Língua Estrangeira (Inglês), Universidade de Lisboa, Instituto de Educação, 2021This report describes the Supervised Teaching Practice (STP) related to the Master’s in Teaching Portuguese and a Foreign Language at the University of Lisbon. The STP took place in the academic year 2020/2021, between the 20th of November 2020 and the 16th of April 2021. The STP was conducted at Escola Secundária Padre António Vieira, part of the Agrupamento de Escolas de Alvalade, with an 8th grade English as a foreign language (EFL) class, and it comprised five 100-minute lessons and five small group sessions. For these lessons, the didactic unit “Good Living!” (Frias et al., 2014) was selected. It focused on vocabulary related to, for instance, healthy or unhealthy habits, mental health, social media addiction, and peer pressure. The grammar content mainly comprised the Present Perfect Simple. The aim of the STP was to verify whether peer interaction would contribute to a more inclusive foreign language classroom. For that, based on Adams’ (2018) study on the benefits of peer interaction, the main methodologies adopted were the Cambridge Supervision System (University of Cambridge, 2021), the task-centered proposal (Ur,1981), and the cooperative learning (CL) approach (Johnson & Johnson, 2017). Emphasis was also placed on developing students’ communicative competence and on the acquisition of communicative strategies (Vettorel, 2007), since interactions are fundamentally social exchanges (Hymes, 1972; Halliday, 1978). The results obtained through direct observation and the learners’ feedback indicate that at the end of the STP students preferred working in pairs or groups because they felt more confident with their answers, which motivated them to participate more, hence feeling more included in the EFL classroom. After the small group sessions, learners also claimed to have felt more confident as users of English, and to have become better communicators.O presente relatório descreve a Prática de Ensino Supervisionada (PES) realizada no âmbito do Mestrado em Ensino de Português e Língua Estrangeira – Inglês da Universidade de Lisboa. A PES decorreu no ano letivo de 2020/2021, na Escola Secundária Padro António Vieira, do Agrupamento de Escolas de Alvalade (AEA), entre 20 de novembro de 2020 e 16 de abril de 2021. A sequência didática da PES foi selecionada de acordo com as orientações do AEA e aplicada a uma turma de 8.º ano na disciplina de inglês, durante cinco aulas de 100 minutos e cinco sessões de interação em pequenos grupos, com a duração de 20-25 minutos para cada grupo (supervisões). A unidade didática lecionada, “Good Living!” (Frias et al., 2014), pressupunha a lecionação de vocabulário sobre hábitos saudáveis e não saudáveis (como praticar exercício físico, meditar, ter uma alimentação saudável, fumar, jogar computador até tarde), incindindo também sobre temas como a saúde mental, a pressão social, o vício das redes sociais, entre outros. Relativamente aos conteúdos gramaticais, a unidade previa a lecionação dos tempos verbais Present Perfect Simple e Past Simple. A PES foi precedida por um breve período de observação, entre o início do ano letivo em setembro e o início da lecionação da sequência didática, em novembro de 2020. Durante este intervalo de tempo, foi possível verificar que os alunos da turma em questão, na sua maioria, resistiam a falar na língua estrangeira, preferindo sempre optar por responder em português, embora compreendessem o que lhes era solicitado em inglês. Além disso, outras vezes, era frequente os alunos interrogados permanecerem em silêncio, sem manifestarem saber aplicar qualquer estratégia comunicativa. Concluiu-se, assim, tratar-se de uma turma com dificuldades na oralidade, na interação social e com baixo nível de confiança nas suas capacidades enquanto falantes da língua inglesa. Era, além disso, possível a eminente instauração de um ciclo pouco propício à interação; os alunos menos proficientes permaneciam em silêncio e sem iniciativa de participação, o que incentivava os mais proficientes a intervir para preencher o silêncio, o que, por sua vez, minava ainda mais a confiança dos primeiros. A componente investigativa da PES debruçou-se, deste modo, sobre um principal objetivo: avaliar se a interação entre pares poderia contribuir para a inclusão de todos os alunos na sala de aula de inglês. Adicionalmente, procurou-se desenvolver nesses momentos de interação as competências comunicativas dos alunos, de forma a equipá-los com estratégias de comunicação, para que pudessem aprender a ultrapassar obstáculos comunicativos e usufruir dos benefícios da interação entre pares. Incluir todos os alunos nas atividades da aula e providenciar igual oportunidade para todos participarem é um desafio para qualquer professor, dado o número de alunos por turma muitas vezes ser elevado. Pode tornar-se ainda mais desafiante nas aulas de línguas estrangeiras, pois ter-se-á de lidar também com a discrepância de níveis de língua de cada estudante. Deste modo, neste relatório, propõe-se a interação a pares como método de amenizar estes conflitos na sala de aula. Segundo Adams (2018), a interação entre pares comporta inúmeros benefícios para os alunos que não são encontrados na interação entre professor e aluno. Primeiramente, os alunos produzem discursos mais longos por não se sentirem tão intimidados entre si. Além disso, ao interagirem, estarão, essencialmente, a socializar e, de acordo com Hymes (1972) e Halliday (1978), é importante compreender que o uso da língua ocorre em contexto social e é influenciado por este. Em terceiro lugar, a interação entre pares simula um contexto de conversação real fora da sala de aula e sem o apoio do professor. Adicionalmente, é dada oportunidade aos alunos de praticarem os conteúdos que adquirem nas aulas num ambiente menos propício a causar ansiedade e embaraço, aumentando a sua confiança. Por fim, a interação entre pares manifesta um grande potencial para promover a inclusão na sala de aula, por dois principais motivos: o primeiro é que os estudantes acabam por ter mais confiança de que as suas respostas estão certas, após discussão entre colegas, o que os motiva a participar mais na aula; o segundo é que, se algum aluno estiver com dúvidas ou se tiver mais dificuldades na aquisição da língua, poderá usufruir de apoio de forma mais imediata dos colegas mais proficientes, o que o auxiliará a acompanhar a aula. Tendo em consideração os benefícios enumerados acima, as metodologias selecionadas procuraram promover e potenciar a interação entre pares e a inclusão na sala de aula, a saber: Community Language Learning, Communicative Language Teaching (Larsen-Freeman & Anderson, 2011), Cooperative Learning (Johnson & Johnson, 2017) e o método do Laboratório Gramatical (Duarte, 2008) para o ensino de gramática. Além destas metodologias aplicadas em sala de aula, foram ainda executadas as supervisões – sessões de interação em pequenos grupos em sala separada –, baseadas no Cambridge Supervision System (University of Cambridge, 2021), com dois principais objetivos; o primeiro foi disponibilizar um ambiente mais confortável e propício à interação e conversação em inglês; e o segundo foi proporcionar igual oportunidade a todos os alunos de participação e de inclusão nas atividades. Nas supervisões foram aplicadas atividades de interação propostas por Ur (1981) em Discussions that Work, baseadas na metodologia Task-centred fluency practice. Este relatório está dividido em quatro capítulos, sendo que, no primeiro capítulo, se aborda o enquadramento teórico da PES. Primeiramente, é explicada a importância e a relevância de desenvolver a competência comunicativa dos alunos, seguida de um subcapítulo que expõe o que a interação a pares pode trazer aos alunos. São igualmente expostos os argumentos que fundamentam a possível relação entre a interação a pares e a inclusão na sala de aula. Por fim, são apresentadas sugestões de atividades em grupo que promovem a interação e o desenvolvimento das competências comunicativas dos alunos, segundo Ur (1981). No segundo capítulo, é descrito o contexto educativo da PES, ou seja, é feita uma descrição do Agrupamento de Escolas de Alvalade, assim como da Escola Secundária Padre António Vieira, nos dois primeiros subcapítulos. Aqui são relatados os valores e a missão do agrupamento, a sua localização, as instalações, os recursos ou materiais educativos disponíveis e os objetivos pedagógicos da escola. Por fim, no terceiro subcapítulo, apresenta-se uma descrição detalhada do perfil da turma, mais especificamente, os aspetos demográficos, a relação entre os alunos, o seu historial na disciplina de inglês e o seu desempenho escolar no geral. No terceiro capítulo do relatório, apresenta-se a unidade didática selecionada, assim como o seu fundamento de acordo com as orientações nacionais para o ensino baseadas nos seguintes documentos: Metas Curriculares de Inglês – Ensino Básico: 2.º e 3.º Ciclos (Cravo et al., 2013), Programa de Inglês 3.º Ciclo LE I (Ministério da Educação, 1997), Aprendizagens Essenciais 8.º ano (Ministério da Educação, 2018), e Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (Martins et al., 2017). De seguida, são discutidas as metodologias que foram executadas na PES, assim como a justificação para a sua escolha. Por fim, é elaborada uma descrição dos variados materiais aplicados nas aulas. No quarto e último capítulo, são apresentados os sumários das cinco aulas lecionadas, assim como das cinco supervisões organizadas. Aqui é também apresentada uma breve reflexão das atividades executadas em cada aula. Posteriormente, são apresentados os métodos de avaliação, neste caso de avaliação informal, e são também apresentados os resultados do quiz online realizado no final das aulas. Paralelamente, são também analisados os efeitos da PES e, especificamente, das supervisões nos alunos, examinando-se o feedback fornecido pelos alunos, através da elaboração de um questionário anónimo. O último subcapítulo destina-se à elaboração de uma análise SWOT, em que os pontos fortes, os pontos fracos, as ameaças e os obstáculos na PES são apresentados. Esta é reflexão crítica sobre a experiência de ensino contemplada neste relatório, bem como sobre os seus resultados. No final da PES, através do feedback dado pelos alunos, confirmou-se que os estudantes se sentiram mais confortáveis para comunicarem em inglês em pequenos grupos e em sala separada. Também se sentiram mais apoiados por estarem a trabalhar com os colegas e não individualmente. Além disso, revelaram estarem mais confiantes das suas capacidades de comunicação após as supervisões. Assim, concluiu-se que há potencial na interação a pares para contribuir para a inclusão na sala de aula de inglês.Cavalheiro, Lili LopesRepositório da Universidade de LisboaMarcelo, Ana Patrícia Correia Romana2022-04-06T13:17:49Z20212021-06-152021-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/52217enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:57:20Zoai:repositorio.ul.pt:10451/52217Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:03:22.983110Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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