Dificuldades de aprendizagem: as opiniões dos professores

• Autor(a) principal: Sousa, Maria Amélia Coelho Pinto de
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/7323
• topic: Dificuldades de aprendizagem; Alunos; Professores; Processo de ensino e aprendizagem; Inclusão; Learning disabilities; Students; Teachers; Teaching and learning process; Inclusion; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da Educação

Este trabalho tem como objetivo conhecer as opiniões dos professores acerca das dificuldades de aprendizagem (DA), baseando-se na sua experiência e/ou nos conhecimentos que têm acerca de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) devidas a DA. Para se poder alcançar o referido objetivo, recorreu-se a um estudo descritivo e transversal, cujos dados foram recolhidos com recurso a um questionário. Os participantes desta investigação são 52 professores dos 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico do Agrupamento de Escolas de Resende. Concluiu-se que, maioritariamente, os professores revelaram uma atitude positiva face à inclusão de alunos com DA nas turmas do ensino regular. Demonstraram que têm percepção de que as DA podem não ser só exclusivas do aluno, mas também devido a outros fatores, como o ambiente da sala de aula e a ação do professor, bem como admitiram que os alunos não aprendem de igual modo, não progridem da mesma maneira, porquanto cada um é singular, ou seja, apresentam ritmos de aprendizagem/trabalho diferentes. De um modo geral, consideram que a responsabilidade da elaboração e implementação dos programas educativos deve ser compartilhada entre o professor da turma e o professor de educação especial. São de opinião que esses alunos beneficiam sempre com a integração a tempo inteiro na sala de aula, sendo a sala de apoio tida como o local mais adequado ao ensino de alunos com esta problemática. Concluiu-se também que a maioria dos inquiridos não tem formação na área, o que se assume como um obstáculo à intervenção nos alunos com DA. Na globalidade, os inquiridos sentem ansiedade e angústia perante um aluno com DA. Todavia, apesar de o aluno despertar uma certa inquietação, o professor sente vontade de o ajudar. Face a estes resultados sugere-se que se promovam, nas escolas, mais formação sobre as DA, de modo a que os professores possam ir ao encontro das dificuldades destes alunos, garantindo-se o seu sucesso escolar. Sugere-se igualmente que se fomente um trabalho colaborativo entre todos os agentes educativos.