Estudo da reprodução e desenvolvimento embrionário de Garra rufa (Heckel,1843), com vista à sua produção em Aquacultura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Mónica Raquel Sousa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/1648
Resumo: Garra Rufa é um pequeno ciprinídeo, bentopelágico de água doce, originalmente do sudoeste da Ásia, que se tornou economicamente relevante durante a última década. G. rufa é um elemento digno para controlar o crescimento de algas em aquariophilia, mas é conhecido principalmente por seu uso em tratamentos de problemas de pele em Spas e clinicas. Foi feita uma tentativa de reproduzir G. rufa em cativeiro, a fim de responder à demanda crescente do mercado para este peixe, além de obter uma visão sobre sua biologia reprodutiva e desenvolvimento embrionário. Grupos de 4 G. rufa foram inseridos em 7 aquários de 20 L, com um filtro interno, arejamento e colocado numa sala de temperatura controlada a 26ºC. Uma rede colocado 1,5 cm acima do fundo, impedindo os peixe de comer seus próprios ovos. Os peixes foram alimentados três vezes por dia e verificou-se a presença de ovos. Os ovos foram removidos, colocados em aquários separados e fotografados de hora em hora, num microscópio composto Leica DM2000LED, equipado com uma câmara Leica MC 170 HD de 5 megapixéis. G. rufa apresenta um dimorfismo sexual muito reduzido, exceto pela presença de tubérculos no focinho do macho, que aparece apenas durante o período de reprodução. Os machos são maiores que as fêmeas e executam perseguições de altas velocidade depois atrás das mesmas. Os ovos não apresentaram propriedades adesivas, sendo depositados no fundo dos aquários. Num total de 31 posturas, apenas 19 resultaram em juvenis. A perda de ovos deveu-se maioritariamente a uma contaminação por fungos em torno dos ovos, que levaram à degeneração dos embriões. Houve um sucesso de eclosão médio geral de 61,29%. As estruturas mais proeminentes dos embriões que foram percetíveis: primórdio da cauda (5h); primórdio óptico e batimentos cardíacos (10h); aparecimento das barbatanas peitorais (13h). Os ovos eclodiram entre 24 a 48h e as larvas consumiam o saco vitelino em 48h, passando a alimentar-se de ração. Em 3 meses, estes peixes poderão ser comercializados e em 6 meses podem ser potenciais reprodutores. Este rápido desenvolvimento, aliado à elevada procura de mercado, torna G. rufa numa espécie muito atractiva para apostar na sua produção em Aquacultura e promoção para fins terapêuticos em Saúde e Bem-estar humanos, tal como em Aquariofilia.
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