A polifarmácia e as interações medicamentosas na pessoa com VIH

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Tiago Alexandre Ventura
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/97626
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling A polifarmácia e as interações medicamentosas na pessoa com VIHPOLYPHARMACY AND DRUG-DRUG INTERACTIONS IN HIV INFECTED PEOPLEVIHComorbilidadesPolifarmáciaInterações medicamentosasEmpoderamentoHIVComorbiditiesPolypharmacyDrug interactionsEmpowermentTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: Atualmente, para as pessoas com VIH com uma boa adesão à terapêutica antirretroviral (TARV), as patologias relacionadas com a SIDA deixaram de ser o principal problema. Por sua vez, as doenças decorrentes da idade estão em franca emergência, pelo que a proporção de indivíduos polimedicados tem vindo a aumentar. Ora, como os antirretrovirais podem induzir ou inibir diversas vias metabólicas, o risco de interações medicamentosas e complicações é também maior. Com este trabalho pretende-se caraterizar a prevalência de comorbilidades e de doentes polimedicados, e também a frequência de interações medicamentosas e respetivo empoderamento sobre as mesmas. Métodos: Foi criado um questionário de resposta rápida composto por 16 itens, organizados em quatro secções. Após a aplicação do inquérito, foram consultadas e registadas as prescrições medicamentosas que constavam no processo clínico de cada indivíduo. As potenciais interações medicamentosas foram indagadas através de uma plataforma online validada e disponibilizada pela Universidade de Liverpool. As análises foram realizadas no IBM - Statistical Package for the Social Sciences, versão 23.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, EUA). Resultados: A idade média foi de 59,7 anos (DP=8,2), 88,5% tinha pelo menos uma comorbilidade e 74,9% estava polimedicado. Cerca de 36,5% tinha potenciais interações nas suas prescrições medicamentosas, sendo as mais frequentes as de relevância moderada (79,2 %) e do tipo farmacocinético (94,1%). As classes mais afetadas foram os medicamentos cardiovasculares (27,8%) e os psiquiátricos (11,1%). Os antirretrovirais estavam afetados em 23,6% dos casos. Quanto ao empoderamento, 46,9% conhecia com exatidão a TARV e 38,2% as outras medicações. A maioria (85,4%) alegava ter recebido informações sobre as reações adversas medicamentosas, mas apenas 56,4% alegava ter recebido também informações sobre medicamentos contraindicados. De uma forma geral, parecem ser os indivíduos mais novos, com diagnostico em idades mais jovens e com mais medicamentos, aqueles que mais procuram informação sobre potenciais reações adversas e fármacos desaconselhados. Conclusões: Nas pessoas com VIH com 50 ou mais anos parece existir uma alta tendência para a polifarmácia/interações medicamentosas e um baixo empoderamento/preocupação. Assim sendo, é fundamental que as prescrições do indivíduo sejam avaliadas como um todo e tal só é possível, se existir uma boa comunicação e interajuda entre os vários serviços de saúde. Nos próximos anos, o grande desafio será definir novas normas que norteiem a prescrição de medicamentos e a vigilância/gestão de comorbilidades.Background: Currently, for HIV people with good compliance to antiretroviral therapy, AIDSrelated conditions are no longer the main problem. Instead, age-related illnesses are emerging and the ratio of polymedicated people is increasing. Since antiretrovirals can induce or inhibit several metabolic pathways, the risk of drug interactions and complications is also greater. This work intends to characterize the prevalence of comorbidities and polymedicated patients, and the frequency of drug interactions and the respective empowerment over them. Methods: A quick-response questionnaire with 16 items, organized into four sections, was created. After collecting the survey answers, the respective drug prescriptions in clinical process were consulted and recorded. Potential drug interactions were then investigated through a validated online platform provided by the University of Liverpool. The data analysis was performed in IBM - Statistical Package for Social Sciences, version 23.0 (SPSS Inc., Chicago, IL, USA). Results: The average age was 59,7 ± 8,2 years and about 88,5% had at least one comorbidity and 74,9% were polymedicated. Around 36,5% had potential interactions in their prescriptions, the most frequent of which were of moderate relevance (79,2%) and of the pharmacokinetic type (94,1%). The most affected classes were cardiovascular drugs (27,8%) and psychiatric drugs (11,1%). Antiretrovirals were affected in 23,6% of cases. Regarding the knowledge of his medication, 46.9% knew exactly the antiretrovirals and 38,2% the other medications. The majority (85,4%) claimed having received information about adverse drug reactions, but only 56,4% claimed having also received information about contraindicated drugs. In general, it appears that the youngest patients, with early diagnoses and those with the most medications are the ones who most seek information about adverse drug reactions and contraindicated drugs. Conclusions: In HIV people older than 50, an increasing trend towards multimorbidity and polypharmacy/drug interactions was found, as well as low concern/empowerment. It is thus essential that individual prescriptions are evaluated as a whole, and this can only happen if there is good communication among different health-care providers. In the years to come, the main challenge will be to define rules that guide the approach, especially regarding prescriptions and surveillance/management of comorbidities.2020-06-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/97626http://hdl.handle.net/10316/97626TID:202713253porAntunes, Tiago Alexandre Venturainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T05:54:31Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/97626Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:15:37.060935Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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