Flores abertas aos meus segredos: a vegetalização do corpo na poesia de William Shakespeare e Eugénio de Andrade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/4274 |
Resumo: | A poesia de Eugénio de Andrade (1923-2005) foi nitidamente permeável à obra lírica e dramática de William Shakespeare (1564-1616). Esta influência é notória em numerosas referências intertextuais; citações apresentadas em livros e artigos; e elogios que o escritor português gratamente tece ao bardo de Stratford-upon-Avon, em crónicas e entrevistas. Em ambos os autores, existe uma vegetalização do corpo da pessoa amada, comparando: a) Membros humanos a frutos e plantas; b) Estados de espírito a estações do ano; c) Ações humanas a efeitos de elementos naturais, como o vento. Estes últimos adquirem conotações específicas e semelhantes na obra dos dois poetas. Estilisticamente, o amor e o erotismo encontram expressão no reino vegetal, sobretudo através de símbolos, metáforas e imagens de rara beleza. Numa perspetiva de intertextualidade endolitária, interessa-me cotejar a representação do corpo no texto principal de Eugénio e no hipotexto de Shakespeare. Para tanto, recorro aos sonetos do poeta inglês e à obra do nosso escritor; e escoro as minhas opiniões em artigos de especialistas nas áreas da literatura comparada e simbologia. |
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