Qualidade de vida e funcionamento intelectual em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/111 http://hdl.handle.net/20.500.11816/111 |
Resumo: | O Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) constitui um motivo frequente de recurso ao serviço de urgência pediátrica, sendo uma das principais causas de mortalidade e morbilidade em crianças e adolescentes. Os acidentes rodoviários, escolares e domésticos resultam numa grande parte em traumatismos crânio encefálicos que comprometem a qualidade de vida (QV) e inserção na sociedade de muitas crianças e adolescentes. Esta investigação teve como principal objectivo conhecer a QV e o funcionamento intelectual de crianças e adolescentes após TCE. Os participantes foram 58 crianças e adolescentes que estiveram internados no SCIP do Hospital de São João – Porto, por TCE. Apresentam uma idade média de 11,9 anos, sendo que 19 eram do sexo feminino e 39 do sexo masculino. No que se refere à escolaridade dos participantes, 19 frequentavam o ensino básico, 13 o 2º ciclo, 25 o 3º ciclo e 1 frequentava o ensino secundário. Foi incluído um grupo de controlo constituído por 60 sujeitos que não tiveram TCE, cujas características sociodemográficas eram equivalentes às do primeiro grupo. A avaliação decorreu no HSJ - Porto e contemplou o recurso a um Questionário Sóciodemográfico e Clínico, ao Pediatric Quality of Life Inventory 4.0 (PedsQL), e à Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças (WISC III). Os resultados revelam que a QV dos participantes com TCE é inferior à obtida pelo grupo sem TCE. Do mesmo modo, no que respeitava aos valores de QI obtidos pelos participantes vítimas de TCE, observa-se que 48,3% (n=28) apresenta resultados normativos e 51,7% (n=30) resultados inferiores aos valores padrão. Não se constata nenhuma associação entre a severidade do TCE e a QV, bem como entre a severidade e o funcionamento intelectual, o que pode estar relacionado com o reduzido número de sujeitos com TCE moderado e ligeiro que incluem a amostra. Da mesma forma, não se verificam diferenças entre os resultados obtidos na QV e no QI nos sujeitos com TCE em função do tempo em que ocorreu o acidente (> 5anos versus <5anos). No seu conjunto estes resultados permitem realçar os efeitos do TCE na QV e no funcionamento Intelectual, reforçando a necessidade de acompanhamento clínico que estas crianças demonstram. |
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