Mudança em psicoterapia : vinculação e aliança terapêutica como fatores de mudança em psicoterapia com crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Daniel Nunes de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/18062
Resumo: O presente estudo de caso tem como objetivo principal compreender a relação entre a vinculação e a aliança terapêutica como fatores de mudança em psicoterapia com crianças e adolescentes. Pretende-se também testar e avaliar um modelo de monitorização psicoterapêutica para avaliar a mudança em psicoterapia na adolescência. Embora alguns estudos demonstrem uma associação entre estas variáveis, a investigação com crianças e adolescentes está muito aquém da investigação com adultos (Digiuseppe, Linscott, & Jilton, 1996), sendo fundamental aumentar o número de estudos com jovens tendo em conta a complexidade deste tema e, sobretudo, dos benefícios do mesmo para o sucesso da intervenção psicológica. Contudo, um número muito limitado de estudos tem encontrado semelhanças entre a investigação com jovens e adultos no que concerne à associação entre a aliança terapêutica e os resultados do processo (Shirk, Caporino, & Karver, 2010). Os participantes foram uma adolescente com 16 anos de idade e os seus respetivos pais. Ao longo do processo foram administrados vários instrumentos de avaliação: para avaliar as variáveis relacionadas com o processo terapêutico e compreender a relação entre as mesmas foram utilizados os instrumentos de vinculação Inventário sobre a Vinculação na Infância e Adolescência (IVIA) e Escala de Vinculação do Adulto (EVA) com o objetivo de aceder ao padrão de vinculação da adolescente e dos pais; e o Inventário de Aliança Terapêutica – WAI e WAI-CA, de forma a medir a qualidade da relação entre o cliente e o terapeuta. Por outro lado, para testar o modelo de monitorização psicoterapêutica e avaliar a relação entre a aliança terapêutica e os resultados da psicoterapia como fatores de mudança, foi utilizado o Questionário Pediátrico de Bem-Estar, Satisfação e Qualidade de Vida (QPBS), de forma a avaliar a perceção de bem-estar do adolescente; e, por fim, o Brief Problem Monitor (BPM) para avaliar a resposta do adolescente à intervenção psicológica sob a perspetiva de múltiplos informadores. Os resultados demonstraram uma associação entre as variáveis que nos propusemos a avaliar. Neste sentido, foi encontrada uma associação entre o padrão de vinculação seguro da adolescente e a qualidade da aliança terapêutica; uma associação entre a qualidade da aliança terapêutica entre o adolescente e o terapeuta e a evolução positiva dos sintomas psicopatológicos e da perceção de bem-estar; uma associação entre a qualidade da aliança terapêutica entre os pais e o terapeuta e a mudança terapêutica em relação à adolescente; e, por último, o modelo de monitorização psicoterapêutica demonstrou ser adequado à avaliação da mudança em psicoterapia
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spelling Mudança em psicoterapia : vinculação e aliança terapêutica como fatores de mudança em psicoterapia com crianças e adolescentesDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaO presente estudo de caso tem como objetivo principal compreender a relação entre a vinculação e a aliança terapêutica como fatores de mudança em psicoterapia com crianças e adolescentes. Pretende-se também testar e avaliar um modelo de monitorização psicoterapêutica para avaliar a mudança em psicoterapia na adolescência. Embora alguns estudos demonstrem uma associação entre estas variáveis, a investigação com crianças e adolescentes está muito aquém da investigação com adultos (Digiuseppe, Linscott, & Jilton, 1996), sendo fundamental aumentar o número de estudos com jovens tendo em conta a complexidade deste tema e, sobretudo, dos benefícios do mesmo para o sucesso da intervenção psicológica. Contudo, um número muito limitado de estudos tem encontrado semelhanças entre a investigação com jovens e adultos no que concerne à associação entre a aliança terapêutica e os resultados do processo (Shirk, Caporino, & Karver, 2010). Os participantes foram uma adolescente com 16 anos de idade e os seus respetivos pais. Ao longo do processo foram administrados vários instrumentos de avaliação: para avaliar as variáveis relacionadas com o processo terapêutico e compreender a relação entre as mesmas foram utilizados os instrumentos de vinculação Inventário sobre a Vinculação na Infância e Adolescência (IVIA) e Escala de Vinculação do Adulto (EVA) com o objetivo de aceder ao padrão de vinculação da adolescente e dos pais; e o Inventário de Aliança Terapêutica – WAI e WAI-CA, de forma a medir a qualidade da relação entre o cliente e o terapeuta. Por outro lado, para testar o modelo de monitorização psicoterapêutica e avaliar a relação entre a aliança terapêutica e os resultados da psicoterapia como fatores de mudança, foi utilizado o Questionário Pediátrico de Bem-Estar, Satisfação e Qualidade de Vida (QPBS), de forma a avaliar a perceção de bem-estar do adolescente; e, por fim, o Brief Problem Monitor (BPM) para avaliar a resposta do adolescente à intervenção psicológica sob a perspetiva de múltiplos informadores. Os resultados demonstraram uma associação entre as variáveis que nos propusemos a avaliar. Neste sentido, foi encontrada uma associação entre o padrão de vinculação seguro da adolescente e a qualidade da aliança terapêutica; uma associação entre a qualidade da aliança terapêutica entre o adolescente e o terapeuta e a evolução positiva dos sintomas psicopatológicos e da perceção de bem-estar; uma associação entre a qualidade da aliança terapêutica entre os pais e o terapeuta e a mudança terapêutica em relação à adolescente; e, por último, o modelo de monitorização psicoterapêutica demonstrou ser adequado à avaliação da mudança em psicoterapiaThe general purpose of this study is to understand the relationship between attachment and therapeutic alliance as changing factors in psychotherapy with children and adolescents. There is also the intention to test and evaluate a psychotherapeutic monitoring model to measure the outcomes in psychotherapy with adolescents. Although some studies demonstrate an association between these variables, research done with children and adolescents is far from the research done with adults (Digiuseppe, Linscott, & Jilton, 1996). Therefore it is important to increase the number of studies on young people, considering the complexity of this subject and especially because of its benefits to the success of psychological intervention. However, a very limited number of studies have found similarities between research done with young people and with adults regarding the association between therapeutic alliance and outcomes (Shirk, Caporino, & Karver, 2010). The participants of this study were a 16-year-old adolescent and her parents. Throughout the process, several instruments were administered, in order to measure the variables related to the therapeutic process and to understand the relationship between them. The Inventory of Attachment in Childhood and Adolescent (IVIA) and the Adult Attachment Scale (EVA) were used to assess the attachment style of the teenager and her parents, and the Working Alliance Inventory – WAI and WAI-CA, in order to measure the quality of the relationship between the client and the therapist. On the other hand, to test the psychotherapeutic monitoring model and evaluate the relationship between therapeutic alliance and the outcomes as changing factors, we used the Paediatric Quality Life Enjoyment and Satisfaction Questionnaire (PQBS) to assess the perception of adolescent well-being; and, finally, the Brief Problem Monitor (BPM) was applied to assess the adolescent’s response to psychological intervention under the perspective of multiple informants. Results showed an association between the variables we proposed to measure. As a consequence, we found an association between the adolescent’s secure attachment style and the quality of therapeutic alliance; an association between the quality of therapeutic alliance between adolescent and therapist and the positive outcomes and well-being perception; an association between the quality of therapeutic alliance between parents and therapist and the outcomes from the adolescent; and, finally, the psychotherapeutic monitoring model proved to be appropriate to measure the outcomes in psychotherapy.Dias, Pedro Miguel Brito da SilvaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSousa, Daniel Nunes de2015-07-24T14:21:00Z2015-02-2020152015-02-20T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/18062TID:201491281porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-26T01:37:02Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/18062Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:15:06.388916Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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