Ideofones em umbundo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/42943 |
Resumo: | Esta dissertação propõe-se descrever e analisar os ideofones em umbundo, a língua do grupo banto mais falada em Angola de acordo com o censo nacional de 2014. Não obstante a existência de diversos estudos sobre o umbundo, há poucas referências a esta classe de palavras, que é atestada num amplo leque de línguas tipologicamente distintas, incluindo as do grupo banto, e cujo estudo constitui uma área de investigação relativamente jovem e cada vez mais autónoma. O ponto de partida deste trabalho consiste num corpus de ideofones, baseado nos dados contidos num artigo de Tchimboto & Putu (2017) e na recolha e elicitação de dados adicionais pelo autor, enquanto falante nativo do umbundo, tendo por objetivo fornecer uma primeira caracterização das propriedades fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas e discursivas dos ideofones nesta língua para, deste modo, estabelecer critérios para a sua identificação enquanto classe de palavras. Os critérios identificados aplicam-se total ou parcialmente a esta classe de palavras, que, ainda assim, se caracteriza por um elevado grau de heterogeneidade interna em termos das suas propriedades gramaticais e extralinguísticas. Verificámos que as restrições combinatórias muitas vezes apontadas aos ideofones não são transversais às diferentes estruturas sintáticas analisadas, sendo necessário distinguir entre ideofones adverbiais que modificam VPs e (os mesmos) ideofones em outras construções. Tal como em outras línguas, a particularidade destes itens lexicais também se faz notar na morfologia e fonologia, já que, por um lado, não apresentam, tipicamente, a morfologia de concordância característica do banto e, por outro lado, exibem processos de reduplicação (inerente), tonais e prosódicos que, em muitos casos, se encontram ao serviço da evocação de imagens por via das palavras. |
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Ideofones em umbundoLíngua umbundu - IdeofonesTeses de mestrado - 2020Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasEsta dissertação propõe-se descrever e analisar os ideofones em umbundo, a língua do grupo banto mais falada em Angola de acordo com o censo nacional de 2014. Não obstante a existência de diversos estudos sobre o umbundo, há poucas referências a esta classe de palavras, que é atestada num amplo leque de línguas tipologicamente distintas, incluindo as do grupo banto, e cujo estudo constitui uma área de investigação relativamente jovem e cada vez mais autónoma. O ponto de partida deste trabalho consiste num corpus de ideofones, baseado nos dados contidos num artigo de Tchimboto & Putu (2017) e na recolha e elicitação de dados adicionais pelo autor, enquanto falante nativo do umbundo, tendo por objetivo fornecer uma primeira caracterização das propriedades fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas e discursivas dos ideofones nesta língua para, deste modo, estabelecer critérios para a sua identificação enquanto classe de palavras. Os critérios identificados aplicam-se total ou parcialmente a esta classe de palavras, que, ainda assim, se caracteriza por um elevado grau de heterogeneidade interna em termos das suas propriedades gramaticais e extralinguísticas. Verificámos que as restrições combinatórias muitas vezes apontadas aos ideofones não são transversais às diferentes estruturas sintáticas analisadas, sendo necessário distinguir entre ideofones adverbiais que modificam VPs e (os mesmos) ideofones em outras construções. Tal como em outras línguas, a particularidade destes itens lexicais também se faz notar na morfologia e fonologia, já que, por um lado, não apresentam, tipicamente, a morfologia de concordância característica do banto e, por outro lado, exibem processos de reduplicação (inerente), tonais e prosódicos que, em muitos casos, se encontram ao serviço da evocação de imagens por via das palavras.This thesis aims to describe and analyze ideophones in Umbundu, the most spoken Bantu language in Angola according to the 2014 national census. Despite the existence of several studies on Umbundu, there is very little information about this class of words, which is attested in a wide range of typologically different languages, including Bantu languages, and whose study constitutes a relatively young and increasingly autonomous research domain. The starting point of this work consists of a corpus of ideophones, based on the data included in a paper by Tchimboto & Putu (2017), as well as the collection and elicitation of additional data by the author, who is a native speaker of Umbundu. The main goal is to provide a first characterization of phonological, morphological, syntactic, semantic and discursive properties of ideophones in this language, in order to establish criteria for their identification as a special word class. The criteria that are identified apply fully or partially to the class of ideophones, which, however, are characterized by a high degree of internal heterogeneity with respect to their grammatical and extralinguistic features. We found that the combinatorial restrictions often assigned to ideophones are not transversal to the different syntactic structures analyzed. A distinction should be made between adverbial ideophones that modify VPs and (the same) ideophones in other constructions. As in other languages, the particularity of these lexical items is also noted in morphology and phonology, since, on the one hand, they do not typically present the agreement morphology characteristic of Bantu languages and, on the other hand, they exhibit (inherent) reduplication, tonal, and prosodic processes which are often at the service of evoking imagery through the use of words.Hagemeijer, TjerkRepositório da Universidade de LisboaInácio, Arnaldo Samulingua Mussolovela2020-04-20T07:50:55Z2020-04-072020-02-272020-04-07T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/42943TID:202470920porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:43:08Zoai:repositorio.ul.pt:10451/42943Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:55:51.616090Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Esta dissertação propõe-se descrever e analisar os ideofones em umbundo, a língua do grupo banto mais falada em Angola de acordo com o censo nacional de 2014. Não obstante a existência de diversos estudos sobre o umbundo, há poucas referências a esta classe de palavras, que é atestada num amplo leque de línguas tipologicamente distintas, incluindo as do grupo banto, e cujo estudo constitui uma área de investigação relativamente jovem e cada vez mais autónoma. O ponto de partida deste trabalho consiste num corpus de ideofones, baseado nos dados contidos num artigo de Tchimboto & Putu (2017) e na recolha e elicitação de dados adicionais pelo autor, enquanto falante nativo do umbundo, tendo por objetivo fornecer uma primeira caracterização das propriedades fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas e discursivas dos ideofones nesta língua para, deste modo, estabelecer critérios para a sua identificação enquanto classe de palavras. Os critérios identificados aplicam-se total ou parcialmente a esta classe de palavras, que, ainda assim, se caracteriza por um elevado grau de heterogeneidade interna em termos das suas propriedades gramaticais e extralinguísticas. Verificámos que as restrições combinatórias muitas vezes apontadas aos ideofones não são transversais às diferentes estruturas sintáticas analisadas, sendo necessário distinguir entre ideofones adverbiais que modificam VPs e (os mesmos) ideofones em outras construções. Tal como em outras línguas, a particularidade destes itens lexicais também se faz notar na morfologia e fonologia, já que, por um lado, não apresentam, tipicamente, a morfologia de concordância característica do banto e, por outro lado, exibem processos de reduplicação (inerente), tonais e prosódicos que, em muitos casos, se encontram ao serviço da evocação de imagens por via das palavras. |
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