Desafios da escola de hoje : o projeto Apolo e o perfil do aluno para o séc. XXI
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/30031 |
Resumo: | A escola uniformizada da era industrial insiste em persistir, desencantando progressivamente quem lá passa, pelo desconforto do desajuste. Nos últimos três anos, contudo, parece anunciar-se na educação uma vontade de metamorfose da engenharia escolar, que se quer mais consentânea com a necessidade de preparar os alunos para a diversidade, a mudança e a incerteza em que vivemos. Para que “aprendam a aprender” e aprendam ao longo da vida. Em 2009, a escolaridade obrigatória alargou-se para todas as crianças e jovens com idades compreendidas entre os seis e os dezoito anos, dando origem ao Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (2016), matriz de base humanista que orienta as decisões inerentes ao processo educativo. Ainda no âmbito das prioridades definidas pelo XXI Governo Constitucional para a área da educação, foi autorizada, em regime de experiência pedagógica, a implementação do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular dos Ensinos Básico e Secundário (2017), autonomizando as escolas para uma gestão flexível e contextualizada do currículo. O trabalho de investigação aqui apresentado, um estudo de caso de paradigma qualitativo, centra-se num projeto desenvolvido no ano letivo 2017/2018, numa escola de ensino particular portuguesa. O estudo selecionou uma turma do 5º ano (2º ciclo) e duas turmas do 7º ano (3º ciclo), alocadas ao projeto, bem como os respetivos professores, num total de cerca de 50 alunos e 23 professores. Procurou-se perceber se o projeto Apolo, na perspetiva dos agentes envolvidos, permite trabalhar as competências descritas no Perfil do aluno para o Século XXI. Neste processo foram convocadas perspetivas teóricas sobre os modelos escolares e a evolução do conceito de sucesso educativo no modelo escolar português, políticas educativas atuais e perspetivas para a mudança educativa. Os dados recolhidos e analisados neste estudo conduzem-nos a concluir que, na perspetiva dos agentes envolvidos, o projeto criado permite desenvolver as competências do Perfil do Aluno para o séc. XXI mas que há, contudo, aspetos de melhoria, tais como: um maior envolvimento do dos alunos com a comunidade envolvente; mais tempo em horário letivo para o desenvolvimento do projeto; mais tempo para preparação do mesmo e em conjunto com as restantes disciplinas para que haja uma maior implicância das mesmas e se cumpram com mais eficácia os objetivos propostos. E apesar da verificação das mais-valias de uma metodologia centrada na aprendizagem baseada na resolução de problemas para o desenvolvimento das competências do Perfil do Aluno para o século XXI, é testemunhada a dificuldade e o acréscimo de trabalho resultantes da coexistência de um novo paradigma a par de uma gramática envelhecida. |
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Desafios da escola de hoje : o projeto Apolo e o perfil do aluno para o séc. XXIPerfil do aluno para o séc. XXIAutonomia e flexibilidade curricularProjeto ApoloStudents profile for the 21st centuryAutonomy and curriculum flexibilityApolo projectDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências da EducaçãoA escola uniformizada da era industrial insiste em persistir, desencantando progressivamente quem lá passa, pelo desconforto do desajuste. Nos últimos três anos, contudo, parece anunciar-se na educação uma vontade de metamorfose da engenharia escolar, que se quer mais consentânea com a necessidade de preparar os alunos para a diversidade, a mudança e a incerteza em que vivemos. Para que “aprendam a aprender” e aprendam ao longo da vida. Em 2009, a escolaridade obrigatória alargou-se para todas as crianças e jovens com idades compreendidas entre os seis e os dezoito anos, dando origem ao Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (2016), matriz de base humanista que orienta as decisões inerentes ao processo educativo. Ainda no âmbito das prioridades definidas pelo XXI Governo Constitucional para a área da educação, foi autorizada, em regime de experiência pedagógica, a implementação do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular dos Ensinos Básico e Secundário (2017), autonomizando as escolas para uma gestão flexível e contextualizada do currículo. O trabalho de investigação aqui apresentado, um estudo de caso de paradigma qualitativo, centra-se num projeto desenvolvido no ano letivo 2017/2018, numa escola de ensino particular portuguesa. O estudo selecionou uma turma do 5º ano (2º ciclo) e duas turmas do 7º ano (3º ciclo), alocadas ao projeto, bem como os respetivos professores, num total de cerca de 50 alunos e 23 professores. Procurou-se perceber se o projeto Apolo, na perspetiva dos agentes envolvidos, permite trabalhar as competências descritas no Perfil do aluno para o Século XXI. Neste processo foram convocadas perspetivas teóricas sobre os modelos escolares e a evolução do conceito de sucesso educativo no modelo escolar português, políticas educativas atuais e perspetivas para a mudança educativa. Os dados recolhidos e analisados neste estudo conduzem-nos a concluir que, na perspetiva dos agentes envolvidos, o projeto criado permite desenvolver as competências do Perfil do Aluno para o séc. XXI mas que há, contudo, aspetos de melhoria, tais como: um maior envolvimento do dos alunos com a comunidade envolvente; mais tempo em horário letivo para o desenvolvimento do projeto; mais tempo para preparação do mesmo e em conjunto com as restantes disciplinas para que haja uma maior implicância das mesmas e se cumpram com mais eficácia os objetivos propostos. E apesar da verificação das mais-valias de uma metodologia centrada na aprendizagem baseada na resolução de problemas para o desenvolvimento das competências do Perfil do Aluno para o século XXI, é testemunhada a dificuldade e o acréscimo de trabalho resultantes da coexistência de um novo paradigma a par de uma gramática envelhecida.The uniformed school of the industrial age insists on persisting, progressively disenchanting those who pass by the discomfort of misfit. In the last three years, however, there seems to be a proclamation in metamorphosis of school engineering that is more in line with the need to prepare students for the diversity, change and uncertainty in which we live in. So that they “learn how to learn” and learn throughout their lives. In 2009, compulsory schooling was extended to all children and young people aged between six and eighteen, giving rise to the Student Profile on leaving compulsory school (2016), a humanist-based matrix that guides inherent decisions to the educational process. Also within the scope of the priorities defined by the 21st Constitutional Government for the area of education, the implementation of the Curriculum Autonomy and Flexibility Project for Basic and Secondary Education (2017) was authorized under a pedagogical experience regime, empowering schools for flexible management and contextualized curriculum. The research work presented here, a case study of qualitative paradigm, focuses on a project developed in the school year 2017/2018, in a Portuguese private school. The study selected one 5th grade (2nd cycle) class and two 7th grade (3rd cycle) classes allocated to the project, as well as their teachers, totaling about 50 students and 23 teachers. We tried to understand if the Apolo project, from the perspective of the agents involved, allows us to work on the skills described in the Student Profile for the 21st Century. In this process, theoretical perspectives on school models and the evolution of the concept of educational success in the Portuguese school model, current educational policies and perspectives for educational change were summoned. The data collected and analyzed in this study lead us to conclude that, from the perspective of the agents involved, the project created allows the development of Student Profile skills for the 19th century. But there are, however, aspects of improvement, such as: greater involvement of students with the surrounding community; more time in school hours for project development; more time for its preparation with the other disciplines so that they are more implicated and the proposed objectives are more effectively met. And while verifying the added value of a problem-solving learning-based methodology for the development of 21st Century Student Profile skills, it is also witnessed the difficulty and increased work resulting from the coexistence of a new paradigma and an aged grammar.Alves, José MatiasCabral, IlídiaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaFelgueiras, Catarina Simões da Rocha2020-03-19T09:50:20Z2019-11-2820192019-11-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/30031TID:202453510porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:35:30Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/30031Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:24:04.727023Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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