Os alunos, a internet e a escola : contextos organizacionais, estratégias de utilização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viseu, Sofia
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/39338
Resumo: Tese de mestrado em Ciências da Educação (Administração Educacional) apresentada à Universidade de Lisboa através da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, 2001
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Na última década, sobretudo após a expansão e vulgarização da internet, as novas tecnologias da comunicação e da Informação emergiram como um tema recorrente na definição de novas políticas sociais e económicas, tendo levado à reabilitação e construção de uma terminologia própria (como a sociedade da informação, a globalização ou o ciberespaço) e ao desenvolvimento de áreas de investigação. No domínio educativo e escolar as atenções também se voltaram para as novas tecnologias da comunicação e da informação no geral, e para a internet em particular, sendo possível Identificar quatro áreas da investigação em torno deste tema, sobre as quais me pronunciarei com progressivo detalhe: o currículo e desenvolvimento curricular, as tecnologias educativas, as políticas educativas e a organização e gestão educacional. Os estudos na área do currículo e do desenvolvimento curricular denotam preocupações sobre a necessidade de uma formação na área das novas tecnologias da comunicação e da informação ao nível do sistema de ensino. Neste âmbito, as investigações demonstram interesse sobre a alfabetização informática e a sua consequente reorganização curricular, no sentido de dar resposta a uma nova missão para a escola. De resto, no Programa Operacional para a Sociedade da Informação 2000-2006 são apontadas acções no sentido de "associar um diploma de competências básicas em tecnologias da informação à conclusão da escolaridade obrigatória" (Ministério da Ciência e da Tecnologia, 2000). Uma segunda área de investigação, de certo modo derivada da anterior, está vocacionada para o estudo das consequências curriculares e didácticas que decorrem da utilização das tecnologias da comunicação e da informação. Deste modo, os estudos inscritos na área das Tecnologias Educativas focalizam a sua atenção em torno das características das novas ferramentas e do modo como estas podem implicar alterações nos processos de aprendizagem. Nesta área de investigação é possível identificar um interessante debate entre duas perspectivas em torno das potencialidades e condicionantes da utilização escolar da internet de acordo com as suas características, a quantidade e qualidade da informação disponível, bem como os seus modos de organização, e as novas possibilidades de interactividade e comunicação. Uma primeira perspectiva assume uma postura optimista por considerar que, através da utilização da internet, poder-se-á assistir ao desenvolvimento de melhorias significativas nos sistemas educativos e nos estabelecimentos de ensino. Esta melhoria traduzir-se-ia numa redefinição do tradicional papel que cabe ao aluno, que seria mais autónomo nas suas aprendizagens, e ao professor, que se assumiria como um facilitador desse processo. A segunda perspectiva é classificada de pessimista, por evocar que a utilização da internet poderá contribuir para agravar os problemas já existentes nos sistemas de ensino. Este agravamento seria reflectido pelo acentuar de desigualdades entre estabelecimentos de ensino, nomeadamente em função da quantidade de equipamentos informáticos que dispõem. De igual modo, também poderiam ser produzidas desigualdades dentro da própria escola, visíveis, nomeadamente, pelas diferenças de utilização da internet já verificadas em função do género e proveniência social dos alunos. Os estudos em torno das Políticas Educativas constituem uma terceira área de investigação da utilização da internet no domínio escolar. A aplicação de medidas políticas que visam a introdução da internet nos estabelecimentos de ensino, comuns aos países ocidentais, pode ser reflectida no contexto da emergência de um discurso em torno da Sociedade da Informação que legitima essas medidas. Uma das suas características consiste na defesa de uma certa inevitabilidade em desencadear processos de mudança social decorrentes da utilização das novas tecnologias da informação e comunicação. Contudo, e apesar do aparente consenso político em seu torno, a aplicação das medidas políticas que visam a introdução da internet na escola assumem significados diferentes em função de políticas educativas já existentes. A França e o Reino Unido constituem disso casos paradigmáticos, atendendo à definição do papel que cabe à administração central e ao sector privado no desenvolvimento destas políticas. No caso francês, o Estado manteve um papel activo nomeadamente no que diz respeito ao apetrechamento informático dos estabelecimentos de ensino, seguindo uma linha relativamente centralizadora que tradicionalmente caracteriza o seu sistema educativo. Em Portugal, assistimos a opções semelhantes quando foi tomada a iniciativa de, centralmente, equipar os estabelecimentos de ensino com ligações à internet, um processo que ainda decorre pelo desenvolvimento do Programa Internet na Escola. Já no caso do Reino Unido a intervenção dos sectores privados para a ligação à internet nos estabelecimentos de ensino e para a busca de soluções informáticas foi estimulada. Esta opção política pode ser compreendida no quadro do surgimento de políticas neo-liberais no domínio educativo e escolar em alguns países, no qual se incluem a Inglaterra e o País de Gales. A estratégia política escolhida no Reino Unido é aqui entendida como problemática pelo facto de, deste modo, introduzir uma lógica de mercado nos sistemas educativos, remetendo os actores educativos para o papel de consumidores e não de participantes na definição de um projecto comum local de educação. As três áreas de investigação até agora apontadas centram a sua atenção no currículo, na tecnologia e nas políticas educativas; resta acrescentar a quarta área, que corresponde àquela que orientou o presente estudo, a organização e administração escolar. A opção pelo olhar organizacional justifica-se pelo facto de permanecer como a área menos explorada de entre as restantes já referidas e, também, pelo facto de pessoalmente permanecer a ela fortemente associada, quer ao nível da formação inicial, quer ao nível do mestrado em que foi desenvolvido este trabalho. Esta não é pois uma escolha aleatória e pretende fazer emergir duas dimensões para o estudo do tema escolhido ainda não mencionadas, os contextos organizacionais e as estratégias dos actores educativos, tomando como ponto de referência os estabelecimentos de ensino. (...)Barroso, João, 1945-Repositório da Universidade de LisboaViseu, Sofia2019-08-22T09:04:39Z20012001-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/39338porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:37:58Zoai:repositorio.ul.pt:10451/39338Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:53:10.865530Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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