Editorial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25756/rpf.v5i1.55 |
Resumo: | Há um ano prevíamos no editorial do número de janeiro que 2012 seria um ano difícil para os portugueses, instituições e empresas. Infelizmente a situação foi pior do que prevíamos, e as perspetivas para 2013 são assustadoras. As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013 mantêm como objetivo cortes muito significativos na área da saúde e, em particular, do medicamento. O esforço que é pedido em termos de impostos à população em geral, e aos reformados em particular,é único na Europa e vai agravar as condições de vida da esmagadora maioria da população, com inevitáveis impactos no seu bem-estar e estado de saúde.O estudo divulgado pelo FMI no início de janeiro (http://oinsurgente.files.wordpress.com/2013/01/fmi.pdf) apresenta propostas preocupantes que são muitas vezes baseadas em pressupostos de natureza ideológica, e não em evidência científica demonstrada. Quando são apresentadas algumas propostas quantitativas, nomeadamente a redução dos valores das pensões ou a comparação dos valores nos diferentes sistemas, parte-se de análises incompletas e pouco rigorosas que não permitem sustentar os valores propostos.As barreiras que se propõe levantar ao acesso das unidades de saúde, através do aumento das taxas moderadoras, podem vir a ter consequências preocupantes no estado de saúde da população, com implicações económicas a curto e médio prazo.Está a generalizar-se na Europa, em especial nos países mais afetados pela crise económica, uma grande preocupação sobre o impacto nefasto da crise na saúde de parte muito significativa da população. Um conjunto de profissionais de saúde de renome de Espanha, Grécia, Irlanda e Portugal já tomou uma posição pública sobre este tema (www.inodes.eu). A Organização Mundial da Saúde, no seguimento da conferência realizada em Oslo em 2009, está a analisar a situação e vai organizar uma segunda conferência em maio/junho.A degradação do estado da saúde da população, além do impacto que tem em cada cidadão, é um facto que pode impedir o desenvolvimento económico e social dos países. Mas nem tudo é negro: a Revista Portuguesa de Farmacoterapia realizou em novembro a sua primeira Reunião Anual, subordinada ao tema «Controvérsias com Medicamentos». A reunião foi um êxito, não só pela elevada qualidade das apresentações e debate, mas também pelo elevado número de participantes. Contamos realizar a Reunião Anual de 2013 no mês de junho.Este número da revista, além das habituais rubricas, publica o artigo original «Critérios de Avaliação da Prescrição de Medicamentos Potencialmente Inapropriados no Doente Geriátrico: Comparação de Resultados Práticos» e os artigos de revisão «O Impacto Clínico e Económico do Suporte Nutricional no Doente Desnutrido» e «Medicamentos à Base de Plantas: Contributo para o Aproveitamento dos Recursos Naturais Nacionais». |
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