Literacia em saúde alimentar de pais com filhos em idade pré-escolar: contributo do enfermeiro de família

• Autor(a) principal: Santos, Carla Iolanda Prata dos
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/33467
• topic: Educação alimentar; Pais; Filhos em idade pré-escolar; Enfermeiro de família

Enquadramento: Este relatório descreve as atividades desenvolvidas no estágio de natureza profissional realizado na Unidade de Saúde Familiar Coimbra Centro, entre outubro de 2020 e março de 2021, durante o qual, para além das competências requeridas para o exercício especializado da Enfermagem de Saúde Familiar, foi desenvolvido um estudo de investigação intitulado “Literacia em saúde alimentar de pais com filhos em idade pré-escolar: contributo do Enfermeiro de Família”. Objetivos: Descrever e refletir sobre o desenvolvimento de competências em Enfermagem de Saúde Familiar, desenvolvidas em contexto de ensino clínico. Descrever os hábitos alimentares das crianças em idade pré-escolar, sua relação com o conhecimento dos pais acerca da alimentação infantil, bem como a sua perceção relativamente ao contributo do EF para sua capacitação a nível da literacia em saúde alimentar. Métodos: Foi realizado um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística, por conveniência de 69 pais de crianças em idade pré-escolar, entre os 3 e os 6 anos de idade. Para a recolha de informação utilizou-se o Questionário de Alimentação Infantil (QAI) “Conhecimento dos Pais sobre Alimentação Infantil”, da autoria de Aparício, Nunes, Duarte e Pereira (2012). Para classificação do Índice de Massa Corporal (IMC), foi efetuada a avaliação antropométrica das crianças nas consultas de vigilância de saúde infantil da Unidade de Saúde Familiar (USF) Coimbra Centro. Foram cumpridos todos os procedimentos formais e éticos inerentes ao desenvolvimento de investigação em seres humanos. Resultados: No global da amostra, 56,5% crianças eram normoponderais, 15,9% tinham excesso de peso, 15,9% obesidade e 11,6% estavam em situação de baixo peso. A caraterização dos conhecimentos sobre alimentação infantil revelou que 33,3% dos pais tinham conhecimentos suficientes, 34,8% bons e 31,9% insuficientes. Através da questão colocada aos pais sobre a perceção do contributo do EF no âmbito da alimentação saudável, obtemos perceções positivas sobre as suas intervenções, uma vez que o seu papel é de capacitar a família, encorajar e promover o seu desenvolvimento. Conclusões: As atividades desenvolvidas durante o estágio permitiram a aquisição de competências especializadas de Enfermagem de Saúde Familiar. As evidencias empíricas indicam que os conhecimentos dos pais sobre a alimentação infantil continuam insuficientes, pelo que a intervenção do Enfermeiro de Família se torna de extrema relevância no sentido promover o empowerment da família em matéria de saúde alimentar, podendo esta ser uma das estratégias para a prevenção da obesidade infantil e obtenção de ganhos em saúde nesta faixa etária.