Efeitos da estrutura familiar, parentalidade e coparentalidade no ajustamento psicológico em crianças em idade pré-escolar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/7172 |
Resumo: | A presente dissertação foi orientada por dois enquadramentos teóricos: Psicopatologia do Desenvolvimento dos Sistemas Familiares e pelo Modelo Ecológico da Coparentalidade (Feinberg, 2003). Objetivo: (1) Testar diferenças entre PD (pais divorciados) e PC (pais casados) no relato de SI (sintomas de internalização) e SE (sintomas de externalização) nos filhos em idade pré-escolar. (2) Testar diferenças entre PD e PC ao nível da parentalidade inconsistente e parentalidade positiva e das componentes da coparentalidade. (3) Em caso de existir diferenças entre PD e PC ao nível dos SE e SI dos filhos, testar se estas diferenças se mantêm quando controladas as variáveis da parentalidade e da coparentalidade. Método: Um design transversal foi implementado para a recolha de dados. A amostra total foi composta por 51 PD e 60 PC, avaliados ao nível das dimensões da coparentalidade, parentalidade positiva, parentalidade insconsistente e ajustamento psicológico dos filhos. Os dados dos pais divorciados foram recolhidos numa plataforma online. Já na amostra de pais casados, os protocolos de avaliação foram preenchidos em casa pelos participantes e, posteriormente, entregues em envelope selado aos educadores da instituição de ensino onde foram recolhidos os dados. Resultados: No objetivo 1 para as subescalas que avaliam os SI foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC na subescala emocional, em que os PD relataram mais sintomas de problemas emocionais nos filhos do que os PC. Para as subescalas que compõem a dimensão dos SE, foi verificada uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de pais na subescala de hiperatividade, em que os PD indicaram mais sintomas de hiperatividade do que os PC. No objetivo 2, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os pais divorciados e os pais casados ao nível das dimensões da coparentalidade (acordo/suporte coparental, sabotagem coparental, divisão de tarefas e exposição ao conflito). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na parentalidade inconsistente e parentalidade positiva, em função do estado civil dos pais. No objetivo 3, considerando as diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC ao nível das variáveis coparentais (Objetivo 1), houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de problemas emocionais nas crianças em idade préescolar. Para a subescala de hiperatividade, não houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de hiperatividade nas crianças em 7 idade pré-escolar. Discussão: Os resultados apresentados na presente dissertação parecem sugerir que algumas dimensões da coparentalidade parecem estar associadas à emergência de externalização e internalização em idade pré-escolar e, os dados parecem apontar para que não é a estrutura familiar que melhor está associada ao ajustamento da criança, mas sim processos familiares como a coparentalidade que são comuns a todas as estruturas familiares. |
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Efeitos da estrutura familiar, parentalidade e coparentalidade no ajustamento psicológico em crianças em idade pré-escolarMESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDEPSICOLOGIAPSICOLOGIA DA SAÚDEIDADE PRÉ-ESCOLARPARENTALIDADECRIANÇASINTERNALIZAÇÃOEXTERNALIZAÇÃOPSYCHOLOGYHEALTH PSYCHOLOGYPRESCHOOL AGEPARENTHOODCHILDRENINTERNALIZATIONEXTERNALIZATIONA presente dissertação foi orientada por dois enquadramentos teóricos: Psicopatologia do Desenvolvimento dos Sistemas Familiares e pelo Modelo Ecológico da Coparentalidade (Feinberg, 2003). Objetivo: (1) Testar diferenças entre PD (pais divorciados) e PC (pais casados) no relato de SI (sintomas de internalização) e SE (sintomas de externalização) nos filhos em idade pré-escolar. (2) Testar diferenças entre PD e PC ao nível da parentalidade inconsistente e parentalidade positiva e das componentes da coparentalidade. (3) Em caso de existir diferenças entre PD e PC ao nível dos SE e SI dos filhos, testar se estas diferenças se mantêm quando controladas as variáveis da parentalidade e da coparentalidade. Método: Um design transversal foi implementado para a recolha de dados. A amostra total foi composta por 51 PD e 60 PC, avaliados ao nível das dimensões da coparentalidade, parentalidade positiva, parentalidade insconsistente e ajustamento psicológico dos filhos. Os dados dos pais divorciados foram recolhidos numa plataforma online. Já na amostra de pais casados, os protocolos de avaliação foram preenchidos em casa pelos participantes e, posteriormente, entregues em envelope selado aos educadores da instituição de ensino onde foram recolhidos os dados. Resultados: No objetivo 1 para as subescalas que avaliam os SI foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC na subescala emocional, em que os PD relataram mais sintomas de problemas emocionais nos filhos do que os PC. Para as subescalas que compõem a dimensão dos SE, foi verificada uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de pais na subescala de hiperatividade, em que os PD indicaram mais sintomas de hiperatividade do que os PC. No objetivo 2, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os pais divorciados e os pais casados ao nível das dimensões da coparentalidade (acordo/suporte coparental, sabotagem coparental, divisão de tarefas e exposição ao conflito). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na parentalidade inconsistente e parentalidade positiva, em função do estado civil dos pais. No objetivo 3, considerando as diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC ao nível das variáveis coparentais (Objetivo 1), houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de problemas emocionais nas crianças em idade préescolar. Para a subescala de hiperatividade, não houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de hiperatividade nas crianças em 7 idade pré-escolar. Discussão: Os resultados apresentados na presente dissertação parecem sugerir que algumas dimensões da coparentalidade parecem estar associadas à emergência de externalização e internalização em idade pré-escolar e, os dados parecem apontar para que não é a estrutura familiar que melhor está associada ao ajustamento da criança, mas sim processos familiares como a coparentalidade que são comuns a todas as estruturas familiares.The present dissertation was guided by to theoretical frameworks: Developments Psychopathology of Family Systems and by the Ecological Model of coparenting (Feinberg, 2003). Objectives: (1) Test differences between PD (divorced parents) and PC (married parents) in the reporting of SI (internalizing symptoms) and SE (externalizing symptoms) in children of preschool age. (2) Testing differences between PD and PC at the level of inconsistent parenting and positive parenting and coparenting components. (3) In case there is difference between PD and PC at the level of SE and SI children, to test whether these differences remain after controlling for the variables of parenting and coparenting. Method: A cross-sectional design was implemented for collecting data. The total sample consisted of 51 PD and 60 PC, evaluated in terms of the dimensions of co-parenting, positive parenting, inconsistent parenting and psychological adjustment of their children. The data were collected in a divorce online website. In the sample of married parents, the evaluation protocols were completed at home by the participants and subsequently delivered in sealed educators from the university where the data were collected envelope. Results: At first goal for the subscales that assess SI statistically significant differences between PD and PC were found in the emotional subscale, where the PD reported more symptoms of emotional problems in children than PC. For the subscales that make up the dimension of SE, there was a statistically significant difference between the two groups of parents in the hyperactivity subscale, where PD showed more symptoms of hyperactivity than PC. In the second objective were found, statistically significant differences between divorced parents and married parents in terms of the dimensions of coparenting (agreement / coparenting support, coparenting sabotage, labor division and exposure to conflict). No statistically significant differences were found in inconsistent parenting and positive parenting, depending on the parents' marital status. 3 in order, considering the significant differences between PD and PC at the level of coparenting variables (Objective 1), there was an effect of marital status (married vs. divorced) levels of symptoms of emotional problems in children of preschool age. For the hyperactivity subscale, there was no effect of marital status (married vs. divorced) levels of hyperactivity symptoms in children of preschool age. Discussion: The results presented in this dissertation seem to suggest that some dimensions of coparenting may be associated with emergence of externalizing and internalizing 9 preschool age, and the data seem to indicate that it is not the family structure that is associated with better child adjustment, but yes family as coparenting processes that are common to all family structures.2016-08-23T14:40:58Z2016-01-01T00:00:00Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/7172TID:201247526porFaria, Andreia Marquesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:08:29Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/7172Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:15:39.920271Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A presente dissertação foi orientada por dois enquadramentos teóricos: Psicopatologia do Desenvolvimento dos Sistemas Familiares e pelo Modelo Ecológico da Coparentalidade (Feinberg, 2003). Objetivo: (1) Testar diferenças entre PD (pais divorciados) e PC (pais casados) no relato de SI (sintomas de internalização) e SE (sintomas de externalização) nos filhos em idade pré-escolar. (2) Testar diferenças entre PD e PC ao nível da parentalidade inconsistente e parentalidade positiva e das componentes da coparentalidade. (3) Em caso de existir diferenças entre PD e PC ao nível dos SE e SI dos filhos, testar se estas diferenças se mantêm quando controladas as variáveis da parentalidade e da coparentalidade. Método: Um design transversal foi implementado para a recolha de dados. A amostra total foi composta por 51 PD e 60 PC, avaliados ao nível das dimensões da coparentalidade, parentalidade positiva, parentalidade insconsistente e ajustamento psicológico dos filhos. Os dados dos pais divorciados foram recolhidos numa plataforma online. Já na amostra de pais casados, os protocolos de avaliação foram preenchidos em casa pelos participantes e, posteriormente, entregues em envelope selado aos educadores da instituição de ensino onde foram recolhidos os dados. Resultados: No objetivo 1 para as subescalas que avaliam os SI foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC na subescala emocional, em que os PD relataram mais sintomas de problemas emocionais nos filhos do que os PC. Para as subescalas que compõem a dimensão dos SE, foi verificada uma diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos de pais na subescala de hiperatividade, em que os PD indicaram mais sintomas de hiperatividade do que os PC. No objetivo 2, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os pais divorciados e os pais casados ao nível das dimensões da coparentalidade (acordo/suporte coparental, sabotagem coparental, divisão de tarefas e exposição ao conflito). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na parentalidade inconsistente e parentalidade positiva, em função do estado civil dos pais. No objetivo 3, considerando as diferenças estatisticamente significativas entre PD e PC ao nível das variáveis coparentais (Objetivo 1), houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de problemas emocionais nas crianças em idade préescolar. Para a subescala de hiperatividade, não houve um efeito do estado civil (divorciado vs. casado) nos níveis de sintomas de hiperatividade nas crianças em 7 idade pré-escolar. Discussão: Os resultados apresentados na presente dissertação parecem sugerir que algumas dimensões da coparentalidade parecem estar associadas à emergência de externalização e internalização em idade pré-escolar e, os dados parecem apontar para que não é a estrutura familiar que melhor está associada ao ajustamento da criança, mas sim processos familiares como a coparentalidade que são comuns a todas as estruturas familiares. |
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