Modelos de gestão cultural : avaliação do impacto no funcionamento das instituições e equipamentos culturais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendinhos, Leonor da Silva
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/15778
Resumo: Numa altura em que as questões relacionadas com as indústrias culturais e criativas começam a ser analisadas no panorama cultural e económico português e em que já se identifica o valor económico destas para o país, torna-se permente colmatar a falta de estudos académicos sobre estes assuntos. Neste âmbito, o estudo das instituições culturais portuguesas e dos seus modelos de gestão faz todo o sentido. Este estudo visa dar um contributo para a melhoria do conhecimento da realidade portuguesa, ainda alvo de pouca investigação e pesquisa. O objeto de estudo incidiu sobre três instituições culturais de renome local e nacional, com enquadramentos legais e dimensões bastante diferentes e que de algum modo representam as instituições culturais em Portugal. As instituições em causa foram a Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos, a EGEAC - Empresa (municipal) Gestora de Equipamentos e Animação Cultural e a Fábrica de Braço de Prata – Sociedade Unipessoal. Além destas instituições, tivemos a colaboração de Francisco Sassetti, programador no Centro Cultural de Belém. Os instrumentos de investigação utilizados foram entrevistas semidirigidas e um inquérito por questionário. As primeiras foram aplicadas aos Administradores/Diretores/Assessores das instituições e o inquérito aplicado a uma amostra de público indiferenciado, visando conhecer os seus hábitos culturais e conhecimento/relacionamento com instituições culturais. As conclusões do estudo apontam para o facto de o carácter público ou privado da instituição ser marcante na gestão e funcionamento da mesma e referem os domínios em que essa influência se verifica. Relativamente aos modelos de gestão, concluiu-se que o Modelo de Sistema Aberto (Open System Model) é o que mais se aplica nas instituições estudadas, uma vez que todas elas têm em conta os inputs do público, dos mecenas, dos trabalhadores e os inputs externos, económicos, políticos, legal, cultural e social, demográfico e tecnológico e educacional. Relativamente ao público é importante dizer que os resultados indicam que os utilizadores de equipamentos culturais têm alguma perceção sobre o modo de gestão dos mesmos, estão atentos ao tipo de financiamento que este auferem e são sensíveis às atividades dos serviços educativos apresentados pelas instituições. É também relevante a crescente profissionalização na área da gestão cultural que existe por parte dos trabalhadores e gestores das instituições em estudo, deixando para trás, no caso das organizações de maior dimensão, a ideia do artista-gestor.
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