Isotta Nogarola : a humanista que a história esqueceu, 1418-1466 : contributo para uma visão sobre o humanismo feminino renascentista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/25948 |
Resumo: | Durante o Renascimento assistiu-se em Itália ao surgimento de um novo fenómeno: o da mulher letrada, fruto de um entendimento do ethos que considerava o desenvolvimento intelectual e emocional imprescindível para criar o homem – e a mulher – perfeitos, e que produziu toda uma nova geração de mulheres cultas, sofisticadas e determinadas, oriundas das classes superiores. No entanto, as poderosas famílias italianas que prezavam a cultura antiga e que providenciavam para que as suas filhas, tal como os seus filhos, recebessem uma cuidada instrução literária e até mesmo filosófica, não esperavam que estas tivessem uma vida académica e literária ativa, mas que fossem poetisas, que conseguissem expressar de forma sublime os seus sentimentos, influenciando os varões das suas famílias ou até mesmo moderando a agressividade dos seus impulsos masculinos. Em suma, não se esperava que estas mulheres “pensassem em público”. Neste estudo propomo-nos analisar a vida e obra de Isotta Nogarola, a qual, segundo Maria José Bertolomeu Masiá, foi considerada a primeira mulher realmente culta do Renascimento e que tentou seguir uma carreira académica no meio exclusivamente masculino dos primórdios do Humanismo. Numa época pouco favorável às mulheres que tentavam escrever algo mais do que versos, esta humanista italiana conta-se entre esse escasso número de mulheres que, transgredindo as regras do silêncio imposto ao seu género, enfrentaram a solidão e o desprezo de uma sociedade que não lhes queria dar voz. A fim de melhor compreender a importância da sua produção literária e partindo da leitura crítica da sua obra, propomo-nos contextualizá-la como uma autora feminina que esteve ativa no período formativo dos studia humanitatis, transmitindo simultaneamente os conceitos, referências e estilo da sua obra e traçando a trajetória da sua carreira através de dados biográficos e históricos, com o objetivo de a enquadrar na produção cultural do Quattrocento. |
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Isotta Nogarola : a humanista que a história esqueceu, 1418-1466 : contributo para uma visão sobre o humanismo feminino renascentistaNogarola, Isotta, 1418-1466 - Crítica e interpretaçãoNogarola, Isotta, 1418-1466 - BiografiasMulheres - Itália - Condições sociais - séc.15Mulheres - Itália - História - RenascimentoLiteratura latina medieval e moderna - Itália - Autoras - História e críticaTeses de mestrado - 2016Domínio/Área Científica::Humanidades::História e ArqueologiaDurante o Renascimento assistiu-se em Itália ao surgimento de um novo fenómeno: o da mulher letrada, fruto de um entendimento do ethos que considerava o desenvolvimento intelectual e emocional imprescindível para criar o homem – e a mulher – perfeitos, e que produziu toda uma nova geração de mulheres cultas, sofisticadas e determinadas, oriundas das classes superiores. No entanto, as poderosas famílias italianas que prezavam a cultura antiga e que providenciavam para que as suas filhas, tal como os seus filhos, recebessem uma cuidada instrução literária e até mesmo filosófica, não esperavam que estas tivessem uma vida académica e literária ativa, mas que fossem poetisas, que conseguissem expressar de forma sublime os seus sentimentos, influenciando os varões das suas famílias ou até mesmo moderando a agressividade dos seus impulsos masculinos. Em suma, não se esperava que estas mulheres “pensassem em público”. Neste estudo propomo-nos analisar a vida e obra de Isotta Nogarola, a qual, segundo Maria José Bertolomeu Masiá, foi considerada a primeira mulher realmente culta do Renascimento e que tentou seguir uma carreira académica no meio exclusivamente masculino dos primórdios do Humanismo. Numa época pouco favorável às mulheres que tentavam escrever algo mais do que versos, esta humanista italiana conta-se entre esse escasso número de mulheres que, transgredindo as regras do silêncio imposto ao seu género, enfrentaram a solidão e o desprezo de uma sociedade que não lhes queria dar voz. A fim de melhor compreender a importância da sua produção literária e partindo da leitura crítica da sua obra, propomo-nos contextualizá-la como uma autora feminina que esteve ativa no período formativo dos studia humanitatis, transmitindo simultaneamente os conceitos, referências e estilo da sua obra e traçando a trajetória da sua carreira através de dados biográficos e históricos, com o objetivo de a enquadrar na produção cultural do Quattrocento.During the Renaissance, Italy witnessed the emergence of a new phenomenon: the learned woman, as a result of an understanding of ethos that considered intellectual and emotional development essential to create the perfect man and woman which produced a whole new generation of educated, sophisticated and strong-minded women, coming from the upper classes. However, the powerful Italian families who prized ancient culture and who arranged for their daughters, as well as their sons, to receive a thorough literary and even philosophical instruction, had not anticipated such an active academic and literary life for their daughters, who were expected to be poets, so that they could express their feelings in sublime ways, thus influencing their family men or even moderating the aggressiveness of their male urges. In short, it was not expected that these women could "think in public." In this study, we will analyse the life and works of Isotta Nogarola who, according to Maria José Bertolomeu Masiá, was considered the first truly educated woman of the Renaissance and attempted to follow an academic career in the circles of the exclusively male beginnings of Humanism. In an unfavourable time to women who tried to write something more than verses, this Italian humanist is among the small number of women who, breaking the rules of silence imposed on her gender, faced loneliness and despair in a society that did not want to give them a voice. In order to better understand the importance of her literary production and starting from the critical reading of her work, we propose to contextualize her as a female author who was active in the formative period of studia humanitatis, and simultaneously provide the concepts, references and style of her work, tracing the path of her career through biographical and historical data, for the purpose of outlining her in the cultural production of Quattrocento.Silva, Maria Manuela SantosSimões, André Filipe Veloso NunesRepositório da Universidade de LisboaRodrigues, Paula Cristina Pontes2017-01-17T11:32:18Z2015-04-222014-10-272015-04-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/25948TID:201292220porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:15:46Zoai:repositorio.ul.pt:10451/25948Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:42:42.772503Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Isotta Nogarola : a humanista que a história esqueceu, 1418-1466 : contributo para uma visão sobre o humanismo feminino renascentista Rodrigues, Paula Cristina Pontes Nogarola, Isotta, 1418-1466 - Crítica e interpretação Nogarola, Isotta, 1418-1466 - Biografias Mulheres - Itália - Condições sociais - séc.15 Mulheres - Itália - História - Renascimento Literatura latina medieval e moderna - Itália - Autoras - História e crítica Teses de mestrado - 2016 Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia |
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