A ilustração científica como ferramenta educativa
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25755/int.8745 |
Resumo: | A Ciência depende da imagem para comunicar e descrever. Como tal, necessita também de uma linguagem visual que assente o seu princípio elementar no rigor de representação. Por se encontrar num ponto de convergência entre as Artes e a Ciência, a Ilustração Científica apresenta-se como uma ferramenta metódica, útil e objetiva, que possui uma capacidade comunicativa orientada para a educação e a divulgação. Ao combinar o conhecimento científico com técnicas de observação, desenho e representação, a ilustração clarifica factos, explica conceitos e salienta as características importantes. Em simultâneo, omite toda a informação redundante que possa distrair o observador dos conteúdos principais. Disciplinas como a Arqueologia, a Antropologia, a Paleontologia e a Biologia servem-se destes desenhos interpretativos para desconstruir objetos e representar aspetos que não são visíveis a olho nu, recorrendo para tal a vistas seccionadas, transparências e diagramas com diferentes graus de complexidade. Assim, qualquer forma ou detalhe que não possa ser transmitido por palavras torna-se inteligível através da sua tradução visual. É neste sentido que importa fazer uma análise crítica dos projetos de ilustração apresentados. São imagens que nascem do fornecimento de dados em bruto por parte do conhecimento científico e da capacidade do ilustrador para produzir um plano de comunicação efetiva, o qual é previamente projetado e dirigido a diferentes públicos. Desta forma, e acompanhando as ilustrações, demonstrar-se-á todo o processo cognitivo e prático que está subjacente à realização destas imagens e que, habitualmente, não é acessível com o produto final. Por fim, ao fomentar este diálogo entre a imagem e o conhecimento, cria-se um novo espaço de discussão que, além de comunicar ideias e conceitos, serve também de palco para testar novos métodos e hipóteses de trabalho. |
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A ilustração científica como ferramenta educativaXV ENEC - Ciências em diálogo com artes, literatura e sociedadeA Ciência depende da imagem para comunicar e descrever. Como tal, necessita também de uma linguagem visual que assente o seu princípio elementar no rigor de representação. Por se encontrar num ponto de convergência entre as Artes e a Ciência, a Ilustração Científica apresenta-se como uma ferramenta metódica, útil e objetiva, que possui uma capacidade comunicativa orientada para a educação e a divulgação. Ao combinar o conhecimento científico com técnicas de observação, desenho e representação, a ilustração clarifica factos, explica conceitos e salienta as características importantes. Em simultâneo, omite toda a informação redundante que possa distrair o observador dos conteúdos principais. Disciplinas como a Arqueologia, a Antropologia, a Paleontologia e a Biologia servem-se destes desenhos interpretativos para desconstruir objetos e representar aspetos que não são visíveis a olho nu, recorrendo para tal a vistas seccionadas, transparências e diagramas com diferentes graus de complexidade. Assim, qualquer forma ou detalhe que não possa ser transmitido por palavras torna-se inteligível através da sua tradução visual. É neste sentido que importa fazer uma análise crítica dos projetos de ilustração apresentados. São imagens que nascem do fornecimento de dados em bruto por parte do conhecimento científico e da capacidade do ilustrador para produzir um plano de comunicação efetiva, o qual é previamente projetado e dirigido a diferentes públicos. Desta forma, e acompanhando as ilustrações, demonstrar-se-á todo o processo cognitivo e prático que está subjacente à realização destas imagens e que, habitualmente, não é acessível com o produto final. Por fim, ao fomentar este diálogo entre a imagem e o conhecimento, cria-se um novo espaço de discussão que, além de comunicar ideias e conceitos, serve também de palco para testar novos métodos e hipóteses de trabalho.Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém2016-03-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25755/int.8745por1646-2335Salgado, PedroBruno, JoanaPaiva, MafaldaPita, Xavierinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-02T18:09:32Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/8745Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:47:53.133472Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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