Avanços recentes na terapêutica da Leishmaniose Canina e na toxicidade dos fármacos usados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/6355 |
Resumo: | A presente tese para obtenção do Grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas está estruturada em três secções distintas: os capítulos I e II relatam a minha experiência profissionalizante nos estágios curriculares em Farmácia Comunitária, realizado na Farmácia Coroa, e em Farmácia Hospitalar, realizado no Centro Hospitalar do Médio Tejo; o capítulo III consiste numa revisão da literatura acerca da terapêutica da Leishmaniose Canina bem como a potencial toxicidade dos fármacos usados. A Leishmaniose Canina é uma patologia severa, sistémica, crónica e endémica, sobretudo nos países mediterrânicos. Esta doença é causada por um protozoário do género Leishmania, cujo ciclo de vida compreende dois hospedeiros: um inseto e um mamífero. O cão doméstico é o principal reservatório desta zoonose. A doença é transmitida através da picada de um flebótomo fêmea e um animal infetado poderá ou manifestar uma doença severa e incapacitante ou albergar apenas uma infeção subclínica desprovida de sinais e sintomas. Os sinais da Leishmaniose Canina são muito variáveis e geralmente inespecíficos, consequência da multiplicidade de órgãos afetados. As principais manifestações incluem alterações dermatológicas mas também perda de peso, linfadenopatia, esplenomegalia, insuficiência renal, epistaxe e atrofia muscular. A leishmaniose poderá classificar-se consoante as suas principais manifestações clínicas: visceral, cutânea e mucocutânea. No tratamento farmacológico pretende-se não só uma regressão das manifestações clínicas mas também uma cura parasitológica. Contudo, até à data, não se conhece um fármaco ideal que permita a eliminação total e definitiva do parasita, pois nenhum animal fica livre de reincidências. Apesar do grande esforço no estudo de novas moléculas, a combinação de antimoniato de meglumina (100 mg/kg, via subcutânea, por dia) com alopurinol (10-40 mg/kg, via oral, por dia), durante 30 dias e a manutenção da administração de alopurinol até à estabilização ou durante períodos mais longos continua a ser o tratamento mais eficaz para o controlo da doença. Assim, é necessária uma continuidade no investimento em novas moléculas e combinações com potencial atividade anti-Leishmania. |
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Avanços recentes na terapêutica da Leishmaniose Canina e na toxicidade dos fármacos usadosExperiência Profissionalizante na vertente de Farmácia Comunitária, Hospitalar e InvestigaçãoFarmácia ComunitáriaFarmácia HospitalarLeishmaniose CaninaTerapêutica FarmacológicaToxicidade.Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências FarmacêuticasA presente tese para obtenção do Grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas está estruturada em três secções distintas: os capítulos I e II relatam a minha experiência profissionalizante nos estágios curriculares em Farmácia Comunitária, realizado na Farmácia Coroa, e em Farmácia Hospitalar, realizado no Centro Hospitalar do Médio Tejo; o capítulo III consiste numa revisão da literatura acerca da terapêutica da Leishmaniose Canina bem como a potencial toxicidade dos fármacos usados. A Leishmaniose Canina é uma patologia severa, sistémica, crónica e endémica, sobretudo nos países mediterrânicos. Esta doença é causada por um protozoário do género Leishmania, cujo ciclo de vida compreende dois hospedeiros: um inseto e um mamífero. O cão doméstico é o principal reservatório desta zoonose. A doença é transmitida através da picada de um flebótomo fêmea e um animal infetado poderá ou manifestar uma doença severa e incapacitante ou albergar apenas uma infeção subclínica desprovida de sinais e sintomas. Os sinais da Leishmaniose Canina são muito variáveis e geralmente inespecíficos, consequência da multiplicidade de órgãos afetados. As principais manifestações incluem alterações dermatológicas mas também perda de peso, linfadenopatia, esplenomegalia, insuficiência renal, epistaxe e atrofia muscular. A leishmaniose poderá classificar-se consoante as suas principais manifestações clínicas: visceral, cutânea e mucocutânea. No tratamento farmacológico pretende-se não só uma regressão das manifestações clínicas mas também uma cura parasitológica. Contudo, até à data, não se conhece um fármaco ideal que permita a eliminação total e definitiva do parasita, pois nenhum animal fica livre de reincidências. Apesar do grande esforço no estudo de novas moléculas, a combinação de antimoniato de meglumina (100 mg/kg, via subcutânea, por dia) com alopurinol (10-40 mg/kg, via oral, por dia), durante 30 dias e a manutenção da administração de alopurinol até à estabilização ou durante períodos mais longos continua a ser o tratamento mais eficaz para o controlo da doença. Assim, é necessária uma continuidade no investimento em novas moléculas e combinações com potencial atividade anti-Leishmania.This thesis to obtain a Master Degree in Pharmaceutical Sciences is divided in three different chapters. The chapters I and II explain my professional experience in Community Pharmacy and Hospital Pharmacy acquired by the internships at Coroa Pharmacy and at Médio Tejo Hospital Center, respectively; the chapter III is a research component, consisting on a review on Canine Leishmaniosis pharmacological therapy and toxicity of the used drugs. Canine Leishmaniosis is a severe, systemic and chronic disease which is endemic on the Mediterranean Basin. This disease is caused by a Leishmania protozoon and its life cycle includes two hosts: an insect and a mammal. The domestic dog is the most common reservoir of this zoonosis. The disease is transmitted by a female sand fly and an infected animal can express a disable and severe disease or exhibit a subclinical infection with no signs or symptoms. The Canine Leishmaniosis signs are generally very unspecific and variable due to the plurality of affected organs. The main clinical manifestations includes dermatological changes, bodyweight loss, lymphadenopathy, splenomegaly, renal disease, epistaxis and muscle atrophy. Leishmaniosis can be subdivided according to its signs and symptoms: visceral, cutaneous and mucocutaneous. The pharmacological treatment aims to achieve the clinical manifestations resolution and the parasitological cure, although there is no available and ideal drug which can total eliminate the parasite, because none animal remains with no relapses. There is a great effort in drug discovery to obtain new molecules, but the combination of meglumine antimoniate (100 mg/kg, subcutaneously, per day) and allopurinol (10-40 mg/kg, orally, per day) during 30 days followed by allopurinol maintenance until resolution of leishmaniasis manifestations or during longer periods of time is still the treatment of choice to control the disease. Therefore, there is an urgent need of investment on new molecules and combinations with potential interest against Leishmania.Alba, Maria Eugénia GallardoSilvestre, Samuel MartinsuBibliorumHenriques, Maria Inês Carvalho2018-11-13T16:01:01Z2016-11-152016-10-72016-11-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6355TID:201772086porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:48Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6355Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:47:05.970602Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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