O colapso do Grupo Banco Espírito Santo: análise dos relatórios e contas e identificação de "Bandeiras Vermelhas"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/15332 |
Resumo: | O Grupo Banco Espírito Santo (GBES), com uma presença significativa no setor bancário português, colapsou no ano de 2014. O colapso teve o seu ápice na fraude das demonstrações financeiras que, quando descoberta, já existiam perdas no valor de 2.750 milhões de euros nas contas do GBES. O objetivo deste estudo é compreender se nos anos anteriores à queda do GBES já havia indícios de fraude que pudessem ter permitido a sua predição para os utilizadores das demonstrações financeiras. De um modo mais específico, analisaram-se os Relatórios e Contas entre 2009 e 2013 com base num conjunto de bandeiras vermelhas que já tinham sido identificadas noutros estudos, de forma a perceber-se se havia indícios que permitissem aos auditores e aos investidores incorporar esta informação nas suas decisões de investimento. Das 17 bandeiras vermelhas analisadas, 6 apresentam indícios de fraude e todas estão relacionadas com a estrutura e gestão do GBES, como a complexidade do Grupo, a remuneração dos executivos ter uma parcela variável que depende dos lucros do Grupo, todo o Grupo ser altamente dependente de uma única entidade que como referido ao longo do estudo de caso, o BES era o "coração" de todo o Grupo e a necessidade de captar recursos com os aumentos de capitais efetuadas em 2011 e 2013. O processo de dissolução do GBES ainda não está concluído, muita da informação ainda é confidencial e limitou a investigação. De realçar que o problema "fraude" ainda não é muito estudado em Portugal. |
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O colapso do Grupo Banco Espírito Santo: análise dos relatórios e contas e identificação de "Bandeiras Vermelhas"GBES Grupo Banco Esprírito SantoSector bancárioDemonstração financeiraFraudePortugal - 2014FraudFinancial statementsRed flagsBES GroupO Grupo Banco Espírito Santo (GBES), com uma presença significativa no setor bancário português, colapsou no ano de 2014. O colapso teve o seu ápice na fraude das demonstrações financeiras que, quando descoberta, já existiam perdas no valor de 2.750 milhões de euros nas contas do GBES. O objetivo deste estudo é compreender se nos anos anteriores à queda do GBES já havia indícios de fraude que pudessem ter permitido a sua predição para os utilizadores das demonstrações financeiras. De um modo mais específico, analisaram-se os Relatórios e Contas entre 2009 e 2013 com base num conjunto de bandeiras vermelhas que já tinham sido identificadas noutros estudos, de forma a perceber-se se havia indícios que permitissem aos auditores e aos investidores incorporar esta informação nas suas decisões de investimento. Das 17 bandeiras vermelhas analisadas, 6 apresentam indícios de fraude e todas estão relacionadas com a estrutura e gestão do GBES, como a complexidade do Grupo, a remuneração dos executivos ter uma parcela variável que depende dos lucros do Grupo, todo o Grupo ser altamente dependente de uma única entidade que como referido ao longo do estudo de caso, o BES era o "coração" de todo o Grupo e a necessidade de captar recursos com os aumentos de capitais efetuadas em 2011 e 2013. O processo de dissolução do GBES ainda não está concluído, muita da informação ainda é confidencial e limitou a investigação. De realçar que o problema "fraude" ainda não é muito estudado em Portugal.Banco Espírito Santo Group, with a significant position in the banking sector, collapsed in 2014. The collapse had its apex in the fraud of the financial statements. When unveiled, the accumulated losses amounted to 2,750 million euros in the accounts of BES Group (CPI, 2015) already. The purpose of this study is to understand if there were fraud red flags in financial statements before the bank's collapse that could have allowed well informed investors' decisions. The financial reporting for the period between 2009 and 2013 were analyzed on the basis of a set of red flags as identified in previous studies, in order to understand if there were sufficient indicators that would have allowed both auditors and investors to incorporate the information in their analysis. Out of a total of 17 red flags analysed, 6 indicate possible fraud and all of them are related to the structure and management of the Banco Espírito Santo Group, such as: complexity of the Group, variable portion of executives' remuneration dependent on the Group's profits, dependency on BES - the "heart" of the entire group- to raising funds to complete the capital increases made in both 2011 and 2013. GBES's winding-up process is not yet complete, much information is still confidential and this limited this research. It should be noted that the "fraud" phenomenon is not sufficiently studied in Portugal.2018-03-05T14:58:13Z2017-11-16T00:00:00Z2017-11-162017-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/15332TID:201757370porGarcia, Inês Gorjãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:49:44Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/15332Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:24:27.672679Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O Grupo Banco Espírito Santo (GBES), com uma presença significativa no setor bancário português, colapsou no ano de 2014. O colapso teve o seu ápice na fraude das demonstrações financeiras que, quando descoberta, já existiam perdas no valor de 2.750 milhões de euros nas contas do GBES. O objetivo deste estudo é compreender se nos anos anteriores à queda do GBES já havia indícios de fraude que pudessem ter permitido a sua predição para os utilizadores das demonstrações financeiras. De um modo mais específico, analisaram-se os Relatórios e Contas entre 2009 e 2013 com base num conjunto de bandeiras vermelhas que já tinham sido identificadas noutros estudos, de forma a perceber-se se havia indícios que permitissem aos auditores e aos investidores incorporar esta informação nas suas decisões de investimento. Das 17 bandeiras vermelhas analisadas, 6 apresentam indícios de fraude e todas estão relacionadas com a estrutura e gestão do GBES, como a complexidade do Grupo, a remuneração dos executivos ter uma parcela variável que depende dos lucros do Grupo, todo o Grupo ser altamente dependente de uma única entidade que como referido ao longo do estudo de caso, o BES era o "coração" de todo o Grupo e a necessidade de captar recursos com os aumentos de capitais efetuadas em 2011 e 2013. O processo de dissolução do GBES ainda não está concluído, muita da informação ainda é confidencial e limitou a investigação. De realçar que o problema "fraude" ainda não é muito estudado em Portugal. |
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