O papel do sentimento de nojo na experiência de auto-objetificação feminina e impacto no bem-estar subjetivo

• Autor(a) principal: Correia, Inês Dray
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/39696
• topic: Objetificação; Auto-objetificação; Auto-monitorização; Vergonha corporal; Sentimento de nojo (pêlos, menstruação e gordura); Bem-estar subjetivo; Objectification; Self-objectification; Self-monitoring; Body shame; Feeling of disgust (body hair, menstruation and fat); Subjective well-being; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia

A objetificação e consequente auto-objetificação, são fenómenos promovidos culturalmente que geram um impacto negativo significativo na experiência de vida das mulheres. Recentemente, o sentimento de nojo perante caraterísticas específicas do corpo feminino tem sido explorado como promotor de perceções e sentimentos negativos associados ao próprio, considerando-se que este é estimulado pelo fenómeno de objetificação. Como tal, o presente estudo pretendeu analisar o papel do sentimento de nojo perante diferentes aspetos do corpo feminino (pêlos, menstruação, gordura), na relação entre a auto-objetificação e o bem-estar subjetivo de 356 mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos (M = 27,95, DP = 10,63). As participantes responderem a questionários que avaliavam o grau de autoobjetificação, o sentimento de nojo perante cada uma das caraterísticas estudadas e o bemestar subjetivo. Respondendo por fim a uma questão aberta relativa aos aspetos positivos da experiência feminina. Os resultados mostraram uma correlação negativa entre a autoobjetificação e o bem-estar subjetivo, tendo-se verificado o papel mediador do sentimento de nojo nesta relação. Sendo que, as respostas à questão aberta corroboraram com a perspetiva de que existe um elevado grau de objetificação do corpo feminino na nossa sociedade. Como tal, salienta-se a importância de se continuar a explorar os impactos negativos associados ao fenómeno da objetificação para a população feminina, de modo a ser possível o desenvolvimento de medidas de prevenção dos mesmos.