O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12717 |
Resumo: | Objectivos | O objectivo desta comunicação é apresentar o turismo cultural na Madeira, na perspectiva de paisagem humanizada. E como objectivos específicos: 1. Identificar sítios, lugares, comunidades, paisagens e levadas como objectos de destino turístico. 2. Caracterizar as motivações e interesses dos visitantes para a descoberta, visita, consumo e fruição dos produtos turísticos referidos, especialmente as levadas. Metodologia | Foi efectuada uma pesquisa exploratória de terreno processada a dois níveis: o terreno e o bibliográfico-documental, de forma a recolher informações diversificadas e pistas de investigação acerca do tema proposto. No terreno, foi utilizada a entrevista exploratória a informantes qualificados,com o intuito de apreender o universo dos actores sociais envolvidos nestes espaços turísticos, e ainda, a identificação dos lugares, dos contextos, das iniciativas e das paisagens das levadas da Madeira. A pesquisa teórica, desenvolvida nas bibliotecas, nos centros de documentação nacionais e locais, em alguns arquivos e, on-line, desdobra-se a partir de actividades de selecção, recolha e análise de bibliografia acerca de: – Obras e artigos de reflexão teórica geral no domínio da antropologia, do turismo, geografia e da sociologia; – Obras e artigos versados na metodologia das ciências sociais; – Obras e artigos sobre a cultura, o espaço, o património, a globalização, o turismo cultural, as paisagens e os produtos turísticos; – Literatura regional; – A pesquisa nos mass media locais. A pesquisa empírica abarcou as seguintes técnicas: a observação participante, as entrevistas semi-estruturadas e ainda, os registos visuais (as fotografias), como técnica complementar. O inquérito por questionário foi utilizado visando a aferição da opinião dos agentes hoteleiros madeirenses sobre a sua percepção do turismo em relação às levadas/passeios a pé. Principais resultados e contributos | Os contributos passam pela resposta às seguintes questões: de que modo os produtos turísticos, os discursos e as imagens são instrumentalizados pelos actores sociais que alimentam a mercantilização e consumo dos espaços turísticos na sua negociação e consolidação na esfera mundial? Como se constroem as experiências dos actores sociais e como estes actuam nos lugares? Quais são as representações das levadas e como são produzidas localmente pelos actores sociais? A principal contribuição será identificar e caracterizar o turismo cultural, mais concretamente, as levadas e veredas regionais como objecto de destino turístico. As levadas e veredas para além de constituírem um importante recurso daquela que é a maior indústria mundial – o turismo, são igualmente um importante factor de atracção do destino, registada pelos seus múltiplos usos ao longo de várias décadas, o que me leva a concluir que a sua ‘imagem de marca’ permanece no imaginário turístico, e contribui para que este elemento cultural identifique a Ilha da Madeira como um destino turístico diferenciado. Se as levadas eram já um recurso turístico visível (ainda que embrionário) nas décadas de 60 e 70, a partir dos anos 90 tornaram-se alvo de uma importante mudança remetendo-nos para uma alteração do produto levada, que agora é mercantilizado visando igualmente um desenvolvimento sustentado da região, em especial do Parque Natural da Madeira. Neste lugar insular o mercado já dá mostras da sua “flexibilidade e segmentação” (Santana Talavera, 2003a:5), com o aparecimento do “turismo alternativo,com subprodutos como o turismo rural, o ecoturismo e o turismo cultural” (Santana Talavera 2003a:5), reveladores dos novos produtos turísticos caracterizadores de um mercado que se quer heterogéneo, traduzido na metamorfose da oferta turística, e que no caso da Madeira, é visível através do POT e das diversas campanhas promocionais. O desenvolvimento de novos tipos de turismo, impulsionados pelo progresso da indústria turística e a sua maturação, origina novos tipos de produtos associados ao turismo cultural, ecoturismo, e turismo de aventura (Craik, 1997; Santana, 1997; Smith, 2003; Stronza, 2001), reveladores das motivações turísticas e da variedade das experiências turísticas. O Madeira Walking Festival e outras iniciativas promovidas na Ilha da Madeira revelam estas motivações na procura por experiências em torno do património e natureza, que colocam a Madeira e em particular, as levadas, num contexto global associado aos festivais dos passeios a pé, lazer, cultura e património. As levadas e veredas, património como recurso turístico, para além de serem um valor acrescentado (Prats, 1997) ao destino Madeira, poderão num futuro próximo constituir-se como um “produto turístico per se, capaz de integrar, juntamente com a hotelaria básica, um motivo de compra autónoma” (Prats, 1997:42) se o POT e a multiplicidade das campanhas promocionais forem direccionados para um mercado específico,como é o caso do turismo activo e ecoturismo, anunciando apetências, cadências e oportunidades de um mercado simultaneamente local, regional, nacional e global. Limitações | Uma das principais limitações reside na ‘sazonalidade’ deste nicho de mercado, havendo uma flutuação em termos de visitas às levadas e veredas ao longo do ano. A inexistência de estatísticas oficiais acerca dos caminheiros é uma outra limitação, impedindo assim a análise a que me propus efectuar. Conclusões | Com a observação participante foi possível cartografar e inventariar os lugares, os espaços, as paisagens e os eventos tidos nestes espaços turísticos, possibilitando o acesso a informações relevantes sobre o dinamismo caracterizador desta actividade na RAM. As entrevistas semi-estruturadas foram fundamentais na aquisição de informações imprescindíveis sobre os actores sociais envolvidos neste nicho de mercado. O inquérito por questionário revelou uma perspectiva prevista em termos do trabalho desempenhado pelos agentes hoteleiros na divulgação e promoção das levadas e veredas. Os registos visuais, nomeadamente as fotografias, foram complementares na análise, permitindo descortinar e analisar situações, detalhes, lugares e actores sociais. |
id |
RCAP_6bdb850da7362295076b6af2ffb2b166 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:proa.ua.pt:article/12717 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da MadeiraObjectivos | O objectivo desta comunicação é apresentar o turismo cultural na Madeira, na perspectiva de paisagem humanizada. E como objectivos específicos: 1. Identificar sítios, lugares, comunidades, paisagens e levadas como objectos de destino turístico. 2. Caracterizar as motivações e interesses dos visitantes para a descoberta, visita, consumo e fruição dos produtos turísticos referidos, especialmente as levadas. Metodologia | Foi efectuada uma pesquisa exploratória de terreno processada a dois níveis: o terreno e o bibliográfico-documental, de forma a recolher informações diversificadas e pistas de investigação acerca do tema proposto. No terreno, foi utilizada a entrevista exploratória a informantes qualificados,com o intuito de apreender o universo dos actores sociais envolvidos nestes espaços turísticos, e ainda, a identificação dos lugares, dos contextos, das iniciativas e das paisagens das levadas da Madeira. A pesquisa teórica, desenvolvida nas bibliotecas, nos centros de documentação nacionais e locais, em alguns arquivos e, on-line, desdobra-se a partir de actividades de selecção, recolha e análise de bibliografia acerca de: – Obras e artigos de reflexão teórica geral no domínio da antropologia, do turismo, geografia e da sociologia; – Obras e artigos versados na metodologia das ciências sociais; – Obras e artigos sobre a cultura, o espaço, o património, a globalização, o turismo cultural, as paisagens e os produtos turísticos; – Literatura regional; – A pesquisa nos mass media locais. A pesquisa empírica abarcou as seguintes técnicas: a observação participante, as entrevistas semi-estruturadas e ainda, os registos visuais (as fotografias), como técnica complementar. O inquérito por questionário foi utilizado visando a aferição da opinião dos agentes hoteleiros madeirenses sobre a sua percepção do turismo em relação às levadas/passeios a pé. Principais resultados e contributos | Os contributos passam pela resposta às seguintes questões: de que modo os produtos turísticos, os discursos e as imagens são instrumentalizados pelos actores sociais que alimentam a mercantilização e consumo dos espaços turísticos na sua negociação e consolidação na esfera mundial? Como se constroem as experiências dos actores sociais e como estes actuam nos lugares? Quais são as representações das levadas e como são produzidas localmente pelos actores sociais? A principal contribuição será identificar e caracterizar o turismo cultural, mais concretamente, as levadas e veredas regionais como objecto de destino turístico. As levadas e veredas para além de constituírem um importante recurso daquela que é a maior indústria mundial – o turismo, são igualmente um importante factor de atracção do destino, registada pelos seus múltiplos usos ao longo de várias décadas, o que me leva a concluir que a sua ‘imagem de marca’ permanece no imaginário turístico, e contribui para que este elemento cultural identifique a Ilha da Madeira como um destino turístico diferenciado. Se as levadas eram já um recurso turístico visível (ainda que embrionário) nas décadas de 60 e 70, a partir dos anos 90 tornaram-se alvo de uma importante mudança remetendo-nos para uma alteração do produto levada, que agora é mercantilizado visando igualmente um desenvolvimento sustentado da região, em especial do Parque Natural da Madeira. Neste lugar insular o mercado já dá mostras da sua “flexibilidade e segmentação” (Santana Talavera, 2003a:5), com o aparecimento do “turismo alternativo,com subprodutos como o turismo rural, o ecoturismo e o turismo cultural” (Santana Talavera 2003a:5), reveladores dos novos produtos turísticos caracterizadores de um mercado que se quer heterogéneo, traduzido na metamorfose da oferta turística, e que no caso da Madeira, é visível através do POT e das diversas campanhas promocionais. O desenvolvimento de novos tipos de turismo, impulsionados pelo progresso da indústria turística e a sua maturação, origina novos tipos de produtos associados ao turismo cultural, ecoturismo, e turismo de aventura (Craik, 1997; Santana, 1997; Smith, 2003; Stronza, 2001), reveladores das motivações turísticas e da variedade das experiências turísticas. O Madeira Walking Festival e outras iniciativas promovidas na Ilha da Madeira revelam estas motivações na procura por experiências em torno do património e natureza, que colocam a Madeira e em particular, as levadas, num contexto global associado aos festivais dos passeios a pé, lazer, cultura e património. As levadas e veredas, património como recurso turístico, para além de serem um valor acrescentado (Prats, 1997) ao destino Madeira, poderão num futuro próximo constituir-se como um “produto turístico per se, capaz de integrar, juntamente com a hotelaria básica, um motivo de compra autónoma” (Prats, 1997:42) se o POT e a multiplicidade das campanhas promocionais forem direccionados para um mercado específico,como é o caso do turismo activo e ecoturismo, anunciando apetências, cadências e oportunidades de um mercado simultaneamente local, regional, nacional e global. Limitações | Uma das principais limitações reside na ‘sazonalidade’ deste nicho de mercado, havendo uma flutuação em termos de visitas às levadas e veredas ao longo do ano. A inexistência de estatísticas oficiais acerca dos caminheiros é uma outra limitação, impedindo assim a análise a que me propus efectuar. Conclusões | Com a observação participante foi possível cartografar e inventariar os lugares, os espaços, as paisagens e os eventos tidos nestes espaços turísticos, possibilitando o acesso a informações relevantes sobre o dinamismo caracterizador desta actividade na RAM. As entrevistas semi-estruturadas foram fundamentais na aquisição de informações imprescindíveis sobre os actores sociais envolvidos neste nicho de mercado. O inquérito por questionário revelou uma perspectiva prevista em termos do trabalho desempenhado pelos agentes hoteleiros na divulgação e promoção das levadas e veredas. Os registos visuais, nomeadamente as fotografias, foram complementares na análise, permitindo descortinar e analisar situações, detalhes, lugares e actores sociais.Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da Universidade de Aveiro2010-01-01T00:00:00Zjournal articlejournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12717oai:proa.ua.pt:article/12717Journal of Tourism & Development; Vol 3 No 13/14 (2010): INVTUR 2010 Intl' Conference - Abstracts; 1035-1036Revista Turismo & Desenvolvimento; vol. 3 n.º 13/14 (2010): INVTUR 2010 Intl' Conference - Abstracts; 1035-10362182-14531645-9261reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://proa.ua.pt/index.php/rtd/article/view/12717https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12717https://proa.ua.pt/index.php/rtd/article/view/12717/8435https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessFernandes, FilipaRamos, Francisco Martins2022-09-26T10:57:07Zoai:proa.ua.pt:article/12717Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:05:48.722151Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira |
title |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira |
spellingShingle |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira Fernandes, Filipa |
title_short |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira |
title_full |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira |
title_fullStr |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira |
title_full_unstemmed |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira |
title_sort |
O património cultural como produto turístico: o caso das levadas e veredas da Ilha da Madeira |
author |
Fernandes, Filipa |
author_facet |
Fernandes, Filipa Ramos, Francisco Martins |
author_role |
author |
author2 |
Ramos, Francisco Martins |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernandes, Filipa Ramos, Francisco Martins |
description |
Objectivos | O objectivo desta comunicação é apresentar o turismo cultural na Madeira, na perspectiva de paisagem humanizada. E como objectivos específicos: 1. Identificar sítios, lugares, comunidades, paisagens e levadas como objectos de destino turístico. 2. Caracterizar as motivações e interesses dos visitantes para a descoberta, visita, consumo e fruição dos produtos turísticos referidos, especialmente as levadas. Metodologia | Foi efectuada uma pesquisa exploratória de terreno processada a dois níveis: o terreno e o bibliográfico-documental, de forma a recolher informações diversificadas e pistas de investigação acerca do tema proposto. No terreno, foi utilizada a entrevista exploratória a informantes qualificados,com o intuito de apreender o universo dos actores sociais envolvidos nestes espaços turísticos, e ainda, a identificação dos lugares, dos contextos, das iniciativas e das paisagens das levadas da Madeira. A pesquisa teórica, desenvolvida nas bibliotecas, nos centros de documentação nacionais e locais, em alguns arquivos e, on-line, desdobra-se a partir de actividades de selecção, recolha e análise de bibliografia acerca de: – Obras e artigos de reflexão teórica geral no domínio da antropologia, do turismo, geografia e da sociologia; – Obras e artigos versados na metodologia das ciências sociais; – Obras e artigos sobre a cultura, o espaço, o património, a globalização, o turismo cultural, as paisagens e os produtos turísticos; – Literatura regional; – A pesquisa nos mass media locais. A pesquisa empírica abarcou as seguintes técnicas: a observação participante, as entrevistas semi-estruturadas e ainda, os registos visuais (as fotografias), como técnica complementar. O inquérito por questionário foi utilizado visando a aferição da opinião dos agentes hoteleiros madeirenses sobre a sua percepção do turismo em relação às levadas/passeios a pé. Principais resultados e contributos | Os contributos passam pela resposta às seguintes questões: de que modo os produtos turísticos, os discursos e as imagens são instrumentalizados pelos actores sociais que alimentam a mercantilização e consumo dos espaços turísticos na sua negociação e consolidação na esfera mundial? Como se constroem as experiências dos actores sociais e como estes actuam nos lugares? Quais são as representações das levadas e como são produzidas localmente pelos actores sociais? A principal contribuição será identificar e caracterizar o turismo cultural, mais concretamente, as levadas e veredas regionais como objecto de destino turístico. As levadas e veredas para além de constituírem um importante recurso daquela que é a maior indústria mundial – o turismo, são igualmente um importante factor de atracção do destino, registada pelos seus múltiplos usos ao longo de várias décadas, o que me leva a concluir que a sua ‘imagem de marca’ permanece no imaginário turístico, e contribui para que este elemento cultural identifique a Ilha da Madeira como um destino turístico diferenciado. Se as levadas eram já um recurso turístico visível (ainda que embrionário) nas décadas de 60 e 70, a partir dos anos 90 tornaram-se alvo de uma importante mudança remetendo-nos para uma alteração do produto levada, que agora é mercantilizado visando igualmente um desenvolvimento sustentado da região, em especial do Parque Natural da Madeira. Neste lugar insular o mercado já dá mostras da sua “flexibilidade e segmentação” (Santana Talavera, 2003a:5), com o aparecimento do “turismo alternativo,com subprodutos como o turismo rural, o ecoturismo e o turismo cultural” (Santana Talavera 2003a:5), reveladores dos novos produtos turísticos caracterizadores de um mercado que se quer heterogéneo, traduzido na metamorfose da oferta turística, e que no caso da Madeira, é visível através do POT e das diversas campanhas promocionais. O desenvolvimento de novos tipos de turismo, impulsionados pelo progresso da indústria turística e a sua maturação, origina novos tipos de produtos associados ao turismo cultural, ecoturismo, e turismo de aventura (Craik, 1997; Santana, 1997; Smith, 2003; Stronza, 2001), reveladores das motivações turísticas e da variedade das experiências turísticas. O Madeira Walking Festival e outras iniciativas promovidas na Ilha da Madeira revelam estas motivações na procura por experiências em torno do património e natureza, que colocam a Madeira e em particular, as levadas, num contexto global associado aos festivais dos passeios a pé, lazer, cultura e património. As levadas e veredas, património como recurso turístico, para além de serem um valor acrescentado (Prats, 1997) ao destino Madeira, poderão num futuro próximo constituir-se como um “produto turístico per se, capaz de integrar, juntamente com a hotelaria básica, um motivo de compra autónoma” (Prats, 1997:42) se o POT e a multiplicidade das campanhas promocionais forem direccionados para um mercado específico,como é o caso do turismo activo e ecoturismo, anunciando apetências, cadências e oportunidades de um mercado simultaneamente local, regional, nacional e global. Limitações | Uma das principais limitações reside na ‘sazonalidade’ deste nicho de mercado, havendo uma flutuação em termos de visitas às levadas e veredas ao longo do ano. A inexistência de estatísticas oficiais acerca dos caminheiros é uma outra limitação, impedindo assim a análise a que me propus efectuar. Conclusões | Com a observação participante foi possível cartografar e inventariar os lugares, os espaços, as paisagens e os eventos tidos nestes espaços turísticos, possibilitando o acesso a informações relevantes sobre o dinamismo caracterizador desta actividade na RAM. As entrevistas semi-estruturadas foram fundamentais na aquisição de informações imprescindíveis sobre os actores sociais envolvidos neste nicho de mercado. O inquérito por questionário revelou uma perspectiva prevista em termos do trabalho desempenhado pelos agentes hoteleiros na divulgação e promoção das levadas e veredas. Os registos visuais, nomeadamente as fotografias, foram complementares na análise, permitindo descortinar e analisar situações, detalhes, lugares e actores sociais. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-01-01T00:00:00Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
journal article journal article info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12717 oai:proa.ua.pt:article/12717 |
url |
https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12717 |
identifier_str_mv |
oai:proa.ua.pt:article/12717 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://proa.ua.pt/index.php/rtd/article/view/12717 https://doi.org/10.34624/rtd.v3i13/14.12717 https://proa.ua.pt/index.php/rtd/article/view/12717/8435 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da Universidade de Aveiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo da Universidade de Aveiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Journal of Tourism & Development; Vol 3 No 13/14 (2010): INVTUR 2010 Intl' Conference - Abstracts; 1035-1036 Revista Turismo & Desenvolvimento; vol. 3 n.º 13/14 (2010): INVTUR 2010 Intl' Conference - Abstracts; 1035-1036 2182-1453 1645-9261 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130519774953472 |