Bioimpedância elétrica torácica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5067 |
Resumo: | Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são cada vez mais causas de morbimortalidade em todo o Mundo. Sabe-se que a hipertensão arterial (HTA) e o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) são fatores de risco independentes para as DCV. Atualmente a terapêutica aplicada aos pacientes hipertensos é feita de forma empírica, não sendo realizado nenhum procedimento para avaliar as alterações hemodinâmicas que a mesma provoca. Com este trabalho pretendeu-se estudar quais as diferenças nos padrões hemodinâmicos entre os dois grupos, de forma a perceber quais as caraterísticas de cada grupo e a validar a utilidade da impedância torácica em consultas de seguimento dos pacientes hipertensos. Objetivos: Estudar o padrão hemodinâmico de pacientes hipertensos com e sem DM2. Material e métodos: Estudo descritivo transversal de uma amostra de 105 doentes com HTA, divididos em dois grupos consoante a presença de DM2 (1:sem; 2:com) que responderam a um formulário para recolha de dados demográficos, antropométricos, hábitos e antecedentes cardiovasculares. Fez-se medição hemodinâmica com um aparelho de bioimpedância elétrica torácica (TEB). Definiu-se uma diferença estatística significativa se p<0,05. Resultados: O grupo 1 era constituído por 53 doentes (62,3% ?) com idade média de 63,92±11,50 anos, e o grupo 2 por 52 (46,2% ?) com idade média de 68,2±11,2 anos. Cerca 21,9% tinham pelo menos um antecedente cardiovascular (28,4%vs.19,2%) e 40% um IMC>30. A pressão arterial média foi de 105,6±13,9mmHg (103,1±13,0 vs.108,2±14,4 mmHg, p=0,034). Na altura de realização do TEB, estavam normotensos 51% dos doentes (58,5% vs. 43,1%,p>0,05). Apenas 35,6% apresentavam um estado normodinâmico (índice sistólico médio: 45,9±20,1 vs. 38,5±16,4 ml/m2, p=0,017), sendo que destes, 18,3% estavam normotensos. O estado hiperdinâmico foi mais frequente no grupo 1 (34,0% vs. 19,6%). Estavam com hipocronotropia 48,1% dos doentes (49,1%vs.47,1%,p>0,05). Aproximadamente 63,5% dos doentes estavam com hipoinotropia (indíce de trabalho do ventrículo esquerdo médio: 0,9±0,4 vs. 0,8±0,3 sec-2, p=0,030). Cerca de 82,7% dos pacientes estavam normovolémicos (condutividade do fluido torácico: 84,9% vs. 80,4%, p>0,05) e hipervolémicos 7,7% (7,5% vs. 7,8%, p>0,05). O grupo 2 apresentou resistências vasculares mais elevadas (SSVRI:213,8 ±133,3 vs. 269,3±128,8 FO, p=0,017). No total 51,9% dos doentes apresentavam vasoconstrição (47,2% vs. 56,9%, p>0,05). Conclusões: Com este trabalho conclui-se que existem diferenças hemodinâmicas relevantes entre os pacientes hipertensos com e sem DM. |
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Bioimpedância elétrica torácicaDiferenças entre pacientes hipertensos com e sem Diabetes Mellitus tipo 2BioimpedânciaDiabetes Mellitus Tipo 2HemodinâmicaHipertensãoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: As doenças cardiovasculares (DCV) são cada vez mais causas de morbimortalidade em todo o Mundo. Sabe-se que a hipertensão arterial (HTA) e o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) são fatores de risco independentes para as DCV. Atualmente a terapêutica aplicada aos pacientes hipertensos é feita de forma empírica, não sendo realizado nenhum procedimento para avaliar as alterações hemodinâmicas que a mesma provoca. Com este trabalho pretendeu-se estudar quais as diferenças nos padrões hemodinâmicos entre os dois grupos, de forma a perceber quais as caraterísticas de cada grupo e a validar a utilidade da impedância torácica em consultas de seguimento dos pacientes hipertensos. Objetivos: Estudar o padrão hemodinâmico de pacientes hipertensos com e sem DM2. Material e métodos: Estudo descritivo transversal de uma amostra de 105 doentes com HTA, divididos em dois grupos consoante a presença de DM2 (1:sem; 2:com) que responderam a um formulário para recolha de dados demográficos, antropométricos, hábitos e antecedentes cardiovasculares. Fez-se medição hemodinâmica com um aparelho de bioimpedância elétrica torácica (TEB). Definiu-se uma diferença estatística significativa se p<0,05. Resultados: O grupo 1 era constituído por 53 doentes (62,3% ?) com idade média de 63,92±11,50 anos, e o grupo 2 por 52 (46,2% ?) com idade média de 68,2±11,2 anos. Cerca 21,9% tinham pelo menos um antecedente cardiovascular (28,4%vs.19,2%) e 40% um IMC>30. A pressão arterial média foi de 105,6±13,9mmHg (103,1±13,0 vs.108,2±14,4 mmHg, p=0,034). Na altura de realização do TEB, estavam normotensos 51% dos doentes (58,5% vs. 43,1%,p>0,05). Apenas 35,6% apresentavam um estado normodinâmico (índice sistólico médio: 45,9±20,1 vs. 38,5±16,4 ml/m2, p=0,017), sendo que destes, 18,3% estavam normotensos. O estado hiperdinâmico foi mais frequente no grupo 1 (34,0% vs. 19,6%). Estavam com hipocronotropia 48,1% dos doentes (49,1%vs.47,1%,p>0,05). Aproximadamente 63,5% dos doentes estavam com hipoinotropia (indíce de trabalho do ventrículo esquerdo médio: 0,9±0,4 vs. 0,8±0,3 sec-2, p=0,030). Cerca de 82,7% dos pacientes estavam normovolémicos (condutividade do fluido torácico: 84,9% vs. 80,4%, p>0,05) e hipervolémicos 7,7% (7,5% vs. 7,8%, p>0,05). O grupo 2 apresentou resistências vasculares mais elevadas (SSVRI:213,8 ±133,3 vs. 269,3±128,8 FO, p=0,017). No total 51,9% dos doentes apresentavam vasoconstrição (47,2% vs. 56,9%, p>0,05). Conclusões: Com este trabalho conclui-se que existem diferenças hemodinâmicas relevantes entre os pacientes hipertensos com e sem DM.Introduction: The cardiovascular diseases (CVD) are the most common cause of morbidity and mortality worldwide. It’s know that arterial hypertension (AHT) and type 2 Diabetes Mellitus (DM2) are the most important risk factor to CVD. Currently therapy applied to hypertensive patients is made empirically and isn’t performed no procedures to evaluate the hemodynamic changes that it causes. This work aims to study what the differences in hemodynamic patterns between the two groups in order to understand the characteristics of each group and to validate the use of thoracic impedance in follow-up visits of hypertensive patients. Objective: Study the hemodynamic pattern of hypertensive patients with and without DM. Methods: Cross-sectional study of a sample of 105 patients with AHT were divided into two groups according to the presence of DM2 (1: no, 2: with) who responded to a form to collect demographic, anthropometric, habits and cardiovascular history. There was hemodynamic measurement with a thoracic electrical bioimpedance device (TEB). It was defined a statistically significant difference at p <0.05. Results: Group 1 consisted of 53 patients (62,3% female) with mean age of 63,92 ± 11,50 years, and group 2 for 52 (46,2% female) with mean age of 68,2 ± 11,2 years. About 21,9% had at least one cardiovascular history (28,4% vs.19,2%) and 40% BMI> 30. Mean blood pressure was 105,6 ± 13,9mmHg (103,1 ± 13,0 ± 14,4 mmHg vs.108,2, p = 0,034). At the time of completion of TEB, 51% of patients (58,5% vs. 43,1%, p> 0,05) were normotensive. Only 35,6% had a normodynamic state (average systolic index: 45,9 ± 20,1 vs. 38,5 ± 16,4 ml / m2, p = 0,017), and of these, 18,3% were normotensive. The hyperdynamic state was more common in group 1 (34,0% vs. 19,6%). About 48,1% of patients (49,1% vs.47,1%, p> 0,05) had hipochronotropy. 63,5% of patients had hipoinotropy (indices of work of the mid left ventricle: 0,9 ± 0,4 vs. 0,8 ± 0,3 sec-2, p = 0,030). Approximately 82,7% of patients were normovolemic (thoracic fluid conductivity: 84,9% vs. 80,4%, p>0,05) and 7,7% were hypervolemic (7,5% vs. 7,8%, p>0,05). Group 2 had higher vascular resistance (SSVRI: 213,8 ± 133,3 vs. 269,3 ± 128,8 FO, p = 0,017). Altogether 51,9% of patients showed vasoconstriction (47,2% vs. 56,9%, p>0,05). Conclusions: With this work we conclude that there are significant hemodynamic differences between hypertensive patients with and without DM.Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumAlbuquerque, Ana Luísa Figueiredo2018-07-13T16:11:00Z2015-4-292015-06-042015-06-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5067TID:201642549porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:36Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5067Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:03.547279Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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