O nível de stresse nos Enfermeiros dos Cuidados Continuados dos distritos de Bragança e Vila Real

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Cristina Alexandra Sacras
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/9209
Resumo: A enfermagem é uma profissão desgastante, já que implica interagir com a pessoa em situação de crise e de sofrimento. Devido à sobrecarga e ao stresse enfrentado, a qualidade deste relacionamento pode estar comprometida, interferindo na qualidade dos cuidados prestados. Esta investigação teve como objetivos conhecer as caraterísticas sóciodemográficas dos enfermeiros que exercem funções nas Unidades de Cuidados Continuados dos distritos de Bragança e Vila Real; verificar se os enfermeiros consideram as suas situações de vida como stressantes; analisar as relações existentes entre as variáveis sóciodemográficas dos enfermeiros e a sua perceção em relação a situações de vida stressantes; delinear estratégias/intervenções por forma a prevenir e/ou reduzir os níveis de stresse dos Enfermeiros que trabalham nas Unidades de Continuados dos distritos de Bragança e Vila Real. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e observacional. De um total de 166 enfermeiros a exercer funções nas Unidades de Cuidados Continuados dos distritos de Bragança e Vila Real, 131 responderam ao questionário. Para a recolha dos dados, que decorreu no período de março de 2011 a novembro 2012, aplicou-se a “Escala de Percepção de Stresse” de Pais-Ribeiro e Marques (2009). Do total dos inquiridos, 51,91% (68) eram dos distritos de Vila Real e 48,1% (63) eram de Bragança. Os enfermeiros tinham idades compreendidas entre os 22 e os 54 anos, sendo a maioria do género feminino (77,9%). Constatou-se que o maior número de enfermeiros se concentra nas Unidades de Média e Longa Duração (44,3%; 58), seguindo-se-lhe a Unidade de Longa duração (34,4%; 45), a Unidade de Convalescença e Paliativos (18,3%; 24) e, por fim, a Unidade de Média Duração (3,1%; 4). Quanto à natureza do vínculo, (50,38%; 66) enfermeiros encontram-se a contrato, (45,04%; 59) fazem parte dos quadros dos respetivos locais de trabalho e (4,58%; 6) apresentam outro tipo de vínculo (recibos verdes). Do total dos enfermeiros a trabalhar nas Unidades de Cuidados Continuados, (48,8%; 60) residem na localidade onde trabalham e os restantes (54,2%; 71), residem fora do meio onde laboram. Relativamente à situação conjugal observa-se o seguinte: (54,2%; 71) enfermeiros são solteiros, (43,51%; 57) casados/união de facto e (2,29%; 3) separados/divorciados. Os enfermeiros registaram um nível de stresse moderado (Média=34,2; DP=4,96). A distribuição dos inquiridos pelo nível de stresse foi o seguinte: 33,6% (44) manifestaram um nível de stresse reduzido; 65,7% (86) mostraram ter um nível moderado de stresse e 0,8% (1) registaram um nível elevado de stresse. Apesar de não se terem registado diferenças estatisticamente significativas (p-value>0,05) no nível de stresse global tendo em conta o distrito, a situação de deslocado, o género, a idade, a situação conjugal, o vínculo profissional e a tipologia de Unidade de Cuidados Continuados, foram os enfermeiros do distrito de Vila Real, os deslocados, os homens, os mais novos, os que não são casados ou vivem em união de facto, os contratados e os que trabalham nas Unidades de Convalescença e Paliativos os que registaram níveis de stresse ligeiramente mais baixos. Pode concluir-se, que a profissão de enfermagem é stressante e deve ser reconhecida como tal. Perante esta constatação, existe a necessidade de discutir e implementar medidas preventivas e minimizadoras de stresse nos locais de trabalho, por forma a obter uma saúde individual e coletiva da equipa de enfermagem. A qualidade dos cuidados prestados depende da condição física e emocional da pessoa que cuida.
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Esta investigação teve como objetivos conhecer as caraterísticas sóciodemográficas dos enfermeiros que exercem funções nas Unidades de Cuidados Continuados dos distritos de Bragança e Vila Real; verificar se os enfermeiros consideram as suas situações de vida como stressantes; analisar as relações existentes entre as variáveis sóciodemográficas dos enfermeiros e a sua perceção em relação a situações de vida stressantes; delinear estratégias/intervenções por forma a prevenir e/ou reduzir os níveis de stresse dos Enfermeiros que trabalham nas Unidades de Continuados dos distritos de Bragança e Vila Real. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e observacional. De um total de 166 enfermeiros a exercer funções nas Unidades de Cuidados Continuados dos distritos de Bragança e Vila Real, 131 responderam ao questionário. Para a recolha dos dados, que decorreu no período de março de 2011 a novembro 2012, aplicou-se a “Escala de Percepção de Stresse” de Pais-Ribeiro e Marques (2009). Do total dos inquiridos, 51,91% (68) eram dos distritos de Vila Real e 48,1% (63) eram de Bragança. Os enfermeiros tinham idades compreendidas entre os 22 e os 54 anos, sendo a maioria do género feminino (77,9%). Constatou-se que o maior número de enfermeiros se concentra nas Unidades de Média e Longa Duração (44,3%; 58), seguindo-se-lhe a Unidade de Longa duração (34,4%; 45), a Unidade de Convalescença e Paliativos (18,3%; 24) e, por fim, a Unidade de Média Duração (3,1%; 4). Quanto à natureza do vínculo, (50,38%; 66) enfermeiros encontram-se a contrato, (45,04%; 59) fazem parte dos quadros dos respetivos locais de trabalho e (4,58%; 6) apresentam outro tipo de vínculo (recibos verdes). Do total dos enfermeiros a trabalhar nas Unidades de Cuidados Continuados, (48,8%; 60) residem na localidade onde trabalham e os restantes (54,2%; 71), residem fora do meio onde laboram. Relativamente à situação conjugal observa-se o seguinte: (54,2%; 71) enfermeiros são solteiros, (43,51%; 57) casados/união de facto e (2,29%; 3) separados/divorciados. Os enfermeiros registaram um nível de stresse moderado (Média=34,2; DP=4,96). A distribuição dos inquiridos pelo nível de stresse foi o seguinte: 33,6% (44) manifestaram um nível de stresse reduzido; 65,7% (86) mostraram ter um nível moderado de stresse e 0,8% (1) registaram um nível elevado de stresse. Apesar de não se terem registado diferenças estatisticamente significativas (p-value>0,05) no nível de stresse global tendo em conta o distrito, a situação de deslocado, o género, a idade, a situação conjugal, o vínculo profissional e a tipologia de Unidade de Cuidados Continuados, foram os enfermeiros do distrito de Vila Real, os deslocados, os homens, os mais novos, os que não são casados ou vivem em união de facto, os contratados e os que trabalham nas Unidades de Convalescença e Paliativos os que registaram níveis de stresse ligeiramente mais baixos. Pode concluir-se, que a profissão de enfermagem é stressante e deve ser reconhecida como tal. Perante esta constatação, existe a necessidade de discutir e implementar medidas preventivas e minimizadoras de stresse nos locais de trabalho, por forma a obter uma saúde individual e coletiva da equipa de enfermagem. A qualidade dos cuidados prestados depende da condição física e emocional da pessoa que cuida.Nursing is a very demanding job, as it implies interacting with people in situations of crisis and suffering. Due to the high workload and the demands faced daily, the quality of this interaction can be affected, to the point of interfering with the quality of the nurse´s work. This study aims to determine the social demographic characteristics of the nurses who work at the Palliative Care sector of the Bragança and Vila Real districts, to find out if they consider their work conditions stressful, to analyze the relationship between the nurse’s socio demographic variables and their perception of life’s stressful situations, in order to delineate strategies/interventions which will help to prevent or reduce the stress levels of those nurses who work at the Palliative Care Centres of Vila Real and Bragança districts. It consists of a transversal, analytical and observational study. Of the 166 nurses approached, a total of 131 answered the questionnaire. Data was collected from March 2011 to November 2012; the “Stress Perception Scale” (Escala de Percepção de Stress) by Pais-Ribeiro e Marques (2009) was applied; 51, 91% (68) of those who answered were from the Vila Real units, while 48,1% (63) were from the Bragança units. The Nurses’ ages ranged from 22 to 54 years old, (77,9%) being females. It was found that the largest number of nurses was concentrated in the Long and Medium and long Duration Units (44,3%; 58), followed by the Long Duration Unit, (34,4%; 45); the Recovering and Palliative Care Unit (18,3%; 24) and, lastly, the Medium Duration Unit (3,1%; 4). 50,38% (66) of all nurses are on temporary contracts, (45,04%; 59) are on the permanent staff of their workplace, while (4,58%; 6) work as casual labor (green receipts). (54,2%; 71) of those who collaborated live in the workplace area, the other (45,8%; 60) live elsewhere. As for their marital status, we found out that (54,2%; 71) of the nurses are single, (43,51%; 57) are married or in permanent relationships, and (2,29%; 3) are separated/ divorced. All nurses registered a moderate stress level, (average=34,2; DP=4,96), thus distributed: 33,6% (44) showed a reduced stress level; 65,7% (86) showed a moderate stress level, and 0,8% (1) registered a high stress level. While we didn´t find significant statistical differences (p value >0,05) in the global stress level considering the District, distance travelled, gender, age, marital status, professional vinculum and the typology of the Continued Care Units, the nurses who showed slightly lower stress levels were the ones from the Bragança District, the ones who travel to and from the work place , males, unattached, on temporary contract, and those who work on the Convalescent and Palliatives Care Units. We can, therefore, infer from these results that the Nursing Profession is a stressful one, and must be recognized as such. According to these findings, there is an absolute need to discuss and implement preventative measures to minimize stress levels in the work place, in order to guarantee the good health, both individual and collective, of the nursing teams. The quality of the caring will depend on the physical and emotional condition of the Carer.Fernandes, AdíliaRibeiro, Maria IsabelBiblioteca Digital do IPBMorais, Cristina Alexandra Sacras2014-01-30T14:09:53Z201320132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10198/9209TID:201452758porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T10:22:19Zoai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/9209Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:00:29.171712Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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