Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilarinho, Laura Teixeira
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Ferreira, F., Almeida, L., da Costa, C., Janeiro, P., Bandeira, A., Martins, E., Teles, E., Garcia, P., Azevedo, L.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58
Resumo: O Síndroma de odor a peixe ou trimetilaminúria (TMAu) é uma doença genética de transmissão autossómica recessiva que se manifesta por um forte odor corporal a peixe, devido à incapacidade de conversão do composto odorífero trimetilamina em N-óxido de trimetilamina (composto não odorífero), pela enzima flavina mono-oxigenase 3 (FMO3). Assim, os indivíduos afetados por esta patologia apresentam um odor a peixe em todos os fluidos corporais e, apesar desta doença estar classificada como benigna, os indivíduos afetados apresentam graves problemas psicossociais, afetivos e profissionais. Apesar de ser considerada uma doença rara, esta patologia poderá estar subestimada, pois é frequentemente estudada na criança, mas afeta também indivíduos em idade adulta. Outro fator relevante a considerar no estudo da trimetilaminúriua, é não só a sua contribuição para o conhecimento do espectro mutacional de FMO3, mas salientar a importância que tem a variabilidade inter-individual e intra-individual da expressão da proteína, na metabolização hepática de uma grande maioria de fármacos.Neste trabalho, pretendeu-se dar a conhecer o espetro mutacional para a TMAu em doentes Portugueses tendo sido estudados 52 doentes com fenótipo sugestivo de TMAu.Nos 52 doentes estudados com fenótipo sugestivo de TMAu foi confirmada a presença de polimorfismos e/ou mutações patogénicas no gene FMO3, tendo-se observado 32 variantes. Verificou-se que a presença dos polimorfismos p.Glu158Lys e p.Glu308Gly, em combinação com outras variantes, originavam padrões diferentes no fenótipo, essencialmente em cis ou quando presentes em homozigotia.Com os resultados obtidos correlacionou-se o genótipo da doença com o fenótipo, alertando-se para a necessidade do estudo desta patologia de uma forma integrada com a farmacogenética uma vez que o estudo mutacional deste gene poderá num futuro próximo ser encarado como uma possível ferramenta, na previsibilidade do sucesso de actuação de um determinado fármaco que sirva de substrato à enzima FMO3.Deste estudo salientamos a necessidade de clarificar não só a patogeneicidade das novas variantes encontradas, bem como dos seus efeitos na atividade enzimática de FMO3. Por outro lado, pretendemos também avaliar qual o papel que desempenham os polimorfismos mais comuns no binómio genótipo/fenótipo e/ou mecanismo protetor relativamente às drogas xenobióticas ou ambientais. 
id RCAP_6e786f1b4c982c165948addbe19ec4c9
oai_identifier_str oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/58
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenéticaPalavras-chaveTrimetilaminúriaSíndroma de odor a peixeFlavina mono-oxigenase 3FMO3Polimorfismos genéticosFarmacogenética.O Síndroma de odor a peixe ou trimetilaminúria (TMAu) é uma doença genética de transmissão autossómica recessiva que se manifesta por um forte odor corporal a peixe, devido à incapacidade de conversão do composto odorífero trimetilamina em N-óxido de trimetilamina (composto não odorífero), pela enzima flavina mono-oxigenase 3 (FMO3). Assim, os indivíduos afetados por esta patologia apresentam um odor a peixe em todos os fluidos corporais e, apesar desta doença estar classificada como benigna, os indivíduos afetados apresentam graves problemas psicossociais, afetivos e profissionais. Apesar de ser considerada uma doença rara, esta patologia poderá estar subestimada, pois é frequentemente estudada na criança, mas afeta também indivíduos em idade adulta. Outro fator relevante a considerar no estudo da trimetilaminúriua, é não só a sua contribuição para o conhecimento do espectro mutacional de FMO3, mas salientar a importância que tem a variabilidade inter-individual e intra-individual da expressão da proteína, na metabolização hepática de uma grande maioria de fármacos.Neste trabalho, pretendeu-se dar a conhecer o espetro mutacional para a TMAu em doentes Portugueses tendo sido estudados 52 doentes com fenótipo sugestivo de TMAu.Nos 52 doentes estudados com fenótipo sugestivo de TMAu foi confirmada a presença de polimorfismos e/ou mutações patogénicas no gene FMO3, tendo-se observado 32 variantes. Verificou-se que a presença dos polimorfismos p.Glu158Lys e p.Glu308Gly, em combinação com outras variantes, originavam padrões diferentes no fenótipo, essencialmente em cis ou quando presentes em homozigotia.Com os resultados obtidos correlacionou-se o genótipo da doença com o fenótipo, alertando-se para a necessidade do estudo desta patologia de uma forma integrada com a farmacogenética uma vez que o estudo mutacional deste gene poderá num futuro próximo ser encarado como uma possível ferramenta, na previsibilidade do sucesso de actuação de um determinado fármaco que sirva de substrato à enzima FMO3.Deste estudo salientamos a necessidade de clarificar não só a patogeneicidade das novas variantes encontradas, bem como dos seus efeitos na atividade enzimática de FMO3. Por outro lado, pretendemos também avaliar qual o papel que desempenham os polimorfismos mais comuns no binómio genótipo/fenótipo e/ou mecanismo protetor relativamente às drogas xenobióticas ou ambientais. Acta Farmacêutica Portuguesa2015-11-14T00:00:00Zjournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/58Acta Farmacêutica Portuguesa; v. 4 n. 1 (2015); 34-412182-3340reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58/117Vilarinho, Laura TeixeiraFerreira, F.Almeida, L.da Costa, C.Janeiro, P.Bandeira, A.Martins, E.Teles, E.Garcia, P.Azevedo, L.info:eu-repo/semantics/openAccess2022-09-05T12:29:46Zoai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/58Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T14:59:54.742675Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
title Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
spellingShingle Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
Vilarinho, Laura Teixeira
Palavras-chave
Trimetilaminúria
Síndroma de odor a peixe
Flavina mono-oxigenase 3
FMO3
Polimorfismos genéticos
Farmacogenética.
title_short Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
title_full Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
title_fullStr Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
title_full_unstemmed Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
title_sort Contribuição dos polimorfismos no gene FMO3 na patologia e na farmacogenética
author Vilarinho, Laura Teixeira
author_facet Vilarinho, Laura Teixeira
Ferreira, F.
Almeida, L.
da Costa, C.
Janeiro, P.
Bandeira, A.
Martins, E.
Teles, E.
Garcia, P.
Azevedo, L.
author_role author
author2 Ferreira, F.
Almeida, L.
da Costa, C.
Janeiro, P.
Bandeira, A.
Martins, E.
Teles, E.
Garcia, P.
Azevedo, L.
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vilarinho, Laura Teixeira
Ferreira, F.
Almeida, L.
da Costa, C.
Janeiro, P.
Bandeira, A.
Martins, E.
Teles, E.
Garcia, P.
Azevedo, L.
dc.subject.por.fl_str_mv Palavras-chave
Trimetilaminúria
Síndroma de odor a peixe
Flavina mono-oxigenase 3
FMO3
Polimorfismos genéticos
Farmacogenética.
topic Palavras-chave
Trimetilaminúria
Síndroma de odor a peixe
Flavina mono-oxigenase 3
FMO3
Polimorfismos genéticos
Farmacogenética.
description O Síndroma de odor a peixe ou trimetilaminúria (TMAu) é uma doença genética de transmissão autossómica recessiva que se manifesta por um forte odor corporal a peixe, devido à incapacidade de conversão do composto odorífero trimetilamina em N-óxido de trimetilamina (composto não odorífero), pela enzima flavina mono-oxigenase 3 (FMO3). Assim, os indivíduos afetados por esta patologia apresentam um odor a peixe em todos os fluidos corporais e, apesar desta doença estar classificada como benigna, os indivíduos afetados apresentam graves problemas psicossociais, afetivos e profissionais. Apesar de ser considerada uma doença rara, esta patologia poderá estar subestimada, pois é frequentemente estudada na criança, mas afeta também indivíduos em idade adulta. Outro fator relevante a considerar no estudo da trimetilaminúriua, é não só a sua contribuição para o conhecimento do espectro mutacional de FMO3, mas salientar a importância que tem a variabilidade inter-individual e intra-individual da expressão da proteína, na metabolização hepática de uma grande maioria de fármacos.Neste trabalho, pretendeu-se dar a conhecer o espetro mutacional para a TMAu em doentes Portugueses tendo sido estudados 52 doentes com fenótipo sugestivo de TMAu.Nos 52 doentes estudados com fenótipo sugestivo de TMAu foi confirmada a presença de polimorfismos e/ou mutações patogénicas no gene FMO3, tendo-se observado 32 variantes. Verificou-se que a presença dos polimorfismos p.Glu158Lys e p.Glu308Gly, em combinação com outras variantes, originavam padrões diferentes no fenótipo, essencialmente em cis ou quando presentes em homozigotia.Com os resultados obtidos correlacionou-se o genótipo da doença com o fenótipo, alertando-se para a necessidade do estudo desta patologia de uma forma integrada com a farmacogenética uma vez que o estudo mutacional deste gene poderá num futuro próximo ser encarado como uma possível ferramenta, na previsibilidade do sucesso de actuação de um determinado fármaco que sirva de substrato à enzima FMO3.Deste estudo salientamos a necessidade de clarificar não só a patogeneicidade das novas variantes encontradas, bem como dos seus efeitos na atividade enzimática de FMO3. Por outro lado, pretendemos também avaliar qual o papel que desempenham os polimorfismos mais comuns no binómio genótipo/fenótipo e/ou mecanismo protetor relativamente às drogas xenobióticas ou ambientais. 
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-11-14T00:00:00Z
dc.type.driver.fl_str_mv journal article
info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58
oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/58
url https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58
identifier_str_mv oai:ojs.actafarmaceuticaportuguesa.com:article/58
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58
https://actafarmaceuticaportuguesa.com/index.php/afp/article/view/58/117
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Acta Farmacêutica Portuguesa
publisher.none.fl_str_mv Acta Farmacêutica Portuguesa
dc.source.none.fl_str_mv Acta Farmacêutica Portuguesa; v. 4 n. 1 (2015); 34-41
2182-3340
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799129871649079297