A verdade de muitos corações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Marina Goulart da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/8331
Resumo: Nos últimos dez anos, houve uma diminuição de 25% no sistema de acolhimento para jovens. Estes dados referem-se ao período anterior a 1 de novembro de 2020 e registam que 6706 crianças e jovens estão a ser acolhidos em abrigos residenciais e familiares entre várias outras respostas sociais como orfanatos (LIJ) e centros de acolhimento temporário (CAT) (CASA de 2020). Embora o número de crianças abrigadas tenha diminuído, existem estudos (Júlio, 2021) que indicam que o acolhimento não se traduz em uma trajetória positiva na vida de jovens acolhidos. A falta de preparação destas instituições traduz-se numa deficiência de competências para a integração social no momento em que o indivíduo sai do sistema (Carneiro, 2005). Relativamente às crianças e jovens acolhidos, a intervenção visa o desenvolvimento das competências sociais e quotidianas através de uma abordagem individualizada que orienta para a autonomização. O objetivo do estudo é analisar a perceção dos jovens acolhidos sobre o acompanhamento que lhes é proporcionado pelos agentes institucionais no sentido de promover a sua autonomização. O estudo consiste em 10 entrevistas com 5 jovens do sexo feminino e 5 jovens do sexo masculino que residem em unidades de acolhimento residencial. Os resultados mostram a conexão da autonomia com a execução das tarefas domésticas e diárias. Constatou-se também que os agentes institucionais tendem a ter uma abordagem de distanciamento em questões emocionais que as crianças necessitam. Vários outros estudos devem ser realizados para analisar outras unidades de acolhimento residencial com jovens de várias idades, a fim de conhecer o trabalho realizado para facilitar o desenvolvimento de capacidades de adaptação a uma nova realidade e às mudanças quotidianas, bem como, comparar as perspetivas dos jovens com as dos agentes institucionais, com o objetivo de obter resultados mais coerentes.
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