Do acolhimento residencial para o mundo exterior: que desafios no processo de autonomização
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/41396 |
Resumo: | Ao longo dos anos, o crescimento e desenvolvimento das crianças e dos jovens têm sido alvo de atenção por parte dos poderes públicos. Nesse sentido, têm sido implementadas e ajustadas políticas de proteção e medidas de intervenção por forma a salvaguardar o interesse superior da criança, as suas necessidades e o seu bem-estar. O estudo sobre os sinais de risco e de perigo, bem como das suas consequências para as crianças e jovens tem vindo a ser cada mais desenvolvido por forma a encontrar soluções que preservem o seu estado quer físico, psicológico e emocional. Várias são as medidas de proteção existentes em Portugal direcionadas à infância e juventude e, não obstante se privilegiar as que se destinam à manutenção da criança no seu meio natural de vida, o acolhimento continua a ter uma expressão a não desconsiderar, sendo o acolhimento residencial claramente superior ao acolhimento familiar. Quando se pensa no acolhimento residencial, deve ter-se em conta que é necessário promover um crescimento e desenvolvimento digno e, desta forma, os acolhimentos residenciais, juntamente com cada uma das crianças e dos jovens, traçam o seu caminho tendo por base as suas necessidades. Atendendo a que há crianças e jovens que crescem nos acolhimentos residenciais e aí se tornam adultos, o desenvolvimento de um projeto de autonomia constitui uma fase importante para a preparação para uma vida adulta independente. Compreender de que modo se processa essa preparação para a vida adulta em jovens com percursos de institucionalização, bem como os desafios que enfrentam quando saem do acolhimento residencial foi o mote da pesquisa desenvolvida e da qual se dá conta nesta dissertação. Com recurso a entrevistas a jovens com percursos de institucionalização e a técnicos que trabalham em acolhimentos residenciais procurou compreender-se como se processa o trabalho com vista à promoção da autonomia. Foram identificados para entrevista, através de um processo em bola de neve, jovens em projeto de autonomia ou que já estavam fora do contexto de acolhimento. De forma intencional e por conveniência, entrevistaram-se, igualmente, profissionais que trabalham em contextos de acolhimento residencial com o objetivo de perceber de que forma são desenvolvidos esses projetos de autonomia e quais os desafios/dificuldades que os jovens possam sentir no momento da saída para o exterior. ii Destaca-se que este trabalho pode ser uma mais-valia para qualquer acolhimento residencial visto que pode ser o início de uma investigação mais aprofundada. Com isto pretende-se desafiar os técnicos, juntamente com os jovens, a identificar as dificuldades e os desafios aquando da saída do acolhimento residencial para poder melhorar o trabalho desenvolvido ao nível dos projetos de autonomia. Não podemos esquecer que cada projeto difere uns dos outros. Contudo se houver a possibilidade de entender quais os problemas identificados de um modo geral, é possível priorizar certas ações nos acolhimentos residenciais com o objetivo de capacidade os jovens para a sua vida autónoma. |
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Várias são as medidas de proteção existentes em Portugal direcionadas à infância e juventude e, não obstante se privilegiar as que se destinam à manutenção da criança no seu meio natural de vida, o acolhimento continua a ter uma expressão a não desconsiderar, sendo o acolhimento residencial claramente superior ao acolhimento familiar. Quando se pensa no acolhimento residencial, deve ter-se em conta que é necessário promover um crescimento e desenvolvimento digno e, desta forma, os acolhimentos residenciais, juntamente com cada uma das crianças e dos jovens, traçam o seu caminho tendo por base as suas necessidades. Atendendo a que há crianças e jovens que crescem nos acolhimentos residenciais e aí se tornam adultos, o desenvolvimento de um projeto de autonomia constitui uma fase importante para a preparação para uma vida adulta independente. Compreender de que modo se processa essa preparação para a vida adulta em jovens com percursos de institucionalização, bem como os desafios que enfrentam quando saem do acolhimento residencial foi o mote da pesquisa desenvolvida e da qual se dá conta nesta dissertação. Com recurso a entrevistas a jovens com percursos de institucionalização e a técnicos que trabalham em acolhimentos residenciais procurou compreender-se como se processa o trabalho com vista à promoção da autonomia. Foram identificados para entrevista, através de um processo em bola de neve, jovens em projeto de autonomia ou que já estavam fora do contexto de acolhimento. De forma intencional e por conveniência, entrevistaram-se, igualmente, profissionais que trabalham em contextos de acolhimento residencial com o objetivo de perceber de que forma são desenvolvidos esses projetos de autonomia e quais os desafios/dificuldades que os jovens possam sentir no momento da saída para o exterior. ii Destaca-se que este trabalho pode ser uma mais-valia para qualquer acolhimento residencial visto que pode ser o início de uma investigação mais aprofundada. Com isto pretende-se desafiar os técnicos, juntamente com os jovens, a identificar as dificuldades e os desafios aquando da saída do acolhimento residencial para poder melhorar o trabalho desenvolvido ao nível dos projetos de autonomia. Não podemos esquecer que cada projeto difere uns dos outros. Contudo se houver a possibilidade de entender quais os problemas identificados de um modo geral, é possível priorizar certas ações nos acolhimentos residenciais com o objetivo de capacidade os jovens para a sua vida autónoma.Over the years, the growth and development of children and young people have been the focus of attention from public authorities. In this sense, protection policies and intervention measures have been implemented and adjusted in order to safeguard the child's best interest, needs and well-being. The study of the signs of risk and danger, as well as their consequences for children and young people, has been increasingly developed in order to find solutions that preserve their physical, psychological and emotional state. There are several protection measures in place in Portugal aimed at children and young people, and although priority is given to those aimed at keeping the child in its natural environment, foster care is still an important factor to be taken into consideration, with foster care in institutions being clearly superior to family foster care. When thinking about residential care, it should be taken into account that it is necessary to promote a dignified growth and development and, in this way, the institutions, together with each of the children and young people, map out their path based on their needs. Since there are children and young people who grow up in institutions and become adults there, the development of an autonomy project is an important phase in the preparation for an independent adult life. Understanding how this preparation for adult life takes place in young people with paths of institutionalisation, as well as the challenges they face when they leave the institution was the motto of the research developed and reported in this dissertation. Through interviews with young people in institutions and with professionals working in host institutions, an attempt was made to understand how the work is carried out with a view to promoting autonomy. Through a snowball sample, we identified young people (in autonomy projects or who had already left the institution) and, intentionally and for convenience, we also interviewed professionals working in institutions with the aim of understanding how these autonomy projects are developed and what challenges/difficulties young people may experience when leaving the institution. It should be noted that this work can be an added value for any institution since it can be the beginning of a more in-depth research. This is intended to challenge the technicians, together with the young people, to identify the difficulties and challenges when they leave the institution in order to improve the work developed in terms of iv autonomy projects. We cannot forget that each project differs from one another. However, if there is a possibility to understand what the problems identified are in general, it is possible to prioritise certain actions in the institutions with the aim of enabling young people to lead an autonomous life.Machado, IdalinaRepositório ComumAlves, Joana2022-07-21T10:22:45Z2022-062022-052022-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/41396TID:203184220porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-17T15:15:14Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/41396Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:26:38.074606Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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