O processo de inclusão social de um jovem imigrante com Perturbação do Espetro do Autismo – Um Estudo de Caso

• Autor(a) principal: Magalhães, Rosane Rubim de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/6437
• topic: Perturbação do Espectro do Autismo; família; escola; barreiras e facilitadores da inclusão social; Autism Spectrum Disorder; family; school; barriers and facilitators to social inclusion

Este trabalho consiste num Estudo de Caso em torno do percurso desenvolvimental e educacional de um jovem imigrante que apresenta uma Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), com um nível cognitivo situado dentro da incapacidade intelectual ligeira. A PEA é uma perturbação do neurodesenvolvimento que se caracteriza por défices na interação social e comunicação social e pela presença de comportamentos, interesses ou atividades restritos e repetitivos, comportando alterações no funcionamento pessoal e social, que podem situar-se em diferentes níveis de gravidade. Procurou-se responder à seguinte questão de estudo: Quais os aspetos facilitadores e as barreiras que um jovem imigrante com Perturbação do Espectro do Autismo encontra no seu processo de inclusão social? O jovem tem 18 anos e frequenta o 11.º ano de um Curso Profissional. Procedeu-se à análise dos processos médico/desenvolvimental e escolar, assim como a entrevistas semiestruturadas a familiares, uma amiga da família e profissionais envolvidos no apoio psicoeducacional ao aluno, tanto do país de origem (Brasil) como de Portugal, onde reside com a família desde 2013. Os resultados obtidos através de Análise de Conteúdo sugerem que as principais barreiras (com maior número de referências) e facilitadores do processo de inclusão social do jovem se prendem, respetivamente, com o estabelecimento tardio do diagnóstico, tempo/duração da intervenção, dificuldades comportamentais do jovem e ao nível das reações da família, e obstáculos antecipados no que respeita futuro do jovem; no caso dos facilitadores, a importância do diagnóstico para uma intervenção eficaz, o empenho da família e os ganhos do jovem ao nível da adaptação e inclusão social. Conclui-se que o processo da inclusão social pressupõe a adoção de uma abordagem individualizada e necessariamente articulada com os contextos de vida.