A comunicação não verbal na relação entre pais e filhos em contexto escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Espinha, Ângela Margarida Martinho dos Santos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/3721
Resumo: A relação sócio-afectiva entre pai e filho parece ter-se tornado uma preocupação prioritária para uma parte considerável das Ciências Sociais. Actualmente, atribui-se a esta relação responsabilidades acrescidas no que diz respeito ao desenvolvimento dos filhos, à formação da personalidade e de um carácter e conduta moralmente aceitáveis, à promoção de relações de respeito e solidariedade para com os outros. Acreditamos que a comunicação está na base desta relação. Acreditamos numa vertente da comunicação que é, geralmente, desvalorizada: a comunicação não verbal (código de linguagem assente na expressividade dos gestos e do corpo). O grande objectivo delineado para este trabalho foi avaliar de que forma os sinais não verbais emitidos pelos pais reflectem o grau de proximidade sócioafectivo com os filhos e condicionam o seu estado de espírito, auto-confiança e produtividade. Considerámos que, numa primeira fase, seria importante caracterizar o envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos. Para tal, tratámos de fabricar dois instrumentos que nos permitissem obter as informações necessárias: um questionário a aplicar aos filhos e um, construído paralelamente, a aplicar aos pais. Os dados recolhidos foram tratados estatisticamente e foi possível avançar com alguns resultados: a mãe parece continuar a desempenhar um papel central na vida escolar dos filhos e a demonstrar um interesse diário por ela; o pai é apenas referido como fazendo parte da figura “ambos” e não assume nenhum papel por si só; as crianças parecem reconhecer e admitir a importância de terem pais que se mostrem envolvidos e interessados. Numa segunda fase, convidámos os pais a comparecerem na escola para um momento de encontro com os filhos. Pais e filhos apenas poderiam usar a linguagem não verbal para comunicar e foi pedido aos pais que fossem mudando a sua postura, expressões e comportamentos (primeiro positivos (I) e depois negativos (II)). Quanto a resultados verificámos que: as crianças começavam por se apresentar sorridentes, com uma postura recta, passando depois a um semblante triste e preocupado, com uma postura cabisbaixa; o número de respostas correctas e incorrectas não variou muito nas duas partes; as crianças demoraram muito mais tempo a concretizar as actividades da segunda parte do que as da primeira. A forma como pais e filhos se foram relacionando neste momento permitiu-nos avançar com algumas considerações sobre a relação sócio-afectiva que os une.
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O grande objectivo delineado para este trabalho foi avaliar de que forma os sinais não verbais emitidos pelos pais reflectem o grau de proximidade sócioafectivo com os filhos e condicionam o seu estado de espírito, auto-confiança e produtividade. Considerámos que, numa primeira fase, seria importante caracterizar o envolvimento dos pais na vida escolar dos filhos. Para tal, tratámos de fabricar dois instrumentos que nos permitissem obter as informações necessárias: um questionário a aplicar aos filhos e um, construído paralelamente, a aplicar aos pais. Os dados recolhidos foram tratados estatisticamente e foi possível avançar com alguns resultados: a mãe parece continuar a desempenhar um papel central na vida escolar dos filhos e a demonstrar um interesse diário por ela; o pai é apenas referido como fazendo parte da figura “ambos” e não assume nenhum papel por si só; as crianças parecem reconhecer e admitir a importância de terem pais que se mostrem envolvidos e interessados. Numa segunda fase, convidámos os pais a comparecerem na escola para um momento de encontro com os filhos. Pais e filhos apenas poderiam usar a linguagem não verbal para comunicar e foi pedido aos pais que fossem mudando a sua postura, expressões e comportamentos (primeiro positivos (I) e depois negativos (II)). Quanto a resultados verificámos que: as crianças começavam por se apresentar sorridentes, com uma postura recta, passando depois a um semblante triste e preocupado, com uma postura cabisbaixa; o número de respostas correctas e incorrectas não variou muito nas duas partes; as crianças demoraram muito mais tempo a concretizar as actividades da segunda parte do que as da primeira. A forma como pais e filhos se foram relacionando neste momento permitiu-nos avançar com algumas considerações sobre a relação sócio-afectiva que os une.The socio-emotional relationship between parents and children seems to have become a priority concern for a considerable part of Social Sciences. Currently, increased responsibilities with regard to their role in the development of children, in the formation of their personality and of a morally acceptable character and conduct, in the promotion of relationships based on respect and solidarity. We believe that communication is the basis of this relationship. Specifically, we believe in a feature of communication which is usually undervalued: the nonverbal communication (language code based on the expression of gestures and body). The great aim set for this study was to evaluate how the nonverbal signals issued by the parents reflect the degree of socio-emotional closeness with their children and determine their state of mind, self-confidence and productivity. We considered that, first of all, it would be important to characterize the parents’ involvement in children’s school life. To accomplish this, we built two instruments that would allow us to obtain the valuable information: a questionnaire that would be applied to children and one, built in parallel, that would be applied to their parents. The data collected were statistically treated and it was possible to proceed with some results: the mother keeps playing a central role in children’s school life and shows a daily interest by it; the father is only referred to as part of “both parents” and doesn’t embody any role by himself; children seem to recognize and acknowledge the importance of having involved and interested parents. Secondly, we invited parents to attend school for a meeting moment with their children. Parents and children were only allowed to use the nonverbal language to communicate. We asked parents to change their posture, expressions and behaviour during this meeting (the first ones would be positive (I) and then negative (II)). In terms of results, we noticed that: in the beginning of the meeting, the children were smiling and showing a straight posture and, then, they became sad and worried, with a less confident posture; the number of correct and incorrect answers didn’t vary much in the two parts; the children took much longer to solve the activities of the second part than of the first. The way parents and children communicated with each other during the meeting allowed us to anticipate some considerations on the socio-emotional relationship that connects them.Universidade de Aveiro2011-06-27T17:09:34Z2008-01-01T00:00:00Z2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/3721porEspinha, Ângela Margarida Martinho dos Santosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:03:33Zoai:ria.ua.pt:10773/3721Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:41:51.741988Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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