Vivências do idoso diabético em transição para a insulinização
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.esenfc.pt/?url=pfhQOvIQ |
Resumo: | ENQUADRAMENTO: A insulinização integra o protocolo terapêutico da diabetes mellitus tipo 2 (DM2), numa fase mais avançada desta patologia. Contudo, parece ser frequentemente acompanhada de algumas incertezas e dificuldades. Conhecer os efeitos que esta transição em saúde/doença exerce nas vivências dos idosos diabéticos poderá contribuir para a melhoria das práticas de enfermagem, no sentido de promover o bem-estar destes indivíduos e dos sistemas envolventes. OBJETIVO: Compreender como os idosos diabéticos tipo 2 percecionam a vivência da transição para a insulinização. MÉTODO: O estudo realizado enquadra-se num paradigma qualitativo, de natureza exploratória, utilizando como referencial metodológico a fenomenologia descritiva. A população alvo foram os idosos diabéticos tipo 2 inscritos no Hospital de Dia de Diabetes do Centro Hospital e Universitário de Coimbra e na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Eiras. Recorrendo a uma técnica não probabilística, de seleção por conveniência, a saturação da informação foi obtida com entrevistas realizadas a 10 participantes. A análise dessa informação contou com o recurso do programa informático Nvivo10. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para os idosos diabéticos tipo 2, em estudo, o processo de transição para a insulinização envolveu algumas dúvidas, medos, incertezas e limitações, mas também representou a oportunidade de melhoria do seu estado de saúde, conduzindo à perceção da insulinização como percussora de melhoria da qualidade de vida. As limitações no quotidiano, com destaque para a alimentação e para o exercício físico, as crenças em relação à DM2, a DM2 como doença silenciosa e os sentimentos de medo, rejeição, resignação, tristeza, culpa, entre outros, foram percecionados como fatores dificultadores da transição. O apoio formal e informal, a expetativa superada, o sentimento de esperança e o falso conceito em relação à insulina forma percecionados como facilitares da transição. O apoio dos enfermeiros assumiu maior destaque no momento da notícia da insulinização, relacionando-se com o ensinar, o instruir e o treinar a técnica de administração de insulina. Já no período pós insulinização foi o apoio dos familiares e pessoas significativas que assumiu maior relevância. IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ENFERMAGEM: As evidências revelam que a insulinização constitui uma transição do processo saúde doença cuja adaptação se revela num desafio constante para o portador da DM2 e sistemas envolventes. Neste sentido, é fundamental privilegiar-se uma abordagem multidisciplinar e multiprofissional envolvendo o idoso diabético, a sua família e/ou pessoas significativas para a obtenção do máximo sucesso no tratamento. |
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