José Saramago e Evgen Bavcar: Os paradoxos do olhar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Ana Carolina Sampaio
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25770/artc.12180
Resumo: In "Evgen Bavcar e José Saramago: looking paradoxes" we discuss the great amount of luminosity as a specificity of our society. We undertake a critical study on vision from a comparative analysis between the Saramago's romance Blindness, and five photos of Evgen Bavcar in his book Memórias do Brasil. One of the aims of this work is to try to answer these questions: What's there about looking? Which are the dimensions of the visible? In this study we consider blindness as another possibility of perception in a moment where images are so dominant, as well as imagination like the source for new and original images. We develop a discussion about the body as a vehicle to understand the world primarily to Bavcar, who has in his body one of the greatest instruments to his photographic act, but also to Saramago's blind characters, who recreate a new way to be in the world from the need of physical contact in order to guide themselves in the city.   Em “Evgen Bavcar e José Saramago: os paradoxos do olhar,” discutimos o excesso de luminosidade como característica da sociedade contemporânea. Empreendemos um estudo crítico da visão a partir de uma análise comparativa entre o romance O Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, e cinco fotografias de Evgen Bavcar, presentes no livro Memórias do Brasil. Um dos objetivos do trabalho é procurarmos responder às questões: O que é ver? Quais as dimensões do visível? Neste estudo pensamos a cegueira como uma outra possibilidade de percepção em um tempo onde há o predomínio das imagens e também a imaginação como o berço para imagens novas e originais. Empreendemos uma discussão sobre o corpo como um veículo de compreensão do mundo tanto para Bavcar, que tem em seu corpo um dos maiores instrumentos do seu ato fotográfico, como para os personagens cegos de Saramago, que reinventam uma nova maneira de estar no mundo a partir da necessidade do contato físico para se orientarem na cidade.  
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