Insularidades linguísticas, geográficas e socioculturais: variação semântica de algum léxico diferencial na ilha da Madeira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/42063 |
Resumo: | Pretendemos observar a variação semântica de algum léxico diferencial na ilha da Madeira junto de estudantes madeirenses do ano letivo 2016-2017, que frequentaram o terceiro ano da licenciatura em Estudos de Cultura na Universidade da Madeira. Os informantes apresentam diferentes origens geográficas (localidades e concelhos) e socioculturais dentro da ilha da Madeira, sendo dez do concelho do Funchal (capital do arquipélago da Madeira, onde reside cerca de metade da população), doze de outros concelhos (principalmente de áreas rurais) e três que nasceram fora da Região Autónoma da Madeira (RAM), nomeadamente dois na Venezuela e um em Inglaterra. Aplicámos um inquérito semântico-lexical aos estudantes na unidade curricular de Práticas de Investigação em Estudos de Cultura, de forma a aferir o conhecimento do léxico em estudo. O inquérito é constituído por uma primeira parte de identificação do informante: género, idade, escolaridade, profissão, naturalidade, incluindo a dos pais e dos avós, assim como contactos linguísticos. A segunda parte do inquérito apresenta uma lista de palavras e expressões de forma a testarmos o seu (re)conhecimento e uso. Os resultados obtidos mostram que não existem diferenças significativas no conhecimento e uso semântico do léxico testado por localidades e por género (nem mesmo por idade, no caso das três mulheres mais velhas, duas delas já com frequência de ensino superior anteriormente na RAM). Esta continuidade linguística entre as variedades urbana do Funchal e rural das outras áreas geográficas da ilha dever-se-á ao facto de as localidades representadas da capital serem sobretudo zonas periféricas, rurais até há poucos anos, logo mais conservadoras, por oposição ao centro, mais aberto a contactos linguísticos com o exterior. Por outro lado, demonstrará um sentimento de identidade e de pertença linguística e sociocultural dos inquiridos ao Português falado na ilha da Madeira. |
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Insularidades linguísticas, geográficas e socioculturais: variação semântica de algum léxico diferencial na ilha da MadeiraPortuguês falado na MadeiraLinguística socioculturalLéxico diferencialSemântica lexical e cognitivaVariação Semântica e LexicalPortuguese spoken in Madeira IslandSociocultural LinguisticsDifferential LexisLexical and cognitive semanticsSemantic and lexical variationPretendemos observar a variação semântica de algum léxico diferencial na ilha da Madeira junto de estudantes madeirenses do ano letivo 2016-2017, que frequentaram o terceiro ano da licenciatura em Estudos de Cultura na Universidade da Madeira. Os informantes apresentam diferentes origens geográficas (localidades e concelhos) e socioculturais dentro da ilha da Madeira, sendo dez do concelho do Funchal (capital do arquipélago da Madeira, onde reside cerca de metade da população), doze de outros concelhos (principalmente de áreas rurais) e três que nasceram fora da Região Autónoma da Madeira (RAM), nomeadamente dois na Venezuela e um em Inglaterra. Aplicámos um inquérito semântico-lexical aos estudantes na unidade curricular de Práticas de Investigação em Estudos de Cultura, de forma a aferir o conhecimento do léxico em estudo. O inquérito é constituído por uma primeira parte de identificação do informante: género, idade, escolaridade, profissão, naturalidade, incluindo a dos pais e dos avós, assim como contactos linguísticos. A segunda parte do inquérito apresenta uma lista de palavras e expressões de forma a testarmos o seu (re)conhecimento e uso. Os resultados obtidos mostram que não existem diferenças significativas no conhecimento e uso semântico do léxico testado por localidades e por género (nem mesmo por idade, no caso das três mulheres mais velhas, duas delas já com frequência de ensino superior anteriormente na RAM). Esta continuidade linguística entre as variedades urbana do Funchal e rural das outras áreas geográficas da ilha dever-se-á ao facto de as localidades representadas da capital serem sobretudo zonas periféricas, rurais até há poucos anos, logo mais conservadoras, por oposição ao centro, mais aberto a contactos linguísticos com o exterior. Por outro lado, demonstrará um sentimento de identidade e de pertença linguística e sociocultural dos inquiridos ao Português falado na ilha da Madeira.We intend to see the semantic variation of some of Madeira’s differential lexis with Madeiran students who have attended the third year of the Madeira University Cultural Studies Degree during the 2016-2017 academic year. The informants came from different geographic (parishes and municipalities) and socio-cultural origins in Madeira Island. Ten were from the municipality of Funchal (the capital of the Madeira archipelago, where about half of the population lives), twelve were from other municipalities, mainly in rural areas, and three of them were born outside the Autonomous Region of Madeira, namely two in Venezuela and one in England. We applied the semantic-lexical survey to students in the Research Practices in Cultural Studies Course, in order to assess their knowledge of the lexis under study. The survey consists of a first part with the informant's identification: gender, age, schooling, profession, place of birth, including the place of birth of both parents and grandparents, as well as language contacts. The second part of the survey presents a list of words and phrases so as to test their (re)cognition and usage. The results show that there are no significant differences in the cognition and semantic use of the lexis tested by place (municipality) and gender, not even by age (in the case of the three elder women, two of them had previously attended higher education). There is, therefore, continuity between Funchal and the remaining geographical areas of the island, in this particular case perhaps due to the fact that the areas represented in the municipality of the capital are more peripheral, thus more conservative and rural up to a few years ago, as opposed to the centre with more linguistic contacts with the outside. On the other hand, it seems to show the consciousness of identity and sense of linguistic and socio-cultural belonging of respondents to the Portuguese spoken in Madeira Island.Repositório da Universidade de LisboaNunes, Naidea2020-02-26T18:01:02Z20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/42063porNunes, Naidea Nunes, 2019, “Insularidades Linguísticas, Geográficas e Socioculturais: Variação Semântica de Algum Léxico Diferencial na Ilha da Madeira”, Pensardiverso nº 7. Insularidades, Revista de Estudos Lusófonos da Universidade da Madeira, 11-43. ISSN 1647-3965.1647-3965info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-20T17:56:28Zoai:repositorio.ul.pt:10451/42063Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-20T17:56:28Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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