A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Catarina Fernanda Rodrigues
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/20.500.11960/1187
Resumo: A dor é uma experiência pessoal, influenciada por vários fatores em que a perceção sensorial e emocional acrescenta dificuldades na sua avaliação. A avaliação e o controlo da dor é um dever do enfermeiro e tem como objetivos proporcionar conforto, dignidade e qualidade de vida. A sua intervenção na vigilância da dor é fundamental pois é capaz de prever um evento doloroso intervindo com estratégias que aliviem ou reduzam a dor para níveis considerados aceitáveis para a pessoa. Este estudo teve por finalidade contribuir para um conhecimento aprofundado sobre as estratégias e recursos, utilizadas pelos enfermeiros, na avaliação e controlo da dor no doente terminal e como objetivos identificar as boas práticas e as estratégias utilizadas pelos enfermeiros, na avaliação e no controlo da dor no doente terminal. Trata-se de um estudo de nível 1 exploratório descritivo no qual estiveram envolvidos 18 enfermeiros dum serviço de medicina; realizadas 18 entrevistas semi-estruturadas; 36 observações não participadas das passagens de turno e 36 análises documentais aos registos de enfermagem. Dos resultados das entrevistas realça-se que os enfermeiros utilizam como estratégias para a avaliação da dor a observação do doente, identificação de sinais somáticos e a utilização de escalas de avaliação. Para o controlo da dor utilizam medidas farmacológicas e não farmacológicas. Das passagens de turno sobressai que os enfermeiros apesar de fazerem referência ao fenómeno dor, não mencionam a estratégia utilizada na sua avaliação e nem sempre referem a estratégia utilizada no controlo da dor. Da consulta dos registos, verifica-se que apenas é registado a utilização das escalas da face ou numérica e que aplicam as intervenções físicas como o posicionamento e a massagem assim como a administração de medicação em SOS. Verificou-se ainda que o registo da avaliação da dor no doente terminal se encontra limitado aos doentes conscientes e orientados, ficando por esclarecer como é registada a avaliação da dor nos doentes inconscientes e sem resposta verbal. Este trabalho tem implicações para a prática dos cuidados, para a investigação e a formação, sendo que os resultados vêm reforçar a importância dos registos de enfermagem completos e a reflexão sobre da avaliação da dor nos doentes inconscientes ou sem resposta verbal.
id RCAP_7627dc75e31fa344ad74f426425795f0
oai_identifier_str oai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1187
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeirodoravaliação da dorcontrolo da dordoente terminalintervenção do enfermeiropainpain evaluatingpain controlterminally ill patientintervention by nurseA dor é uma experiência pessoal, influenciada por vários fatores em que a perceção sensorial e emocional acrescenta dificuldades na sua avaliação. A avaliação e o controlo da dor é um dever do enfermeiro e tem como objetivos proporcionar conforto, dignidade e qualidade de vida. A sua intervenção na vigilância da dor é fundamental pois é capaz de prever um evento doloroso intervindo com estratégias que aliviem ou reduzam a dor para níveis considerados aceitáveis para a pessoa. Este estudo teve por finalidade contribuir para um conhecimento aprofundado sobre as estratégias e recursos, utilizadas pelos enfermeiros, na avaliação e controlo da dor no doente terminal e como objetivos identificar as boas práticas e as estratégias utilizadas pelos enfermeiros, na avaliação e no controlo da dor no doente terminal. Trata-se de um estudo de nível 1 exploratório descritivo no qual estiveram envolvidos 18 enfermeiros dum serviço de medicina; realizadas 18 entrevistas semi-estruturadas; 36 observações não participadas das passagens de turno e 36 análises documentais aos registos de enfermagem. Dos resultados das entrevistas realça-se que os enfermeiros utilizam como estratégias para a avaliação da dor a observação do doente, identificação de sinais somáticos e a utilização de escalas de avaliação. Para o controlo da dor utilizam medidas farmacológicas e não farmacológicas. Das passagens de turno sobressai que os enfermeiros apesar de fazerem referência ao fenómeno dor, não mencionam a estratégia utilizada na sua avaliação e nem sempre referem a estratégia utilizada no controlo da dor. Da consulta dos registos, verifica-se que apenas é registado a utilização das escalas da face ou numérica e que aplicam as intervenções físicas como o posicionamento e a massagem assim como a administração de medicação em SOS. Verificou-se ainda que o registo da avaliação da dor no doente terminal se encontra limitado aos doentes conscientes e orientados, ficando por esclarecer como é registada a avaliação da dor nos doentes inconscientes e sem resposta verbal. Este trabalho tem implicações para a prática dos cuidados, para a investigação e a formação, sendo que os resultados vêm reforçar a importância dos registos de enfermagem completos e a reflexão sobre da avaliação da dor nos doentes inconscientes ou sem resposta verbal.The assessment and management of pain is not only a duty of the nurse but it also aims to provide comfort, dignity and quality of life. Its involvement in the monitoring of pain is essential since it can predict a painful event intervened with strategies to relieve or reduce pain to acceptable levels for the person. This study aims to contribute to a deeper understanding of the strategies and resources used by nurses in the assessment and management of pain in terminal patients as well as to identify the best practices and strategies. It is a level 1 study, exploratory and descriptive, in which 18 nurses of a medical service were involved; 18 semi-structured interviews were conducted, there was 36 observations not participated shift changes and 36 documentary analyzes of nurses’ records. In the results of the interviews it is noted that nurses use as strategies for assessing pain the observation of the patient, identification of somatic signs and the use of rating scales. To control pain they use pharmacological and non-pharmacological measures.From the nurses’ Shift changes stand that, despite making reference to the phenomenon pain, the nurses do not mention the strategy used in their evaluation and do not always refer the strategy used for pain management. From the consultation of the records, it appears that it is only recorded the use of the scales of the face or numerical and it is applied physical interventions such as positioning and massage as well as administration of medication in SOS. It was also found that the record of the assessment of pain in terminall patients is limited to patients conscious and oriented, not being clear how is recorded the assessment of pain in unconscious and no verbal response patients. This work has implications not only for nursing practice, but also for research and training, since the results reinforce the importance of complete nursing records and reflection on the assessment of pain in unconscious or no verbal response patients.2014-12-10T16:14:48Z2014-04-22T00:00:00Z2014-04-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1187TID:201127024porAlves, Catarina Fernanda Rodriguesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:42:27Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1187Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:26.483397Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
title A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
spellingShingle A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
Alves, Catarina Fernanda Rodrigues
dor
avaliação da dor
controlo da dor
doente terminal
intervenção do enfermeiro
pain
pain evaluating
pain control
terminally ill patient
intervention by nurse
title_short A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
title_full A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
title_fullStr A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
title_full_unstemmed A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
title_sort A Dor no doente terminal: intervenção do enfermeiro
author Alves, Catarina Fernanda Rodrigues
author_facet Alves, Catarina Fernanda Rodrigues
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, Catarina Fernanda Rodrigues
dc.subject.por.fl_str_mv dor
avaliação da dor
controlo da dor
doente terminal
intervenção do enfermeiro
pain
pain evaluating
pain control
terminally ill patient
intervention by nurse
topic dor
avaliação da dor
controlo da dor
doente terminal
intervenção do enfermeiro
pain
pain evaluating
pain control
terminally ill patient
intervention by nurse
description A dor é uma experiência pessoal, influenciada por vários fatores em que a perceção sensorial e emocional acrescenta dificuldades na sua avaliação. A avaliação e o controlo da dor é um dever do enfermeiro e tem como objetivos proporcionar conforto, dignidade e qualidade de vida. A sua intervenção na vigilância da dor é fundamental pois é capaz de prever um evento doloroso intervindo com estratégias que aliviem ou reduzam a dor para níveis considerados aceitáveis para a pessoa. Este estudo teve por finalidade contribuir para um conhecimento aprofundado sobre as estratégias e recursos, utilizadas pelos enfermeiros, na avaliação e controlo da dor no doente terminal e como objetivos identificar as boas práticas e as estratégias utilizadas pelos enfermeiros, na avaliação e no controlo da dor no doente terminal. Trata-se de um estudo de nível 1 exploratório descritivo no qual estiveram envolvidos 18 enfermeiros dum serviço de medicina; realizadas 18 entrevistas semi-estruturadas; 36 observações não participadas das passagens de turno e 36 análises documentais aos registos de enfermagem. Dos resultados das entrevistas realça-se que os enfermeiros utilizam como estratégias para a avaliação da dor a observação do doente, identificação de sinais somáticos e a utilização de escalas de avaliação. Para o controlo da dor utilizam medidas farmacológicas e não farmacológicas. Das passagens de turno sobressai que os enfermeiros apesar de fazerem referência ao fenómeno dor, não mencionam a estratégia utilizada na sua avaliação e nem sempre referem a estratégia utilizada no controlo da dor. Da consulta dos registos, verifica-se que apenas é registado a utilização das escalas da face ou numérica e que aplicam as intervenções físicas como o posicionamento e a massagem assim como a administração de medicação em SOS. Verificou-se ainda que o registo da avaliação da dor no doente terminal se encontra limitado aos doentes conscientes e orientados, ficando por esclarecer como é registada a avaliação da dor nos doentes inconscientes e sem resposta verbal. Este trabalho tem implicações para a prática dos cuidados, para a investigação e a formação, sendo que os resultados vêm reforçar a importância dos registos de enfermagem completos e a reflexão sobre da avaliação da dor nos doentes inconscientes ou sem resposta verbal.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-12-10T16:14:48Z
2014-04-22T00:00:00Z
2014-04-22
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/20.500.11960/1187
TID:201127024
url http://hdl.handle.net/20.500.11960/1187
identifier_str_mv TID:201127024
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131529907011584